quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

ESCULPINDO MINHA HISTÓRIA (Dilene Germano)

O tempo vai passando  e vou construindo minha vida no dia a dia. Enquanto estiver aqui, vou esculpindo minha história. E assim, vou conquistando meu espaço, meus amores, minhas coisas, colecionando sonhos.
E nesse trabalho de construção do meu pensamento,  vou criando marcas para justificar minha obra prima que é minha alma.
Eu poderia  me espelhar em Gengis Khan, e sair por aí sangrando a carne, transpondo muralhas, demolindo almas.
Ou então almejar a glória e a fortuna do popular  Júlio Cesar, imperador romano e poder dizer:”vim, ví e venci”!
E se achasse pouco, então seguiria o rastro de  Alexandre, o Grande,  e conquistar coisas, terras, abraçar o poder, distribuir o ódio.
Eu prefiro mesmo é emocionar o mundo, como fizeram e fazem  os grandes músicos como Beethoven e depois reger uma orquestra de borboletas e sair por aí removendo pedras e plantando flores , recitando Fernando Pessoa e Cora Coralina, com amor.
Mas tudo isso ainda não me basta. Então, deixo Deus me mostrar a melhor maneira de esculpir minha vida. Assim, fico mais perto dos meus sonhos.
Fique na Paz!

  Dilene Germano

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

"É A VIDA ...É BONITA...É BONITA...!" (Dilene Germano)

 Nasceram 6 filhotinhos da Bulha e é só alegria vê-los. Impressionante!  Alguns  parecidos uns com os outros. Não sei quantos machos e quantas fêmeas.Têm três dias, ainda estão com os olhinhos fechados.  ! E eu fiquei completamente feliz!


 T


Hoje já estão com quase um mês de vida. Infelizmente morreram 2..



Quando chego perto deles e escutam a minha voz tentam se aproximar de mim, perto dos meus pés.



Uma fofura só..a Bulha não sai de perto deles...e deve estar com a língua cansada  de tanto que lambe os filhotinhos... E tem "mães" por aí que abandonam seus filhos no lixo! Não consigo entender!


Eles estão começando  a aprender...Começando a explorar... 


Começando arelaxar... brincar e chamar minha atenção de alguma forma.
Enfim, queria mostrar para vocês esta fofura toda.   "É a vida... é bonita... e é bonita!
Fique na Paz!

       Dilene Germano

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

SIMPLESMENTE DELICIOSA! (Dilene Germano)

Temos inúmeras árvores frutíferas aqui no sitio. Eu gosto, a presença delas me alegra. Essa fruta simplesmente nasceu, próximo à piscina, no lugar onde havia plantado uns coqueiros. Fiquei com pena de tirar.. o tempo passou, floresceu...vieram os frutos e o prazer da colheita,..

Dá uma chegadinha aqui e olhe... pinhas deliciosas colhidas no meu quintal... amooooooooooo! Meu neto adora! Como a terra é generosa, eu só dei um pouquinho de atenção e ela retribuiu em dobro: usufruímos das delícias dessas frutas agora.
 Então, resolvi pesquisar sobre ela! Vamos lá! Nome científico: Annona squamosa
Da mesma família da graviola.
 Fruta-do-conde é assim chamada porque foi introduzida no Brasil pelo Conde Miranda, daí o fato de ser conhecida com esse nome. Ata, cabeça de nego e condessa são outros nomes populares. O nome de condessa faz sentido, já que era a fruta preferida do conde rsrs.Mas  por aqui a conhecemos como pinha.
Ela gosta de se esconder nos galhos. E geladinha é tudo de bom!!! Tem zero de calorias e é rica em vitamina C.
 Que linda... estava tão suculenta!!! Você aceita uma?
Fique na paz!
    Dilene Germano

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

MEMÓRIAS VÃO. EMOÇÕES FICAM. (Dilene Germano)

Hoje assisti uma cena num banco que me entristeceu bastante: a falta de paciência  de uma acompanhante com uma  idosa cadeirante. O que a senhora falava ou reclamava era imediatamente repreendida pela pessoa que a acompanhava e ainda falava com os mais próximos da dificuldade de cuidar de uma pessoa que era muito teimosa, repetitiva e etc. Até tentei conversar com ela, e fiquei sabendo que era a filha e que a senhora era portadora de Alzheimer. Me entristeceu mais ainda.
Viajando pela net encontrei esse vídeo( abaixo) que diz tanto!! Um vídeo forte e cheio de emoção... Damos pouca importância aos nossos 'velhos.  A falta de paciência para ouvi-los... nem que seja para ouvir mil e quinhentas vezes a mesma história, porque de cada vez que a contam, é mais uma vez que a vivem... que se sentem vivos  e incapacidade de compreender a deterioração mental e de memória dos idosos.
 São uma das coisas que mais me toca, e mais me incomoda. Talvez isso aconteça não por mal, negligência... ou sequer ignorância... mas por uma reação muito habitual por parte dos filhos dos pais senis ou com Alzheimer... que é a negação... porque lhes custa imenso aceitar esse luto precoce dos seus próprios pais que conheceram e não sabem lidar com isso...
Gente bonita, aquela cena no banco e este vídeo tocou-me particularmente mais do que você imagina. É uma realidade muito dolorosa. Quando mais precisam menos apoio têm, vivem em situações de extrema pobreza em todos aspectos, financeiros, emocionais, sociais ... E nem as famílias por vezes querem saber as condições em que estão sujeitos.
Para quem passa por uma situação semelhante: não desista. Apesar de ser complicado lidar com um problema desses, temos que ser fortes e lutar, pois não existe nada mais bonito que o amor incondicional de um pai ou uma mãe por seus filhos. E, se eles fariam tudo por nós , porque não fazer por eles?
 Acho até que a DA não mata. O que mata são as doenças oportunistas, os maus tratos, o desamor.
E o melhor remédio para esse mal é sem dúvida, o amor, a dedicação e a compreensão, porque hoje são eles, amanhã poderemos ser nós.
Podemos receber tanto se soubermos olhá-los mas vê-los, ouvi-los mas escutá-los! A indiferença, a falta de carinho dói...


Fique na paz!

     Dilene Germano

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

TAL QUAL BAMBU (Dilene Germano)

“No tempo de misérias e caos, sou bambu, que enverga ao longo da estrada, fino, parecendo não ser substância. Descendo até o chão ... aprendendo, que o envergar faz parte.

Mesmo tendo partes ocas-internas, ainda possuo folhas  esparsas-verdejantes, num até quando, não determinado.
Lambi o chão! E em arco, retomei espaço.” ( Desconheço a autoria)

Bela lição! O bambu se sustenta em grupos,  cresce para cima, sem medos, desafios ou obstáculos, sabe estar em conjunto, não se deixa cair por qualquer coisa e tem a humildade de se curvar na hora da tempestade. É preciso muita fibra para chegar às alturas e, ao mesmo tempo, muita flexibilidade para se curvar ao chão.

É a  natureza me ensinando através de Deus: seja igual ao bambu que enverga mas não quebra.
Tal qual bambu, vou até o chão, posso até machucar o rosto, abalo minha auto estima , mas... ainda assim...

Não quebro a cara!!!!

Fique na paz!

      Dilene Germano

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

RESILIENTE...EU? (Dilene Germano)



Certa vez,  conversando com uma pessoa sobre minha experiência ao cuidar de minha mãe com a doença de Alzheimer durante quase 15 anos, ela  disse que eu era um tipo de pessoa resiliente. Na verdade, eu nem sabia o significado dessa palavra. Fiquei na dúvida: seria elogio ou algo pejorativo. Mas se tratando da pessoa em questão, não deveria ser uma coisa nem outra e também não era o caso de demonstrar minha ignorância.
 Acho até que este termo está na moda porque  ultimamente muitos amigos do face postam  definições de Resiliência. Mas naquela época a pulguinha da curiosidade ficou atrás da orelha e fui ao  google para saber.
Então, resiliência é uma palavra muito usada na psicologia a fim de conceituar a capacidade humana de superar traumas, enfrentar adversidades e extrair frutos das experiências dolorosas.
Na realidade, a psicologia pegou emprestada essa palavra da física. No âmbito da física, resiliência é a capacidade de um material retornar ao seu estado natural após sofrer um choque ou pressão.
Outra dúvida: será que sou resiliente? Quem vai tirar minha dúvida? Nada  mais  nada menos que Charles Darwin: "Os que sobrevivem não são os mais fortes da espécie, nem os mais inteligentes. Sobrevivem os mais flexíveis e adaptáveis às mudanças".
Aprendi!!!! Pessoas resilientes apresentam grande capacidade de adaptação. . . Luto todos os dias para ser uma pessoa assim, acho que ainda não cheguei no ponto, mas já melhorei bastante! Não que eu não me abata com problemas, mas consigo me reerguer com certa facilidade, só  que nem sempre é fácil.. de qualquer maneira há ainda um caminho a percorrer.Um dia chego lá...
Fique na paz!
    Dilene Germano

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

SENTINDO A CHUVA (Dilene Germano)

 Dizem que compartilhar é uma grandeza que desconhece vaidades. Eu gosto de compartilhar a  alegria que recebo!!!E  alegria compartilhada é alegria em dobro, não é mesmo gente bonita?...Então vim aqui compartilhar com vocês, a chuva...isto mesmo, a chuva.
Fazia um bom tempo que não chovia por aqui no sítio, já estava fazendo falta. Agora à tardinha o tempo mudou, e veio uma chuva forte, gostosa e trouxe alegria para nós e para as plantas
. O som da chuva caindo  nas árvores, a brisa fresca e perfumada ...cheiro de terra molhada...cheiro gostoso de vida...de coisinhas simples, de ar puro...   taí mais um porquê de eu gostar  do meu cantinho na roça. É só ver a chuva com outros olhos. Ou melhor , é só sentir a chuva! e essa chuva de hoje caiu muito bem, depois de uma temporada de calor infernal…estava precisando dar uma parada no fervor dos últimos dias! Tudo aqui na roça agradece as águas que caem do céu. Cá pra nós , adoro uma chuvinha fina, calminha e fresca.
 Mas para o sol não ficar com ciúmes...também amo o sol. Eu gosto disso. Daí tirei fotos das coisinhas que vi. E agora mostro a vocês.



Obrigada, Senhor!!! “Tu mandas a chuva para regar a terra; assim o solo fica rico e produz muito. Os rios de Deus nunca secam. Tu preparas a terra, e ela produz ricas colheitas de cereais". Salmo 65:9
Fique na paz!

      Dilene Germano

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

MILHO: "UM BELO GESTO DA TERRA" (Dilene Germano)



Milho na brasa... O dia estava ensolarado e apesar do calor, aproveitamos para ir até lá na roça colher algumas espigas de milho para fazer papa e assar na brasa .
As roças de milho por aqui estão boas, mas com esse sol rajando e a chuva que não vem tomara não sejam muito prejudicadas. Como é belo o milho !
Rubem Braga já falara de Seu “Pé de Milho” ,era um só pé de milho, no jardim...
um só, isolado, mas de bela figura: “Um belo gesto da terra”!!!Os nossos eram muitos, uma roça inteira de milho
Um milharal!Um carinho da terra!!!
Cora Coralina  reserva a esse vegetal obscuro um espaço mais significativo: o milho, personificado, assume a voz lírica e agradece, em tom de oração, a sua humildade necessária:
“O Justo não me consagrou Pão da Vida, nem lugar me foi dado nos altares.
Sou apénas o alimento forte e substancial dos que trabalham a terra, onde não vinga o trigo nobre.
Sou de origem obscura e de ascendência pobre. Alimento de rústicos e animais do jugo.
Fui o angú pesado e constante do escravo na exaustão do eito.
Sou a broa grosseira e modesta do pequeno sitiante. Sou a farinha econômica do proletário.
Sou a polenta do imigrante e a miga dos que começam a vida em terra estranha.
Sou apénas a fartura generosa e despreocupada dos paióis.
Sou o cocho abastecido donde rumina o gado
Sou o canto festivo dos galos na glória do dia que amanhece.
Sou o carcarejo alegre das poedeiras à volta dos seus ninhos.
Sou a pobreza vegetal, agradecida a Vós, Senhor, que me fizeste necessária e humilde
SOU O MILHO” (Cora Coralina)



O milho se divide, mas a cor e o gosto cada um decide. Tirei algumas fotos pra vocês. 


Do milho verde não tem o que não fica bom.

Delícia de milho assado na brasa do fogão à lenha. O espaço gourmet era em volta do  fogão de lenha da D. Ângela.



E o mingau de milho verde? Eu conheço como “papa de milho verde”, coisas de mineiro, né? Tem gente que gosta quente, outros gelada. Eu prefiro de qualquer jeito! Adoro!! Eu acho que nos banquetes dos deuses do Olimpo só podiam servir papa de milho!.


Não preciso dar a receita porque todo mundo por aqui já sabe a maneira de fazê-la. É todo um ritual. Depois de pronta  e colocada nos devidos recipientes é a hora de “rapar” (raspar) a panela. Eita coisa boa! Me lembro que quando criança, não podia fazer isso, pois diziam que papa quente dá dor de barriga....
Quanta lembrança boa...infância, casa de mãe, casa de avó, roça, boa prosa...e por aí vai.
Fique na paz!

 Dilene Germano