Atrevida, Charlote não se contentava em
ficar só no seu cantinho, subia pelas paredes da casa para se alimentar a
noite. Pessoas não costumam ser muito simpáticas com as aranhas, era melhor pra
ela, ficar escondida. Sempre que a via, pacientemente eu a empurrava de volta
para o seu esconderijo...Outro dia recebi uma visita que ficou em casa enquanto eu tinha ido dar
uma voltinha pelos arredores. Quando voltei fui recepcionada com um grande
sorriso, e a pessoa se achando o maior herói, contando que havia encontrado no
canto da parede uma aranha terrível, venenosíssima!
A surpresa: Lá estava Charlote! Carbonizada no
chão... Seu lindo vestido aveludado todo
queimado e algumas de suas “pernas” elegantes retorcidas. Fiquei tão triste!
Peguei aquele corpinho em migalhas e coloquei no canteiro de flores! Adeus
Charlote!
Não preciso dizer que atrás de mim
haviam pares de olhos esbugalhados que pareciam dizer: Maluca!
Fique na paz!
Dilene Germano
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