Quando criança me encantavam os
espetáculos dos circos. Todos mexiam com minha emoção. Uns me faziam
chorar, outros rir. Havia ainda os que me fascinavam e os que me provocavam aquele
suspense digno de Alfred Hitchcock.
"Booooa nooooite respeitável público!
Boa noite meninada! É com muita alegria que apresentamos mais um espetáculo: o
equilibrista na corda bamba!!!!"
E meu coração entrava no compasso do rufar dos tambores. Cai, não cai... lá ia o equilibrista brincando com minha emoção. Eram minutos que pareciam horas e todos torcendo para que ele atingisse seu objetivo. E lá ia ele equilibrando-se diante das dificuldades e ainda entretendo o público com magias e truques.
E quando o número chegava ao fim, o
aplauso era geral: bravo, bravíssimo!
Hoje , na trajetória de minha vida, o
equilibrista sou eu, numa corda que balança diante das dificuldades. Mas ficou
a lição que aprendi com os artistas circences: é preciso dar um passo de cada
vez sem desanimar, sem se deixar abater.
Aproveitar o espaço do equilibrista para
pensar, refletir e atravessar a corda , que nunca termina, mas sempre se
transforma.
E lá vou eu me equilibrando...sem
esperar aplausos, nem torcida. Às vezes caio, às vezes não, mas eu chego lá, ao
meu objetivo! Ah, se chego!!!
Mesmo porque minha rede de proteção é
Deus!
Fique na Paz!
Dilene Germano
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