Mesmo para mim que estou aposentada, tempo de
viajar é no período de férias. É onde aproveito para fazer minhas viagens ora
em pacotes turísticos, ora através dos famosos Cruzeiros...muito
comuns no fim de ano, mas também é bem
aproveitado em qualquer época. Viajar é
um grande sonho de consumo e podemos fazê-lo de inúmeras formas. Eu
mesma...quantas viagens...quanto aprendizado!!! Visitei lugares distantes,
conheci os museus da Europa e dos Estados Unidos, aprendi sobre culturas,
decifrei enigmas, sonhei…fui a lugares e conheci pessoas maravilhosas! Não falo
apenas de lugares físicos, mas falo de lugares espirituais! Vou contar algumas
das tantas que fiz e das coisas que aprendi.
Estive com uma família chilena, participando
de suas aventuras, desventuras, festas, confissões, perdas de entes queridos,
nascimentos. Conheci todos juntos nas alegrias e tristezas. Coisas que só um
clã sabe fazer. Aprendi com eles a rir, chorar, me emocionar e refletir bastante
não só sobre vida familiar, mas sobre
História com H maiúsculo. E ainda falam comigo, implicam ou me ajudam a
constatar o obvio em algumas situações particulares. Loucura ?!?! Pois é!
Viajei para uma Cabana, onde tinha um
encontro marcado com o divino. Fortaleci minha fé, restaurei buracos, abri meu
coração, compreendi as muitas amarguras que assolam nossas vidas e saí de lá
mais humana e ao mesmo tempo fazendo parte do universo.
Vivenciei um drama pessoal de outra
pessoa em Nova York para depois conhecer o prazer na Itália. Acreditava que
aprender a falar italiano pelo simples prazer de fazê-lo seria um sonho só meu,
mas descobri que estava equivocada.
Passear pelas ruas de Roma, Bologna,
Nápoles, Veneza, Sicília, Florença, Sardenha, Calábria encheu-me de
energia por eu amar História e a Itália
ser um paraíso de memórias - e construções maravilhosas.
O paladar é um sentido muito aguçado em mim,
satisfazê-lo na Itália é tudo que um estômago glutão deseja. E o país com forma
de bota sabe enaltecer sabores com suas massas, gelatos, pratos de sabores
impensáveis.
E
a Índia? Essa minha quase adoração por rituais, símbolos, contato direto e
simples com Deus. Estive na Índia pela segunda vez. Na primeira, vi mais o povo indiano, na segunda me limitei
a permanecer no “ashram”, buscando o equilíbrio que só a meditação sabe
oferecer.
Estudar com um xamã na Indonésia fez
com que entendesse a simplicidade. Bali tem o poder de devolver seu amor por
você mesmo. Lembrei mais uma vez que faço parte do universo.
No meio disso tudo procurei a
Felicidade Clandestina sob o ponto de vista feminino de Clarice, que realmente me torna feliz com
suas linhas exuberantes de
questionamentos e lembranças sobre o cotidianos das mulheres em geral.
Adoraria ter tirado fotos, as mais
variadas para colocar no facebook e de ter tirado visto para essa viagem, de ter meu passaporte mais carimbado,
e até de gastar muitos dólares, euros, rúpias, mas aconteceu em meio a páginas,
coisas que só um livro é capaz de fazer.
Ah, e só para te animar mais um pouco,
quero te lembrar algo: nem precisei pagar passagem…
Então... até meu próximo “cruzeiro”!!!!
Fique na paz!!
Dilene Germano
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