“Um dia feliz, às vezes é muito raro”,
já dizia a canção na voz de Rogério
Flausino e companhia (ainda estou curtindo o maravilhoso show no Infinity Hall
rsrsrs).
Mas será que é assim tão raro ter um
dia feliz? Mais ou menos, concordo em partes. A vida não é o mar de rosas, nem
na teoria, muito menos na prática.
Sou sobrevivente de rasteiras da vida, e
sei que é nessa dinâmica de cair e levantar que aprendemos. Não tem outro
jeito. Pode-se ler mil literaturas sobre a felicidade. Nenhuma será cem por
cento aplicável. O negócio é ralar a alma, tomar um tapa da vida, esfolar o
coração, pra entender que a felicidade é simples demais.
Acho que um dia feliz é a coisa mais
fácil do mundo. Outros nem tanto. A felicidade está nas pequenas coisas.
Naqueles momentos inesperados, singelos e espontâneos.
Tem dias que um whatsapp me deixa
feliz, esmalte novo, um gesto de carinho, pão fresco, uma lembrança gostosa. Um passarinho abusado
tentando entrar no meu quarto, me faz rir. Receber um elogio sincero me faz
sorrir.
Nunca precisei sair da minha rotina pra
me sentir bem. Minha felicidade namora com detalhes, sutilezas e pequenices.
Meus pais me ensinaram a ignorar a casca das coisas e apreciar a polpa. E com
isso, aprendi a estar sempre de bem com a vida.
Só que hoje em dia, ser feliz é quase
uma ofensa. Quem ri o tempo inteiro e fala de “vibrações positivas”, em um
discurso riponga é falso. E ai de você
se ficar o tempo todo agradecendo suas bênçãos. Principalmente nas redes
sociais. Vão dizer que você está apelando e que ninguém pode ser assim, tão
assertivo. Mas acontece. A vida é um fenômeno extremamente fugaz pra
desperdiçar reclamando ora do frio, ora do calor.
Então... Ser feliz não é raro. Raro é
não saber viver.
Sim, Jota Quest: “Falar é complicado/Quero uma canção’.
De preferencia “Fácil, extremamente
fácil”.
Fique na paz!
Dilene Germano
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