“ A arte diz o indizível, exprime
o inexprimível, traduz o intraduzível.” Leonardo Da Vinci
“A
arte faz parte da vida. Através da poesia, da crônica, das formas, das cores,
dos sons, e da paisagem expressamos sentimentos e nos envolvemos...”
Não
tenho formação em História da Arte, mas sempre busquei conhecimento nessa área
e ela me encantou quando passei a
lecioná-la.Todo conhecimento só é bom quando nos modifica para melhor. E foi
isso que aconteceu na minha vida .O contato com a vida dos grandes artistas,
seus talentos, dificuldades e o tempo vivido por eles, foi uma maneira de me
sensibilizar, de me manter viva e
pensante, como também, importante para registrar sentimentos e descobertas.
Antes mesmo de sermos considerados “ seres
humanos” , o homem pré-histórico já registrava em paredes de cavernas, o que
vivia e presenciava.
Se no
século 21, nossas “cavernas e paredes” mudaram muito, o desejo de perpetuar a
história e o conhecimento de milhares de anos a.C, se desenvolveu, mudou,
extrapolou, encontrou-se nas mais diversas formas de manifestação: a arte.
Arte
guardada em museus, caríssimas e únicas e arte nas ruas, guardadas na mente,
igualmente singulares.
A
humanidade vive e viverá a eterna busca pela perfeição. Mas afinal, o que é uma
perfeição?Vamos a um pouquinho da história da arte para entender como a curiosidade,
inteligência e aprimoramento nos
deixaram obras maravilhosas.
As
conchas, o corpo humano, as flores, enfim, a harmonia da natureza chama a atenção.
E quem
percebeu isso foi Leonardo Da Vinci, que juntamente com a o matemático Luca
Pacioli, estudaram esse fenômeno. E desse estudo, descobriram que o
desenvolvimento da natureza obedece a uma proporção perfeita e harmônica, que
passaram a chamar de “ Divina Proportione” : as proporções divinas da natureza.
Os
quadros “ Nascimento de Vênus” de Botticelli e a Mona Lisa do próprio Da Vinci, a Ilíada de Homero,
a construção das pirâmides do Egito e as famosas sinfonias n° 5 e n° 9 de
Beethoven, seguem a proporção divina.
Ver
uma dessas obras em original deve ser um raro prazer, esse efeito
harmônico é uma sensação de bem estar.
Essa obras deveriam ser consideradas patrimônio público! É inegável que a
beleza, a harmonia, o prazer e o amor são inspirações eternas da arte.
Mas é
importante lembrar que também a solidão, a doença e a dor são igualmente temas
e motivos das obras dos maiores artistas da história da humanidade.
É só
pensar nas obras de Vincent Van Gogh, que transformou as tormentas de seus
“fantasmas” pessoais em obras lindíssimas como os Girassóis.
A
famosa obra de Edvard Munch, “ O Grito”: pintor e gravador de angústias
existenciais e ameaças invisíveis.
O
eterno mestre Michelângelo, que com dores lancinantes esculpiu Davi, uma das
mais belas e perfeitas obras da História da Arte.
E
Frida Kallo, com seu corpo mutilado e exposto, desafiando a vida e a morte.
Sem
falar da beleza celestial das obras de Aleijadinho!
E nós,
simples mortais? Podemos desenvolver alguma arte? Sim... a arte da generosidade, da bondade! Nós
sentimos, nos emocionamos diante da beleza ou sofrimento alheio...à distância ,
mas muitas vezes ficamos indiferentes às desgraças que ocorrem ao nosso lado.
Passamos
perto de um pedinte sem ao menos ver seu rosto, debulhamos nossos problemas ,
quando o outro precisava desabafar. Negamos uma roupa por não ser o momento
apropriado para pedi-la.E passamos essa ajuda ao mais próximo.
Ficamos sensibilizados diante das grandes
tragédias mostradas pela TV, nos solidarizamos e até nos mobilizamos. Mas e
aquele que está ao nosso lado? Por que não ajudamos ? Será por opção ou por
falta de oportunidade?
Será
que para conectarmos à “Divina Proportione” , precisaríamos ter o talento de Da
Vinci, Michelângelo, Van Gogh, Monet, Matisse, Aleijadinho, Di Cavalcanti, Picasso? Creio que não: basta
nos espelharmos no maior Mestre de todos os tempos, Jesus Cristo, na difícil
arte de fazer o bem. Faça de você uma obra-prima de bondade .
Seja o seu “Michelângelo”, esculpa o “ Davi”
de sua vida!
Fique
na Paz!
Dilene Germano
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