Desde que o mundo é mundo, dentre
tantas inquietações da alma humana, uma é, sem sombra de dúvida, peculiar a
qualquer pessoa: o desejo de vingança. Em maior ou menor grau, concretizando ou
não, acho que não existe cristão que já não tenha sido remoído por isso. Pelos
motivos mais diversos possíveis, acho que em algum momento da vida todo mundo
já se sentiu impregnado de fúria diante de algo que considerou injusto,
principalmente pela rejeição. Ah, essa é doída!... Haja sangue de barata para
aceitar passivamente a humilhação do abandono.
Sei bem como é. A gente nem dorme
direito, a raiva atormenta, o sangue ferve. Na mente, só a repetição frenética
de mil coisas misturadas... Momentos de intenso prazer mesclados por decepções,
sinais de traição e pela mortal certeza do fim. Passa-se a adorar o outro pelo
avesso.
Mas veja gente bonita, vingança só é bonita nos contos de Sidney
Sheldon e nós não somos nenhuma Medeia das tragédias gregas, né? É pura perda de tempo e energia. Melhor
gastar o tempo com coisas mais proveitosas. Mas... e sempre tem um mas... de tudo o que o mundo faz, a melhor coisa é
que gira. E vez ou outra, temos a oportunidade de assistir de camarote a
própria vida se vingando por nós. Ou então, a oportunidade bate a sua porta, e
você nem precisa fazer nada. Aliás, é justamente isso, somente não fazer
nada... nem para atrapalhar e nem para ajudar. Aí minha amiga, não vou negar
que me dá prazer, sim.
Pois é... vingar é bater a porta,
trancar e engolir a chave (sem direito a Lactopurga para conseguir recuperá-la
mais tarde).
Não existe no mundo vingança mais
eficiente do que botar a fila para andar e ser feliz novamente. Não é nada
fácil, eu sei, mas é único caminho possível para quem gosta de si mesmo (de
verdade), se respeita e quer andar para frente.
Nunca deseje vingança, deixe o ajuste
de contas a cargo de Deus, cuja contabilidade é perfeita. Eu costumo - e isso é
uma característica minha - deletar a pessoa da minha vida . Esqueço-a. Não
sofro um pingo por causa dela. Nem desejo o mal. Que viva o que tem que viver e
me deixe na santa paz.
Ah, Chico!... O que seria deste meu
post sem você?...
Fique na paz!!
Dilene Germano
Nenhum comentário:
Postar um comentário