quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

MEMÓRIAS VÃO. EMOÇÕES FICAM. (Dilene Germano)

Hoje assisti uma cena num banco que me entristeceu bastante: a falta de paciência  de uma acompanhante com uma  idosa cadeirante. O que a senhora falava ou reclamava era imediatamente repreendida pela pessoa que a acompanhava e ainda falava com os mais próximos da dificuldade de cuidar de uma pessoa que era muito teimosa, repetitiva e etc. Até tentei conversar com ela, e fiquei sabendo que era a filha e que a senhora era portadora de Alzheimer. Me entristeceu mais ainda.
Viajando pela net encontrei esse vídeo( abaixo) que diz tanto!! Um vídeo forte e cheio de emoção... Damos pouca importância aos nossos 'velhos.  A falta de paciência para ouvi-los... nem que seja para ouvir mil e quinhentas vezes a mesma história, porque de cada vez que a contam, é mais uma vez que a vivem... que se sentem vivos  e incapacidade de compreender a deterioração mental e de memória dos idosos.
 São uma das coisas que mais me toca, e mais me incomoda. Talvez isso aconteça não por mal, negligência... ou sequer ignorância... mas por uma reação muito habitual por parte dos filhos dos pais senis ou com Alzheimer... que é a negação... porque lhes custa imenso aceitar esse luto precoce dos seus próprios pais que conheceram e não sabem lidar com isso...
Gente bonita, aquela cena no banco e este vídeo tocou-me particularmente mais do que você imagina. É uma realidade muito dolorosa. Quando mais precisam menos apoio têm, vivem em situações de extrema pobreza em todos aspectos, financeiros, emocionais, sociais ... E nem as famílias por vezes querem saber as condições em que estão sujeitos.
Para quem passa por uma situação semelhante: não desista. Apesar de ser complicado lidar com um problema desses, temos que ser fortes e lutar, pois não existe nada mais bonito que o amor incondicional de um pai ou uma mãe por seus filhos. E, se eles fariam tudo por nós , porque não fazer por eles?
 Acho até que a DA não mata. O que mata são as doenças oportunistas, os maus tratos, o desamor.
E o melhor remédio para esse mal é sem dúvida, o amor, a dedicação e a compreensão, porque hoje são eles, amanhã poderemos ser nós.
Podemos receber tanto se soubermos olhá-los mas vê-los, ouvi-los mas escutá-los! A indiferença, a falta de carinho dói...


Fique na paz!

     Dilene Germano

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