Agora a tarde, depois da chuva de
ontem, dei de cara com uma coisinha que não via desde muito tempo no chão de
minha varanda. Logo pensei: tanajura! Gente bonita, cadê as tanajuras que não
via há muito tempo? Depois vieram mais algumas...poucas.
Todo mundo sabe o que é uma tanajura,
né? Ou será que não? É a formiga com bumbum grande e asinhas.
Lembro que na minha infância chovia
tanajuras e o quintal ficava cheio delas espalhadas pelo chão, se escondendo
nas árvores, tentando entrar em casa e eu maravilhada com os bichinhos que
caíam do céu. Tentava catar algumas mais bobinhas.
Para quê? Pra nada, ué! Tinham pessoas
que gostavam para usá-las na culinária. Mas eu não curtia esse tipo de
degustação e nem fazia maldades com
elas, para me divertir!
Essa é a graça de ser criança: saber
aproveitar cada momento, sem ter motivo, razão ou objetivo para isso.
Depois de capturar algumas, era hora de
deixá-las em liberdade e fazer novas prisioneiras. Depois, todo mundo era
feliz, não havia feridos. E nem baixo-astral que resistisse à uma animada tarde
de chuva de tanajuras!
Hoje, tenho quintal com árvores, não
tenho mais infância e nem as tanajuras chovem mais por aí! Achei que nem
existiam mais tanajuras, que estavam extintas.
Ou será
que extinta está minha alegria sem motivos, só por não estar chovendo
tanajuras como antigamente...
Uma pena!!!!
Desejo uma chuva de tanajuras de
felicidades para todos nós!
Fique na Paz!
Dilene Germano
Sinto saudades da época que chovia aqui em casa também ..
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