Mas aaaaaah... Não há nada melhor. A
água, os sapos, os grilos e todo aquele verde ao redor servindo de paisagem. Quando seria possível
no banheiro apertado tomar um banho
olhando os morros, as colinas, as pastagens ao longe? Nem nos nossos mais
incríveis sonhos...
Mas aqui é a roça. Quase tudo pode. E
no sítio a liberdade é tão grande que a felicidade vem coladinha com ela. A
água fria parece lavar até a alma. Ela liberta
emoções, libera endorfina, faz a pele arrepiar e então os azulejos
rachados são o verde escurecendo ao longe, o cheiro do xampu é o aroma da fruta
no pé, o sabão correndo por entre os dedos é aquele friozinho se espalhando
pelo corpo.
Banho no quintal é quase relíquia. Água
gelada, cheirinho bom, lugar bonito... Qualquer tristeza, coitada... se esvai rodopiando pelo ralo toda enrolada
na espuma.
Gente bonita, me perdoe pela água usada, nestes tempos de seca. É que
eu precisava encharcar o corpo inteiro pra me sentir renovada.
Eita...coisas da roça!
Fique na paz!
Dilene Germano.
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