Mexendo numa gaveta encontrei uma velha
toalha bordada que foi da minha mãe e me veio aquela saudade!! Pois é, a saudade e seus objetos são coisas
que se guarda numa gaveta. Primeiro a gente reluta, mas é obrigada a guardar e
às vezes tira e às vezes dói e depois a
gente lembra com carinho. E logo eu lembrei
de “Saudade” da Lygia Fagundes
Telles, que me marcou muito porque dizia como quando se tira um vestido velho
do baú
“Um vestido que não é para usar, só
para olhar.
Só para ver como ele era...
Depois a gente dobra de novo e guarda.
Mas não se cogita em jogar fora ou
dar.”
Acho que saudade é isso. E assim seguimos
com o vestido de hoje, mas com saudade do vestido de ontem. Pois entendo que
tudo na vida tem seu tempo e que um dia posso ser o vestido velho ou a toalha
velha de alguém também...
Amei esse texto ,, chorei e postei pra
todos que conhecem essa palavra: saudade.
Fique na paz!!!
Dilene Germano
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