Gente bonita, você já teve aquela sensação de felicidade,
dirigindo seu carro? Sei que é difícil, com esse trânsito caótico, com a falta
de respeito, com a tensão, mas é possível sim. Fiquei pensando nisso ainda hoje no carro, enquanto ia de lá para cá ou
vice versa, procurando vaga para estacionar. E percebi que já tive várias vezes. Pequenos "curtas" que
movimentaram meu pensamento, o que faz
eu me considerar uma pessoa de sorte. Não que eu seja especial apenas porque me
sinto feliz, mas porque vejo as pessoas ao meu redor sempre resmungando,
sorrindo menos do que deveria, desejando mais do que precisa , se isolando num
mundo virtual ou dependente de um celular.
Apesar da felicidade absoluta parecer
distante, ela está mais próxima do que imaginamos. Ser feliz não quer dizer
necessariamente que não temos pLEXÕES DENTRO DO CARROroblemas, afinal eles fazem parte da nossa vida
e, de alguma forma, nos movem para a frente. Ou seja, é enxergar problemas como
desafios. Parece simplista, mas funciona.
Durante essas minhas 7 décadas de vida,
eu fui pouquíssimas vezes abatida por problemas, mesmo eles surgindo em vários
instantes, algumas vezes quase me derrubando, outras me trazendo mais energia
para supera-los. E eles continuam acontecendo e eu continuo lidando com eles da
melhor maneira possível. Isso não quer dizer que eu não tenha meus momentos
instáveis em que caio no chão, mas felizmente eles são bem raros.
Desde esse último episódio no meu
carro, eu voltei a prestar mais atenção nas pequenas coisas à minha volta. Sei
que isso é um clichê, mas ainda assim não o fazemos. Aos poucos as coisas
voltam a se encaixar e eu começo a me desligar de coisas que não importam tanto
(como o maldito celular que nos deixa entorpecido e desligado do mundo). É uma
reeducação: reaprender a conversar com as pessoas olhando nos olhos dela;
assistir a um show prestando atenção somente nele; olhar as pessoas em volta, a
rua, o céu quando o sinal fecha, contemplar uma viagem pela janelinha, reparar
nas pessoas, ouvir conversas alheias, olhar para frente, para os lados, para
cima e não apenas para baixo como a maioria de nós temos vivido, olhando sempre
pro celular.
Tem algo mais deprimente do que ver uma
mesa cheia de pessoas, copos na mesa e todos entretidos com seus celulares? Eu
me recuso a fazer parte desse grupo.Afinal alguém disse e eu concordo: “Somos maiores
que esse celular“, mas esquecemos disso.
Fique na paz!
Dilene Germano
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