È engraçado quando relembramos o
passado e os momentos constrangedores que vivemos e que hoje vemos com um outro
olhar!
Como se diz: quem nunca pagou um mico?
Não esqueço dessemomento desconcertante que passei. Eu
lecionava no município de Itaguaí. Para chegar à cidade ou voltar para
Itaperuna, tinha que fazer escala na Rodoviária do Rio, que na época ficava na
praça Mauá ( será que essa praça ainda existe?). Um verdadeiro formigueiro
humano, onde se via de tudo o que minha imaginação não alcançava.
O que mais me encantava eram as
lanchonetes- de uma só porta – mas que atendia uma multidão num verdadeiro
malabarismo de lanches e bebidas. Minha predileção era por cachorro-quente, o
favorito de todos os lanches. Se já existia hambúrguer, eu não sabia.
Bom, num dia em que voltava de férias
para casa, no espaço de tempo para pegar o ônibus , resolvemos eu e minha
colega comer um cachorro quente. Sempre que viajava para lá ou para cá, não
deixava de passar na dita lanchonete para me deliciar com o tal lanche.
Por serassídua, eu sabia de um lance do
funcionário que não me agradava: napressa em atender a todos, ele cortava o pão só até a metade, daí que a
salsicha , o molhode tomate e a
mostarda, ficavamquasepara fora do pão. Era só dar uma mordida que
a salsicha saltava . Aquilo me incomodava.
Nessedia, resolvi que iria alertar o displicente garçon sobre a salsicha
saltitante.
E serve um, serve outro e mais outro e
...quando chegou minha vez, antes dele organizar o tão esperado e ao mesmo
tempo temido cachorro-quente, soltei a seguinte pérola: “ Moço, para mim o
senhor pode por a salsicha bem pra dentro, para ela não sair quando eu for
morder e o caldo não escorrer pela minha boca.”
Aparentemente, nada de mais. Santa
inocência! Foi uma risada só e eu sem entender nada! Minha ficha caiu quando
minha amiga interpretou as minhas palavras de acordo com o que se passou nas
cabeças ( pervertidas)de quem estava próximo. Foi uma vergonha ao cubo!
Os outros micos é melhor deixar no mar
do esquecimento!
Gente bonita, temos que lembrar que
essas coisas são imprevisíveis de acontecer, mas temos que levar na esportiva.
Mesmo que seja muito impossível, é muito bom rir da gente mesmo!
Cotidiano” é o titulo da música de
Chico Buarque que me peguei cantarolando: “ Todo dia ela (ele) faz tudo sempre
igual/ Me acorda às seis horas da manhã/ me sorri um sorriso pontual/ E me
beija com a boca de hortelã...”
Lindo se em nosso cotidiano
encontrássemos ao acordar uma boca de hortelã,né? Mas não é bem assim... Você
sabe do que estou falando...
Será mesmo
que é possível repetir tudo ao pé da letra todos os dias? Na verdade é
impossível viver dias iguais, isto é, colocar o pé na mesma água do rio,
simplesmente porque a água corre.
Queremos coisas diferentes e por isso todo
mundo reclama da rotina, da repetição.
Hora de
acordar, hora de trabalhar, hora de alimentar-se, hora de dormir, hora de
caminhar...Cansativo... Monótono...
É comum as
pessoas dizerem que precisam de mudanças, de novidade. Mas ninguém se lembra do
lado bom da rotina. Dentre tantos, vejam esses dois exemplos: acordar
diariamente sabendo que a pessoa amada vai estar do seu lado, mesmo que não
seja com a boca de hortelã. Ir para o trabalho sabendo que seu emprego está
lá...na maioria das vezes. O pior é quando você recebe um aviso para passar no
RH. Aí, sim , é sair da rotina.
Mudanças
boas são bem-vindas, novidades também, mas não desvalorize tanto a rotina !
“Pode-se
ficar alegre consigo mesmo durante certo tempo, mas a longo prazo a alegria tem
que ser compartilhada.”(Henrik Ibsen-
dramaturgo norueguês)
Você já reparou que nós sempre
nos lembramos de compartilhar as tristezas, mas muitas vezes nos esquecemos de
compartilhar as alegrias?
Pode ser o lado egoísta da
personalidade do ser humano... Talvez o medo de ter a nossa felicidade
diminuída ao compartilhá-la...
Mas a verdade é que, como disse
Buda: “Milhares de velas podem ser acesas de uma única vela e a vida desta vela
não será encurtada. Felicidade nunca diminui ao ser compartilhada.”
É como se disséssemos: “ esta
alegria extrapola toda a minha capacidade de sensações. Você pode me emprestar
um pouco de si?”
Parece que toda a alegria vem de
compartilhar, ou será que o compartilhar é em si uma alegria imensa?
Mas, não há alegria real sem o
doar. Tomemos como exemplo, a natureza. A chuva está sempre doando às árvores.
A árvore doa suas sementes e as sementes doam a si mesmas em novas árvores, que
se doam aos pássaros que carregam sementes nos seus bicos levando doações em
tudo que é lugar.
Tente aplicar isso no seu
dia-a-dia! Fazer os outros felizes - a partir da sua própria felicidade - só
atrai coisas boas!
Divida as alegrias da vida, para
no resultado final da soma, diminuir as tristezas!
Fique na paz e nunca esqueçamos
que Deus, o Supremo Doador, nos deu a vida e Sua Vida na pessoa de Cristo!
É...
quanta história para contar! A começar, parafraseando Lamartine Babo: os meus
cabelos não negam...Apesar dos “
milagres” da escova, chapinha, alisamentos, tinturas, progressivas , etc,
quando começam a crescer, não negam sua origem...
Ah!! cabelos!
Volta e meia, ouço alguém ( inclusive eu) reclamando: é muito volumoso, esse “
frizz” deixa meu cabelo tal qual o Bozo (lembra?), o meu é tão seco que nem
nordestino agüenta, o meu é tão oleoso que chega a atacar meu colesterol, o meu
é cacheado , o meu é liso demais, o meu é isso, o meu é aquilo. Mas tem um
porém..., cabelo é igual a filho, você pode falar de seu defeito, mas... os
outros nem pensar!
E olhe que muita gente reclama de barriga
cheia, pois têm cabelos maravilhosos e fáceis de serem tratados. Mas quer saber
de uma coisa? Como o gênio da lâmpada ou as fadas madrinhas não puderam me dar
um cabelo como eu gostaria, há anos traí o lado de minha descendência afro,
após tornar-me adepta das escovas e da chapinha (a fada madrinha das mulheres
infelizes de cabelos crespos). Não há chuvaou insistência da natureza que me faz desistir de ter cabelos lisos! E
nem me venham com o politicamente correto...
Acho até que deve ser chato, alguém já ter,
nascido com aquele cabelo perfeito, que basta lavar, dar uma sacudida e pronto:
fica lindo sem esforço! Para ser sincera, eu gosto desse “ esforço”, para
acabar com meus caracóis. Adoro os rituais capilares no salão, onde o “ mago”
ou o “ feiticeiro” ou a “feiticeira” opera os milagres das escovas inteligente,
indiana, londrina, de chocolate, de morango, definitiva, japonesa e mais o que
inventarem, com suas “mágicas” varinhas de condão: escova e secador.
Mas
qual o papel social do cabelo? Muito se investe nos cabelos, mas pouco se fala
sobre eles, a não ser nos manuais e revistas de cabeleireiros.
Ao
longo da história das civilizações, a cabeleira representou um elemento
fundamental da personalidade humana. Sustentáculo da beleza, do fascínio e da
sedução para as mulheres e até mesmo do poder e da força para o homem.
Todos
os povos da Terra, em todas as épocas elaboraram penteados variados com a
tarefa de exprimir cada etapa de suas vidas, bem como comunicar aos demais os
seus respectivos papéis, seus status e suas dignidades culturais.Quer ver?
Os romanos, por exemplo, pelavam a cabeça dos
indivíduos hierarquicamente inferiores como os escravos, os prisioneiros, os
traidores. Os franceses após a Segunda Guerra Mundial faziam a mesma prática
com as colaboradoras e companheiras dos alemães. Os antigos egípcios
tornaram-se famosos pelo uso da peruca como forma de distinção social. Sansão,
do Antigo Testamento tinha sua invencibilidade ligada à sua vasta cabeleira.
Foi confiar seu segredo à Dalila e deu no que deu... mas derrotou os filisteus
quando recuperou seus fios preciosos.
Na Grécia
Antiga, o cabelo era uma expressão de atitude. O cabelo cacheado não só estava
na moda, como também representava atitude para com a vida. Os cachos eram uma
metáfora para a inquietação, desejo de mudança, liberdade, alegria de viver (
pontos para as cacheadas).Como tudo se recria, com certeza os cabelos cacheados
têm a sua vez, e podem até com grande “atitude”, acabar com a “ ditadura das
chapinhas, progressivas e afins.
E então,querem mais?
O Rei-sol, Luís XIV, era notado por suas
extravagâncias e longas perucas, as quais usava como símbolo de luxo e
esplendor. Portanto, na França absolutista, o cabelo era sinal de nobreza, e
olhe que muitas marquesas, duquesas e condessas não tinham um cabelo
muito...digamos assim...ajeitável! Daí, que...
Gente
bonita, que cabelo era aquele do final do século XVI: um perucão alto, cacheado
e empoado com pó-de-arroz branco? As que não usavam peruca, faziam seus
penteados virarem obras de engenharia: altos com armação de arames, enfeitados
de rendas e fitas, virando verdadeiros ninhos... de piolhos.
Na
Idade Média, cabelo feio era sinal de bruxaria e muitas pessoas foram queimadas
por isso. Naquela época, beleza já era
fundamental...cabelo então...era caso de vida ou morte!
Aqui
na América, o cabelão foi utilizado como esconderijo de ouro, prata, diamantes
, para enganar o fisco, ainda que a globalização estivesse engatinhando.
Mas
que não fiquem tristes os carecas, a história os redime. Se por um lado, os
cabelos estiveram associados á idéia de força e beleza, a calvície ficou ligada
ao conceito de sabedoria. Sócrates orgulhava-se de sua falta de cabelos,
dizendo: “ Mato não cresce em ruas ativas”. Grande Sócrates! Mesmo sendo idéia
sua, tenho certeza queisso não
levantava a auto-estima dasmulheres
pouco cabeludas!
Essa
frase já foi muito usada, mas de vez em quando ainda é citada: “ é dos carecas
que elas gostam mais...” . Será?... O que importa é o charme, a atitude e a
inteligência, com certeza é o que deixa qualquer homem lindo, seja ele careca
ou cabeludo.
De
qualquer forma, na civilização atual os cabelos perderam muito da função
remota, mas ainda são marcas de beleza e sedução.
E, bendita
seja a química: encaracolado, afro, ondulado, cacheado, liso (a preferência
nacional), hoje ninguém mais sabe o que é natural e o que foi “fabricado” no
salão.
Só sei
que cabelos exigem muitos cuidados e muitos gastos para ficarem saudáveis e
bonitos. Mas como isso não é um guia de beleza, então, não importa seu gosto,
padrão ou preferência, procure seu cabeleireiro e seja feliz!
“ ... fagulhas, pontas de agulhas/brilham
estrelas de São João/babados, xotes e
xaxados/ segura as pontas meu coração/ bombas na guerra-magia / ninguém matava/
ninguém morria/ nas trincheiras da alegria/ o que explodia era o amor...”
A festa junina é assim mesmo como Moraes
Moreira a descreve. Tudo acaba bem.
Quando chega o mês de junho, todos já sabem:
São João vem aí. È hora de preparar os chapéus de palha, as bandeirolas, os
vestidos rodados, convidarcomadre e
compadre para dançar quadrilha, acender fogueiras e se esbaldar de tanto comer
pipoca, cocada, pé-de-moleque, caldinhos, etc.
Graças às escolas principalmente, aqui em
Itaperuna essa tradição tem se mantido, fazendo com que nessa época do ano, o
Brasil rural contagie a nós todos, e as crianças coloquem o “ pé na roça” .
Ainda que as festas juninas tenham ajudado a
criar uma imagem estereotipada do homem do campo, questionada por muitos – um
sujeito que fala errado, com dentes sujos e calça na altura das canelas, cheias de remendos – uma coisa é certa, a tradição ainda sobrevive. Ao contrário das
grandes cidades, que vão deixando de lado o caráter folclórico destas festas.
As festas juninas somam hoje, contribuições de
vários povos que aqui se estabeleceram com o passar dos tempos, formando um
verdadeiro “ coquetel de culturas” num arranjo perfeito para apreciarmos estas
alegres e descontraídas festas: a tradição de soltar fogos de artifícios que
veio da China ( região onde teria surgido a manipulação da pólvora para a
fabricação de fogos ) , da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito
comum em Portugal e Espanha além do caráter religioso ( homenagens aos santos
católicos São João, São Pedro e Santo Antonio) e uma colher de chá da tradição francesa com a
dança marcada, característica típica das danças nobres, influenciando muito as
nossas quadrilhas. Todos esses elementos foram se misturando aos aspectos
culturais dos brasileiros ( indígena , afro-brasileiros e imigrantes europeus ).
Itaperuna, não vamos deixar essa tradição
morrer. Passar o mês de junho sem “ pipocar”
nessas animadas festividades é deixar de viver momentos felizes de pura
descontração. Parabéns aos que realizaram eventos juninos e quecontinuem
todos os anos a reavivar velhas tradições, reforçar nossos laços de origem e
recriar no presente, a caminhada de nossos antepassados.A população agradece o
empenho, os momentos alegres, a organização cuidadosa e a oportunidade de
participar de uma festa popular, pois, com a dinâmica da vida de hoje, que
criouum tempo novo, carecemos de mais
espaço para o convívio, para a alegria, para o sonho...
Portanto, unindo música, dança, casamento,
teatro, leilões, bingos, quadrilhas, sanfoneiros e boas comidas típicas, as
festas juninas expressam um imaginário rico em passagens da vida cotidiana de
um povo simples. E é, antes de tudo, uma oportunidade onde se dança e canta os
costumes herdados da sabedoria de nossos ancestrais. Sábios ensinamentos de um
tempo que o próprio tempo se encarregou de deixar para trás, mas que nossa
memória nega-se de esquecer.
Termino no meu bom “ matutês” :“ Anavantur” ( avant tour) , “ balancê”( balancer) ,“ anarriê ( derrière) e “ cé fini” ( c´est fini).
Certas pessoas passam a vida inteira
vivendo pela metade, sofrendo ou errando feio porque não estão com os valores
alinhados, uma pena... para essas pessoas eu dedico esse texto.
"Quando à beira da morte, Alexandre, o
Grande, convocou os seus generais e relatou seus 3 últimos desejos:
- que seu caixão fosse transportado
pelas mãos dos médicos da época.
-que fosse espalhado no caminho até o
seu túmulo os seus tesouros conquistados (ouro, prata, pedras preciosas...)
-que suas duas mãos fossem deixadas
balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.
Um dos generais, admirado com esses
pedidos, perguntou a Alexandre quais as razões. Alexandre explicou:
Quero que os mais iminentes médicos
carreguem meu caixão para mostrar que eles não têm poder de cura perante a
morte. Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas
possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem. Quero que
minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias
viemos e de mãos vazias voltamos.”
É importante refletirmos no texto acima
descrito, e pensarmos muito bem na forma como gerimos o tempo e quais são
realmente os nossos valores e tudo aquilo porque lutamos.
Então...é bom realizar sonhos, usufruir
de tudo que a vida tem de bom, tudo que ela nos proporciona. E entender que por
mais importante que sejam os bens materiais que adquirimos, eles ficam. A
verdadeira propriedade é o que fazemos de bom e é o que levaremos quando daqui
partimos.
Na
sabedoria popular, “ a variedade é o tempero da vida” e em se tratando do
universo feminino, Martinho da Vilaretrata muito bem os estilos, atitudes e idéias nos seguintes
versos: “ Já tive mulheres do tipo
atrevida, do tipo acanhada, do tipo vivida, casada carente, solteira feliz
(...) Mulheres cabeça e desequilibradas, mulheres confusas de guerra e de paz” .
Reportando para o mundo da moda, existem
vários estereótipos femininos, onde tudo pode acontecer, até as diferenças:
mulher que anda na moda, mulher que tem estilo, mulher chic, mulher elegante, etc.
Oandar na moda é aquilo que se quer mostrar, é o sonho que se compra na
loja, mas ter estilo é o que nós somos
.Eis uma questão: é melhor ser elegante ou
ser chic ? Veja a diferença.
Mulher elegante é aquela que sabe usar com
categoria uma roupa de marca oude
griffe de uma butique antenada com a moda atual, como usar uma peça de uma loja
popular. É exteriormente ser brega, perua, fashion, mas antes de tudo ter uma
luz interior brilhando sempre. É ser humilde, generosa, solidária e não fazer
de sua casa um museu, guardando peças que não servem mais ou que não usa mais.
É elegante doá-las para quem precisa.
Ser elegante também não é ser escrava da
moda. Nem tudo o que se usa pode ficar bem em determinadas pessoas, é preciso
ter um pouco de discernimento. É preciso antes de tudo que esteja bem aos seus
olhos “ críticos”.
Um dos maiores exemplos de elegância de
todos os tempos foi a atriz Audrey Hepburn, que protagonizou filmes como “ My
fair lady”, “ Bonequinha de luxo” , “ A princesa e o plebeu” , etc, além de ser
inspiração de famosos estilistas . Quando pediram a ela que contasse os
segredos de sua beleza e elegância, veja só as “ dicas” que ela passou: “ Para ter lábios atraentes, diga palavras
doces. Para ter belos olhos, procure ver o lado bom das pessoas. Para ter um
corpo esguio, divida sua comida com os famintos. Para ter cabelos bonitos,
deixe uma criança passar seus dedos por eles pelo menos uma vez por dia. Para
ter boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinha. Pessoas muito mais que coisas, precisam ser
restauradas, revividas, resgatadas e redimidas, jamais jogue alguém fora.Lembre-se
que, se alguma vez precisar de uma mão amiga, você a encontrará no final do seu
braço. Ao ficarmos velhos, descobrimos porque temos duas mãos: uma para nos
ajudar, a outra para ajudar o próximo. A beleza de uma mulher não está nas
roupas que ela carrega ou na forma como ela penteia o cabelo. A beleza de uma
mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta é a porta do seu coração, o
lugar onde reside o amor.” Dicas que
poderiam ser seguidas!
Agora, mulher chic é muito mais , é ter
fibra, atitude, personalidade.Ser chic é a mulher que trabalha o dia inteiro,
volta para casa e ainda cuida da família. E com tudo isso, está sempre de bom
humor e consegue ser feliz. Ser chic é fazer compras e pagar o carnê em dia...
é fazer churrasco de lingüiça e frango e convidar os amigos... é achar uma
roupinha básica numa loja dez e se sentir a Gisele Bündchen... é poder comer o
que quiser sem preconceito de classes e andar de carona em tempos de lei seca. Ser chic é ser bem vinda em todos os
lugares, estar bem em qualquer meio social, é apreciar e se permitir gostar de
todos os que estão á sua volta, é ser receptivo aos encantos populares, que por
muitos são considerados bregas.Ser chic é saber respeitar a diversidade e
especificidade de cada indivíduo, seja ele quem for.
Ser chic é aquela mulher
que se sente especial e homenageada quando alguém que ela ama,lhe diz, mesmo com outras palavras ou gestos,
o significado da frase de Martinho da Vila: “Já tive mulheres de muitos amores...
Mas nenhuma delas me fez tão feliz como você me faz.”
E viva
o caviar, os canapés, o pastel de carne com azeitona e o “escondidinho” de carne-seca!
Gente
bonita, hoje, mais do que necessário, é exigida uma fragmentação de nosso eu ,
como se fôssemos um...Frankenstein pós-moderno. De vez em quando, vestimos
nossas outras peles.
Assim, tem hora que sou criança, me pego
brincando ou até mesmo brigando por bobagens.
Tem
hora que sou muito velha e rabugenta, certos barulhos me incomodam, de repente,
viro filha carente, louca por um colo...
Sou
estrela, quero todas as atenções para mim, sou platéia, viro fã das coisas
simples, que acontecem todos os dias e vejo nelas algo fantástico.
Dentro
de mim existe uma multidão e tenho que agir de forma diferente a cada instante.
Tenho
que ser psicóloga, amiga, ouvinte, nutricionista, médica, conselheira, da
limpeza, bióloga, decifradora de sintomas, cozinheira, professora, pai, mãe,
avó, irmã, prima, tia, parente próximo e distante...
Tenho
que tratar, curar, resolver, calar...Tenho que sorrir sempre, responder nunca,
concordar a todo momento...Tenho que resolver, encontrar, procurar, apressar
...Tenho que ligar, chamar, ensinar, aprender, adivinhar, fingir, contar...
Vou de
um lado para o outro no palco da vida, segurando todas essas sensações contraditórias,
representando vários papéis ao mesmo tempo. Personagens que querem viver
intensamente.
É
ruim? Acho até que não! Essa multidão dentro de mim pede movimento, ação. E por
isso devo lutar para que cada um desses tipos, desses personagens que vive em
mim, tenha seu momento de alegria, de sucesso. E é preciso muita luta para
comemorar o sucesso de cada um. Lembra-se do “ unidos venceremos”? Nada mais
certo: a força da união é definitiva. Com certeza, posso tornar o mundo mais
leve e otimista, e estamos precisando muuuuito disso!
Eu,
plural, forte, sei que sozinha, tenho que ser um exército preparado para
vencer, porque...somos muito em um só!
Como disse Adélia Prado entrando no fundinho
da alma feminina e nos enxergou assim : Mulheres desdobráveis!!!!!! E eu sou...
Gente bonita....
Hojetenho muitas coisas pra contar....
Vou deixá-las roxas de inveja...modo de dizer é claro porque adooorooo
vocês....por curtirem essas coisas rabiscadas que escrevo (tudo bem, só algumas
coisinhas...)
Virei milionária.......
Sabe aquela história de herança ?
Então....uma tia antiga....me deixou milhões.....assim de repente....Boazinha
ela, não? Pra começar “ pé na estrada”, ou melhor, de corpo todo no ar. Viagens
agora, gente bonita, só de avião! Os meus enjoos? Não tenho mais,
aposenteio Dramim, não pertence mais a
minha bolsa. Afinal, quem vai enjoar com uma fortuna nas mãos, não é?Pra onde vou? Por enquanto não penso ir à
Argentina, Chile, Cancun, etc. Vou fazer um tour na base de euros...países
europeus são sempre mais chiques!
Em função disso,...estou como se fosse uma agenda cultural, sabe ?
Relax é minha palavra chave. Estou só na massagem... de todo tipo,
nacionalidade e apetrechos. Nada como um up grade no visual...estou só na
griffe, cheia de estilo... transformação...
Minha pele esta uma seda...tenho tomado banho de água de côco....todos os
dias...
O maridão então...anda um doce, bem humorado, compreensivo, atencioso...nem
lembra de crises......economia...problemas.
E meu trabalho...notas fiscais, serviço de Office girl...filas de banco,
supermercado... ? Com esta história terceirizei tudo...!
Só crio, decido, mando fazer e assino.....não é demais ?
E com tudo isso de bom acontecendo...vocês sabem né...fiquei mais bonita.....com
auto-estima lá em cima mais poderosa, mais tudo....
Minhas rugas sumiram...tudo no lugar exatamente onde deveria ficar...estou
sempre zen...
Minhas empregadas não faltam... tenho várias, com todos os direitos
trabalhistas e muito mais.
Agora tenho um personal training todos os dias, que me ajuda a
“ malhar “ ..........ele é um arraso..... ! Um sorriso lindo....... olhos
verdes, uns braços fortes.....
Aff! Eu emagreço só de olhar...
E uma fisioterapeuta para o Pilates que
é um show de bola!Postura é chic amiga!E flexibilidade agora é estilo de vida!
Mas o melhor investimento mesmo, foi a contratação do meu mordomo James Bond...É
isso mesmo,fiz questão do nome! Adoro chamar Jaaaaames....Jaaaaaames Bond!!!!!Só
para vê-lo, com aquele porte, entrando por uma porta, que se não é igual, é
muito parecida com a do palácio da rainha Elizabeth.
Sempre tive vontade de ter um. É o que
dá ficar assistindo novelas e filmes!
Ele é um luxo !
Ele jura que é gay...mas as vezes eu duvido....ele é ...um “monumento”
masculino....como pode ?
Mas prefiro acreditar....é melhor...já pensou ter que ficar sem ele ?
Nem morta !!
Ele faz de tudo pra mim, é meu sonho de consumo realizado....
É meu guarda-costas com protocoloe tal .
É meu motorista, abre porta...fecha porta....me tira o casaco.....tira o quepe
quando passo...cheio dos rituais...puxa a cadeira, sabe de cor todas as minhas
musicas prediletas e coloca durante o tempo que gastamos para achar uma vaga no
estacionamento, eu nem sinto o tempo passar.....
Babem gente bonita !...porque é assim mesmo.....
Dedicadíssimo....
E tem mais........
Trouxe uma chef de cozinha que é ma-ra-vi-lho-sa, faz todas aquelas coisas
gostosas que eu amo, é só alegria....
Bem mudei pra cobertura né.....maridão quer me ver super segura, então....só
nas alturas......nem vou dizer a metragem pra vocês não surtarem...mas é tríplex
.....enchente nunca mais
Pé direito duplo, com vista panorâmica, elevador privativo e a minha suíte
gente bonita...é de mil e uma noites...... ,e juro que não é o do Lula!!!
Eu vou para Grécia em julho, aluguei uma
propriedade em Mikonos....um paraíso....quase que consegui osdeuses do Olimpo...
E com toda essa glória.....e essa exuberância energética......aquele meu
livrinho preto aumentou...chovem convites para fotos, entrevistas, sair em
capas de revistas... O disco mudou, agora eu sou “ the best “ ! Fazer o que ?
Bem gente bonita......esta na hora do meu spa....antes da balada com o maridão,
é claro...gosto de curtir a noite revigorada....
Mas eu ligo...a gente marca um jantar logo, logo...prometo.......
Vai ser cool !
E amanhã tem mais....
Mentirinhaaaaaa......!!!!! Gente bonita, se você achar algum pedaço de nariz
por aí, não se assuste, faz parte do meu, que cresceu tanto que não coube em
minha mansão e saiu por aí! Rsrsrsrsr
Foi hoje a tarde. Arrastando as
sandálias pela Avenida Cardoso Moreira, eis que me deparo comuma pombinha procurando alimento nas ruas.
Estranho, não? Atualmente, até que não! São várias que encontramos pelas ruas
de nossa cidade.
Mas uma, me chamou a atenção, porque
parecia uma top model caminhando fora da calçada, um pezinho,outro pezinho auma distância considerável, dos carros que
passavam! Fiquei preocupada com o perigo que corria. E se fosse atropelada?
De repente vem um carro e lá estava ela
bem na frente do mesmo. Cheguei a fechar os olhos. E quando abri...olha só a
surpresa: a bichinha foi muito esperta e se safou tranquilamente. Quando o
carro praticamenteia encostar nela, ela
olhouevoou!
Ufa! Ainda bem que ela tem asas...
pensei, que sustinho deve ter tomado.
Sabe, as vezes, eu sou meio parecida
com ela, o mundo tá se acabando, coisas acontecendo, gente falando e eu lá..
sossegada, distraídaaa!
Voltando à pombinha,sem perceber toda minha preocupação, tranquila, elegante, voltou
ao seu desfile a procura de restos de comida!
“És
fascinação, amor... A palavra fascinação significa ação de fascinar, atrair,
cativar...é encantamento, enlevo, feitiço, deslumbramento. Enfim..., é algo que
não é para ser compreendido , apenas é para ouvir e quem
sabe..sentir...Naturalmente...
Agora, imagine uma Lua, um amor, a
poesia de Fascinação e a voz de Elis Regina! Perfeito!!!!!
“Os sonhos mais lindos sonhei.
De quimeras mil um castelo ergui
E no seu olhar, tonto de emoção,
Com sofreguidão mil venturas previ
O teu corpo é luz, sedução
Poema divino cheio de esplendor.
Teu sorriso prende, enebria, entontece
És fascinação.amor.”
Estar apaixonado é sentir falta de
alguém: I need you, te quiero, J´
taime... É não sentir falta de nada...
Se
há um doce que realmente marcou a minha infância foi o tal do Algodão Doce.
Lembro-me muito bem de ouvir o
senhorzinho puxando o carrinho na rua e gritando "Olha o Algodão Doce!
Olha o Algodão Doce!" e logo eu e minhas amigas saíamos feito um bando de
doidas atrás de garrafas e panelas velhas para trocar por um saquinho daquelas
fofuras. Até porque era um doce que a gente não encontrava em qualquer lugar e
ele era tão bonito e divertido que a gente não conseguia ouvir o grito do
senhorzinho sem pirar.
São lembranças tão vivas, que parece
que a infância fica mais legal por conta desses momentos. E além do mais o
Algodão Doce é aquele doce lindo, fofo, diferente e que sempre nos traz uma
felicidade e nostalgia, não acham?
Por isso minha inspiração de hoje é
todo dele... Degustar algodão doce é deitar numa nuvem macia e saborear a vida.
Tranquilamente, de forma leve, macia... doce.
Trazem gosto de quero mais, mais doçura da
vida. Pelo menos naqueles minutos a vida se faz doce, doce como algodão doce.
Doce como beijo de namorado. Doce como os sonhos de felicidade. Doce comoalma do poeta.
Algodão doce é mágica, é açúcar que
vira nuvem. É adulto que vira criança.(foto com algodão doce)
A velhice é algo que assusta , é quase
feio tornar-se velho. Se não fosse feio , porque usar o adjetivo para
qualificar ( desqualificar, melhor dizendo)como já aconteceu comigo e com tantos outros.
Na avenida Cardoso Moreira, sempre dirijo
maisdevagar à procura de uma vaga para
estacionar e de vez em quando, osmais
jovens ágeis , querendo abrir caminho a todo custo, e os menos educados soltam
o que consideram palavrão: “ Só podia ser uma VELHA (em maiúsculo e
grifado mesmo)!”
Devagar com o andor, gente bonita ...porque já
li que começamos a envelhecer pelos vinte anos.Velhice impacienta os jovens , pois a velocidade dos velhos é outra, .
Para eles, envelhecer é chato porque há de se pisar no freio, o corpo assim o
exige.Sabedoria? De quem? Se não se
sabe algo, vamos ao Google e lá está tudo.
Abeleza está na juventude. Principalmente para as mulheres, já nos diziam
as pinturas renascentistas .
Então ... só que os padrões de beleza
mudam . Ok, a Monalisa não é de fato bonita ( talvez sorrisse com discrição por
não ter dentes).E as mulheres de Rubens
, do período barroco?Para os padrões de
hoje, teriam de passar por regimes severos para se encaixarem nas roupas
tamanho 36. E mais , a média das modelos fotografadas talvez não chegue aos
vinte. Então, você não é mais ligeira, não veste 36
A vida passou voando para mim, como
passa para todos. Fui envelhecendo da melhor maneira que consegui. Hoje ,
depois de tantos anos, de luta contra meu próprio corpo , sinto-me um pouco
mais confortável comigo mesma. Eu encontrei aquela pessoa que sempre quis ser.
Acho um ganho incrível.
Hoje, tenho a confiança de acreditar
ter feito a melhor escolha. Pode haver quem não goste. Tudo bem, eu entendo. O
importante mesmo é saber escolher. E eu escolhi . Esta aí sou eu. Com minhas
rugas , meus cabelos pintados.Minha franjinha Sou eu. Com minhas fotos.Minhas brincadeiras.
E estou sorrindo...vitoriosa sim..."porque a vida pode ser maravilhosa!!!!!"
Tenho plena consciência de que não
posso salvar a pátria amada ao meu redor. Mas é difícil viver com situações de
miséria do egoísmo. Não tenho e nem queroter a capacidade humana de ser ilha.
Nasci continente. Perdi a paciência com
pessoas que só olham para seu próprio umbigo. Tenho dificuldade de conviver com
pessoas que não conseguem estar na plateia por não ter a capacidade de juntar
as mãos e produzir o aplauso no momento do sucesso do outro. Pessoas que no
espetáculo da vida só querem estar no palco.
Que Deus me liberte de vaiar por não
poder aplaudir representações teatrais de pessoas tão egoístas .
E que me conservemomentos assim, de procurar na plateiamãos que estão ao meu lado para nelas meenlaçar em oração.
“Um dia feliz, às vezes é muito raro”,
já dizia a canção na voz de Rogério
Flausino e companhia (ainda estou curtindo o maravilhoso show no Infinity Hall
rsrsrs).
Mas será que é assim tão raro ter um
dia feliz? Mais ou menos, concordo em partes. A vida não é o mar de rosas, nem
na teoria, muito menos na prática.
Sou sobrevivente de rasteiras da vida, e
sei que é nessa dinâmica de cair e levantar que aprendemos. Não tem outro
jeito. Pode-se ler mil literaturas sobre a felicidade. Nenhuma será cem por
cento aplicável. O negócio é ralar a alma, tomar um tapa da vida, esfolar o
coração, pra entender que a felicidade é simples demais.
Acho que um dia feliz é a coisa mais
fácil do mundo. Outros nem tanto. A felicidade está nas pequenas coisas.
Naqueles momentos inesperados, singelos e espontâneos.
Tem dias que um whatsapp me deixa
feliz, esmalte novo, um gesto de carinho, pão fresco, uma lembrança gostosa.Um passarinho abusado
tentando entrar no meu quarto, me faz rir. Receber um elogio sincero me faz
sorrir.
Nunca precisei sair da minha rotina pra
me sentir bem. Minha felicidade namora com detalhes, sutilezas e pequenices.
Meus pais me ensinaram a ignorar a casca das coisas e apreciar a polpa. E com
isso, aprendi a estar sempre de bem com a vida.
Só que hoje em dia, ser feliz é quase
uma ofensa. Quem ri o tempo inteiro e fala de “vibrações positivas”, em um
discurso riponga é falso.E ai de você
se ficar o tempo todo agradecendo suas bênçãos. Principalmente nas redes
sociais. Vão dizer que você está apelando e que ninguém pode ser assim, tão
assertivo. Mas acontece. A vida é um fenômeno extremamente fugaz pra
desperdiçar reclamando ora do frio, ora do calor.
Então... Ser feliz não é raro. Raro é
não saber viver.
Sim, Jota Quest: “Falar é complicado/Quero uma canção’.