Gente,
acho que estou tendo algumas recaídas! Volta e meia, me pego pensando nas
historinhas de minha infância. E, diga-se de passagem, curto muito! Na época, a
imaginação corria solta. A Cinderela podia ser loura, morena, negra, asiática,
tanto fazia... a fascinação era a mesma! Já a Branca de Neve não tinha jeito,
não fazia sentido imaginá-la diferente.
A Bela e a
Fera era a minha preferida...Que romântico e que lindo!, No meu imaginário ficava torcendo para não
virar príncipe. Eu gostava é da fera mesmo!!!!.Não tinha beleza , mas tinha
charme!!!!!
Chapeuzinho Vermelho e D. Baratinha... me
encantei com elas. Hoje são vistas, digamos assim: transformadas pelos novos
tempos!
E a fábula
da Cigarra e a Formiga? Eu tinha dó ( que dó!) da formiga, vivia no maior lê,
re, lê, re, lê, re, lê, re... era trabalhadeira, previdente e servia de exemplo para a
meninada: trabalhar para depois ter o que comer no inverno.
E a
cigarra? Esta não queria nada com nada, só cantar e depois contar com o que a formiga havia
juntado com seu trabalho.
E
ensinavam a gente a ser formiga e não cigarra. Só que chegando o inverno, eu
ficava com pena da cigarra. Pelo menos uma folhinha, as formigas poderiam dar
para matar a sua fome! Afinal, enquanto trabalhavam, quem sabe não foram embaladas
pelo seu canto?
Bem, mas o
fim não era esse. Pobre das cigarras, morriam de fome e frio.
E se fosse
hoje? As formigas trabalhadeiras e previdentes continuariam a trabalhar e
juntar no verão para sobreviver no inverno? E as cigarras, continuariam
cantantes e famintas? E se acontecesse o contrário?
Preste atenção
nessa fábula moderna que vi na internet:
Todo dia
quando a formiga ia dar duro no trabalho, encontrava a cigarra na maior
vadiagem, cantando e dançando.
- Quando o
inverno chegar, quero ver para onde vai essa alegria toda!Dizia a formiga.
-Ih, deixe
do meu pé, vê se desgruda! respondia a cigarra.
Era sempre
assim, a formiguinha sempre pegando no maior batente e a cigarra na maior
balada funk ou sertaneja! Velocidade 1...2...3...4...5...6!!! Eu quero
tchu...eu quero tcha...!!!!
Até que um
dia o inverno chegou. A cigarra, ao volante de uma Ferrari vermelha, agasalhada
por um tremendo casaco de pele ecológica, encontra a formiga na maior tristeza
e penúria.
- O que
foi formiga? Por que está tão triste?
- Minha
empresa foi comprada por uma multinacional e meu emprego foi descontinuado. Mas
e você, cigarra? Parece bem de vida!
- Ah,
sim...!!!Me formei no sertanejo universitário no curso “AH, se eu te pego!” e
vou estagiar fora do Brasil, e ainda meti um DNA num jogador de futebol e
ganhei a maior fábula! Aí, oóóó! FUUUUI!
Com
certeza não lembra a fábula de antigamente e nem deveria ser contada para crianças, mas que é retratada no cotidiano da mídia na atualidade... Ah!com certeza é...
Fique na
paz...e vá trabalhar, que é mais digno!
Dilene
Germano
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