Na
sabedoria popular, “ a variedade é o tempero da vida” e em se tratando do
universo feminino, Martinho da Vila
retrata muito bem os estilos, atitudes e idéias nos seguintes
versos : “ Já tive mulheres do tipo
atrevida, do tipo acanhada, do tipo vivida, casada carente, solteira feliz
(...) Mulheres cabeça e desequilibradas, mulheres confusas de guerra e de paz” .
Reportando para o mundo da moda, existem
vários estereótipos femininos, onde tudo pode acontecer, até as diferenças:
mulher que anda na moda, mulher que tem estilo, mulher chic, mulher elegante, etc.
O
andar na moda é aquilo que se quer mostrar, é o sonho que se compra na
loja, mas ter estilo é o que nós somos
. Eis uma questão: é melhor ser elegante ou
ser chic ? Veja a diferença.
Mulher elegante é aquela que sabe usar com
categoria uma roupa de marca ou de
griffe de uma butique antenada com a moda atual, como usar uma peça de uma loja
popular. É exteriormente ser brega, perua, fashion, mas antes de tudo ter uma
luz interior brilhando sempre. É ser humilde, generosa, solidária e não fazer
de sua casa um museu, guardando peças que não servem mais ou que não usa mais.
É elegante doá-las para quem precisa.
Ser elegante também não é ser escrava da
moda. Nem tudo o que se usa pode ficar bem em determinadas pessoas, é preciso
ter um pouco de discernimento. É preciso antes de tudo que esteja bem aos seus
olhos “ críticos”.
Um dos maiores exemplos de elegância de
todos os tempos foi a atriz Audrey Hepburn, que protagonizou filmes como “ My
fair lady”, “ Bonequinha de luxo” , “ A princesa e o plebeu” , etc, além de ser
inspiração de famosos estilistas . Quando pediram a ela que contasse os
segredos de sua beleza e elegância, veja só as “ dicas” que ela passou: “ Para ter lábios atraentes, diga palavras
doces. Para ter belos olhos, procure ver o lado bom das pessoas. Para ter um
corpo esguio, divida sua comida com os famintos. Para ter cabelos bonitos,
deixe uma criança passar seus dedos por eles pelo menos uma vez por dia. Para
ter boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinha. Pessoas muito mais que coisas, precisam ser
restauradas, revividas, resgatadas e redimidas, jamais jogue alguém fora.Lembre-se
que, se alguma vez precisar de uma mão amiga, você a encontrará no final do seu
braço. Ao ficarmos velhos, descobrimos porque temos duas mãos: uma para nos
ajudar, a outra para ajudar o próximo. A beleza de uma mulher não está nas
roupas que ela carrega ou na forma como ela penteia o cabelo. A beleza de uma
mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta é a porta do seu coração, o
lugar onde reside o amor.” Dicas que
poderiam ser seguidas!
Agora, mulher chic é muito mais , é ter
fibra, atitude, personalidade.Ser chic é a mulher que trabalha o dia inteiro,
volta para casa e ainda cuida da família. E com tudo isso, está sempre de bom
humor e consegue ser feliz. Ser chic é fazer compras e pagar o carnê em dia...
é fazer churrasco de lingüiça e frango e convidar os amigos... é achar uma
roupinha básica numa loja dez e se sentir a Gisele Bündchen... é poder comer o
que quiser sem preconceito de classes e andar de carona em tempos de lei seca. Ser chic é ser bem vinda em todos os
lugares, estar bem em qualquer meio social, é apreciar e se permitir gostar de
todos os que estão á sua volta, é ser receptivo aos encantos populares, que por
muitos são considerados bregas.Ser chic é saber respeitar a diversidade e
especificidade de cada indivíduo, seja ele quem for.
Ser chic é aquela mulher
que se sente especial e homenageada quando alguém que ela ama, lhe diz, mesmo com outras palavras ou gestos,
o significado da frase de Martinho da Vila: “Já tive mulheres de muitos amores...
Mas nenhuma delas me fez tão feliz como você me faz.”
E viva
o caviar, os canapés, o pastel de carne com azeitona e o “escondidinho” de carne-seca!
Dilene Germano.
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