“Oh, tristeza me desculpe / Tô de malas
prontas /Hoje, a poesia, veio ao meu encontro/Já raiou o dia, vamos viajar
(...) Mas pode ficar tranqüila/Minha
poesia/Pois nós voltaremos numa estrela guia/Num clarão de lua quando serenar
Ou, talvez, até quem sabe/Nós só
voltaremos/No cavalo baio, no alazão da noite/
Cujo nome é Raio... Raio de Luar.”
(Paulo César Pinheiro e João de Aquino)
Em um texto, que fala sobre tristeza,
Martha Medeiros disse que algumas são permitidas. Algumas...!!!
E hoje, uma delas, sem permissão, bateu à
minha porta, querendo entrar. Hoje não dá mesmo!Eis meus motivos:
Ah! Tristeza, me desculpe,vou pegar
carona com Paulo César Pinheiro e sair
de viagem no tempo macio, nas asas da poesia, voando para novos
horizontes, tentando me encontrar.
Sinto, mas não posso levá-la comigo,
minhas malas já estão prontas, e nelas... vou levando uma cantiga... aves
brancas...raios de sol... Ah...não me espere,
vou e demoro para voltar.
No caminho, vou... espalhando música...
colhendo flores... amores...aromas...cores...
Partindo pra frente, pra poesia, pra
sonhar, fazendo paradas nas estações da alegria, sem escala na estação tristeza.
E ao chegar aos jardins da vida vou
cultivar os meus sonhos, vou semear e regar
as flores belas cujas pétalas refrescarão todos os meus sorrisos e
acolherão as minhas lágrimas.
E seguindo nas asas da poesia, posso ainda...
“visitar a estrela/da manhã raiada/que pensei perdida pela madrugada/mas vai
escondida querendo brincar”.
E quando eu voltar, será... numa
estrela guia... num clarão de lua... ou talvez quem sabe?..Na garupa alegre do meu cavalo baio ou raio de luar...
E então?
Vem comigo ou prefere a tristeza?
Dilene Germano
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