“ Até tu, Brutus?” . Esta é uma
célebre frase de Júlio César, ditador romano quando foi apunhalado pelas costas
pelo seu filho e outros membros do Senado, num complô político. Ela pode não
significar muito para algumas pessoas. Mas para outras, ela transmite decepção,
mágoa, dor ao descobrir que por trás desse gesto estava um filho.
Você já deve ter percebido que
estou falando de traição.
Há muito tenho vontade de
escrever sobre esse assunto...tão delicado e polêmico. Fiquei protelando... protelando...
porque, na verdade todo mundo tem medo, senão pavor. Cada “punhalada pelas
costas”, forma um tipo de traição, que pode ser de amigos, parentes, colegas de
trabalho... Podemos sobreviver ou sucumbimos como Júlio César? Depende da
atitude que tomamos perante a situação. Acredito, que com o tempo, conseguimos
curar a ferida e superar o golpe.
Mas existe uma traição que
machuca mais que as outras: a traição num relacionamento que envolve o amor,
uma vida a dois. É a pulada de cerca, a famosa “ escapulidinha” que poucos têm
talento e sangue frio para manter-se em off. Essa é a pior, porque não somente
nos deixa mal afetivamente e emocionalmente, mas também moralmente, já que não
é tolerada socialmente. È uma experiência que não é nada agradável, deixa
marcas, sequelas...
E como é um tema complexo e
subjetivo, estou encontrando dificuldade para expressar meu ponto de vista.Tentando
ser cover de psicóloga , vamos ao assunto!
Existem pessoas que tem vontade de trair, mas
não tem coragem... Muitos até tem coragem, mas não sentem vontade... Muitos
traem sem o menor pudor e não se arrependem... Muitos fazem e se arrependem....
Li não sei onde, não sei o autor
, mas passo para você: “ Traição é o que une três pessoas sem uma saber.”
É aquela mega-traição
confirmadíssima, que mais parece coisa de cinema ou novela! Só que alguns sabem
e outros não ( ou fingem que não...)
Aí é que está a questão: perdoar
ou não uma traição. È difícil! Traição é quebra de confiança. É uma longa
estrada de dor, humilhação, paciência, tolerância,onde a relação é quebrada em
mil pedacinhos que é impossível remontá-la como antes. E se você conseguir essa
proeza, a relação vai capengar! Então,
por favor, não engula sapos, cobras, baratas , piranhas e afins...! Era só o
que faltava, ter uma gastrite ou uma indigestão!
Pense na sua sobrevivência: procure estar com
amigas verdadeiras, bata na porta de sua família, vá viajar, pelo menos um
final de semana, cuide-se , entoe o “ lê lê lê, lê...lê, lê, lê, lê, isto é,
arregace a manga, enfie a cara no
trabalho, corra atrás de seu sonho, faça uma faxina mental, e se puder faça uma
lipoaspiração ( vamos torcer para que o
SUS possa custear esse procedimento a toda mulher traída para evitar a depressão), visite um orfanato
ou um asilo e veja quanta gente precisa de você, elas lhe farão um bem enorme!
Se você for daquelas que tem como
guru Nicolau Maquiavel , vai querer dar uma surra no traidor com aquele seu
tamanco salto sete.
Se achar que vale a pena correr
atrás e conceder Habeas Corpus até faça, mas fique atenta para o problema não
mudar de endereço, até porque a coisa aí fora está muito ruim!.Se não tem
coragem para “ chutar o balde”, acomode-se, bola para frente e até a próxima!
Se o seu parceiro está acima de
qualquer suspeita, mas aquela ‘ pulguinha” insiste em ficar atrás de sua
orelha, não tem mal nenhum, deixe-a ali,
ela só está ...policiando! Ouça mais o seu coração...e a “pulguinha”...de
vez em quando!
Foi traída? Só não vale a pena:
chorar, descabelar, correr atrás do dito cujo, virar Amy Winehouse (que Deus a
tenha), enlouquecer suas amigas com blá, blá, blá, receber o cheque sem fundo
de A e descontar a raiva em B., dar uma de tatu, cavoucar, cavoucar até
encontrar todos os detalhes da traição, não dar uma de vítima ( “ Aqui Jaz
Santa Traída,Amargurada, Trocada e Sucumbida” ).
Coloque-se em primeiro lugar. Olhe no espelho
e diga: Eu, fulana de tal, não preciso passar por isso!!! Ele me traiu, problema
dele! E só!!!
Sabe de uma coisa? Nem eu mesmo
sei o que estou dizendo, pois depende muito de cada situação , de cada
história. Decididamente, é uma situação em que, cada um sabe onde o calo dói.E como dói!!!! Mas...tem cura!!!
Você pode tentar amaciar o sapato, colocar um “ band-aid” no pé, mas é muito
melhor trocar o “sapato” por outro mais
confortável e na moda!Ou quem sabe o tamanco?
E sabe o que mais? Delicie-se com versos do Soneto da Fidelidade
, de Vinicius de Moraes:
“ Que não seja imortal, posto que
é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.”
Mas que seja infinito enquanto dure.”
Bravísssimo!!!!!
Fique na Paz!
Dilene Germano
Nenhum comentário:
Postar um comentário