No meio do caminho do sítio do Paraíso,
tinha uma pedra, sempre que passava por ali, eu a ignorava. Desta vez, parei
e resolvi observá-la, perder alguns minutos não faria diferença. Percebi que
existia um mundo nela, uma textura rugosa, uma cor indefinida, mas estranhamente
reconfortante, e assim sendo, fiz uma pequena escalada...afinal não era tão
grande...e sobre ela senti uma nova maneira de encarar meus desafios, e extrair
coisas boas de onde só parecia ser obstáculo.
Tudo é uma questão de olhar, não é
mesmo? E até nas pedreiras existe beleza, elas constroem alicerces para algo novo,
outra visão, encaram as mudanças de estação, ervas daninhas, a ignorância de
quem não a percebe, mas sempre está ali.
E uma lição da qual a gente deve
aprender, encarar tudo de cabeça erguida, valorizar-se, moldar-se, insistir no
que acredita ser o certo. A consequência é uma mente sã de quem fez o caminho
da verdade e da alma serena, mesmo nas turbulências diárias.
E foi aí que a pedra que havia no
meu caminho começou a virar caminho ela mesma.
Fique na paz!
Dilene Germano
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