Hoje assisti uma cena num banco que me
entristeceu bastante: a falta de paciência
de uma acompanhante com uma idosa
cadeirante. O que a senhora falava ou reclamava era imediatamente repreendida
pela pessoa que a acompanhava e ainda falava com os mais próximos da
dificuldade de cuidar de uma pessoa que era muito teimosa, repetitiva e etc.
Até tentei conversar com ela, e fiquei sabendo que era a filha e que a senhora
era portadora de Alzheimer. Me entristeceu mais ainda.
Viajando pela net encontrei esse vídeo(
abaixo) que diz tanto!! Um vídeo forte e cheio de emoção... Damos pouca importância
aos nossos 'velhos. A falta de paciência
para ouvi-los... nem que seja para ouvir mil e quinhentas vezes a mesma
história, porque de cada vez que a contam, é mais uma vez que a vivem... que se
sentem vivos e incapacidade de
compreender a deterioração mental e de memória dos idosos.
São uma das coisas que mais me toca, e mais me
incomoda. Talvez isso aconteça não por mal, negligência... ou sequer
ignorância... mas por uma reação muito habitual por parte dos filhos dos pais
senis ou com Alzheimer... que é a negação... porque lhes custa imenso aceitar
esse luto precoce dos seus próprios pais que conheceram e não sabem lidar com
isso...
Gente bonita, aquela cena no banco e
este vídeo tocou-me particularmente mais do que você imagina. É uma realidade
muito dolorosa. Quando mais precisam menos apoio têm, vivem em situações de
extrema pobreza em todos aspectos, financeiros, emocionais, sociais ... E nem
as famílias por vezes querem saber as condições em que estão sujeitos.
Para quem passa por uma situação semelhante:
não desista. Apesar de ser complicado lidar com um problema desses, temos que
ser fortes e lutar, pois não existe nada mais bonito que o amor incondicional
de um pai ou uma mãe por seus filhos. E, se eles fariam tudo por nós , porque
não fazer por eles?
Acho até que a DA não mata. O que mata são as
doenças oportunistas, os maus tratos, o desamor.
E o melhor remédio para esse mal é sem
dúvida, o amor, a dedicação e a compreensão, porque hoje são eles, amanhã
poderemos ser nós.
Podemos receber tanto se soubermos
olhá-los mas vê-los, ouvi-los mas escutá-los! A indiferença, a falta de carinho
dói...
Fique na paz!
Dilene Germano
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