sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

QUE TAL UM PASTEUZINHO? (Dilene Germano)

Já vi muita gente deixar a carne do prato para comer por último. Comer a massa da empada ou do pastel em primeiro lugar. Com certeza eu também já fiz isso. Quantas vezes comprava uma roupa nova e separava para uma ocasião especial, geralmente ela nem existia ainda, mas se um dia aparecesse lá estaria. Costumava separar minhas roupas em roupa para sair, para trabalhar e para ficar em casa, era inconcebível usar uma blusa novinha em folha para ir trabalhar, “gastar a roupa”? De jeito nenhum! Tinha uma mania boba de achar que a melhor parte deveria ser deixada para o último instante, acreditava que assim, fecharia com chave de ouro qualquer acontecimento deixando o melhor para o fim.

Hoje não faço mais isso, uso roupa de sair para ir ao supermercado, ao banco enfrentar a fila da senha, não faço planos longos demais, se eu tiver que viajar, fecho os olhos e aponto o mapa, trabalho, não muito e nem pouco, o suficiente para que possa viver bem. Gasto meu dinheiro com coisas que me dão alegria, com pessoas que me fazem bem, os banqueiros não dão a mínima para mim, apreciam apenas conta bancária. Enfim, vivo cada dia, cada segundo, de modo que ele dure o tempo suficiente para que tenha valido a pena, para que eu tenha ao menos deixado algo de bom!

Então, gente bonita,  você pode achar que as massa das bordas do pastel é o mais gostoso, aliás as bordas são também importantes, senão o que seria do recheio, não é? Enfim coma o que quiser quando sentir vontade, e se o recheio é a melhor parte, então, coma primeiro. O importante é viver com harmonia com as loucuras desse mundo sem nos estressar, sem nos esquecer de viver as coisas boas da vida. Afinal, o poeta e filósofo Horácio desde os anos 20 a.C., aproximadamente, já nos dizia: “carpe diem quam minimum crédula póstero” (colha o dia, confia o mínimo no amanhã). Isso é o que desejo!

Fique na paz!

Dilene Germano

Nenhum comentário:

Postar um comentário