segunda-feira, 26 de novembro de 2012

“VESTIDA DE AZUL E BRANCO...”

 
“Vestida de azul e branco/ trazendo um sorriso franco/ no rostinho encantador/ minha linda normalista/ rapidamente conquista/ meu coração sem amor.” (Benedito Lacerda e David Nasser)
Lá pelos anos 50/60, quem não gostava de ouvir  uma  “cantada”  dessas quando passava de uniforme do curso normal?
Eu achava que a música eram minha e de certa forma era de cada uma que curtia aquele tempo em que os garotos se apaixonavam pelas normalistas!
Deus meu, quanto tempo se passou!!!!
Dia 20 de outubro desde ano houve o encontro das formandas da turma de 1962 da Escola Normal do Colégio Bittencourt de Itaperuna! Estamos comemorando o Jubileu de Ouro de nossa formatura!!!!
Muito gostoso e aconchegante abraçar colegas que não víamos há muito tempo! São cinquenta  anos de separação, algumas vi apenas no dia da formatura.
Difícil descrever os sentimentos que nos assaltaram revendo as amigas que fizeram parte de nossas vidas, durante anos.
Foi muito bom!!! Uma grande emoção!!!! Uma bênção, encontrá-las!!!
Aos poucos fomos nos reconhecendo e relembrando histórias divertidas da época, juro que eu não me lembrava de minhas “aprontações”  contadas por algumas delas...E muito menos que era excelente aluna em latim e francês!!!Achava que dava para o gasto!!!!E que adorava dar “cola”, muitas vezes me arriscando a levar um zero! Mas amiga era amiga , não é?
Em compensação, eu não enfiava  uma linha na agulha nas aulas de Educação Doméstica. Mas só tirava 10! Como assim?!?!? Em  troca da minha “ajudinha” nas provas de matemática e português, recebia  a “ajudinha” de algumas colegas nos trabalhos manuais, leia-se, bordados! Viva a cooperação!!!
Tenho certeza de que todas nós,  nos sentimos felizes, realizadas, contentes e renovadas. Apenas, lamentando as perdas sofridas.
Humanamente impossível reunir e rever todas as demais colegas, algumas com compromissos inadiáveis e intransferíveis, outras doentes, que justificaram pesarosas.
Nós,“joviais normalistas” sexagenárias, que tivemos o privilégio de nos reunir, sentimos  nossos corações batendo alegremente.
Parecíamos as mais barulhentas e eufóricas estudantes, cheias de casos e causos para contar e recordar. Sem nenhum constrangimento, atropelávamos umas às outras, todas ao mesmo tempo numa gritaria só, como antigamente.
Na certa, naquela ocasião não  passaria despercebido tal infração, e o “pito” viria na certa! Inadmissível, diriam: boa moça não age desta forma, sem ética, e ocasionaria sem dúvida alguma  aquele”implacável   olhar”  do diretor, colocando a infratora ou as infratoras no seu devido lugar.
Quase não falamos de nossa vida pessoal. Soube que umas ficaram viúvas, outras se divorciaram, outras como eu, permaneceram casadas e outras optaram por curtir a solteirice. Algumas continuaram professoras e outras optaram por outros cursos superiores. A maioria aposentada!
Também quase não falamos em filhos, maridos, noras, genros, netos, bisnetos, acho que essa fase foi superada,,,rs....Só queríamos curtir a presença de cada uma! Viajamos no tempo! Acho que todas nós  demos um pulo no passado...   quando  o nosso presente ainda eram sonhos!
O local do encontro foi no Restaurante Fogão A Lenha, que nos proporcionou um ambiente aconchegante, bonito, bem arrumado! Excelência para o almoço e nota dez para o atendimento. Tudo isso, ao som do Duda, impecável na voz e no teclado ( santa paciência do Duda!).
Parecia até que era uma formatura! Tudo tão bonito e bem feito!A entrega das lembrancinhas  lembrou a  entrega do diploma. Cada uma indo à frente para recebê-las, mas de forma bastante descontraída!
E dançamos e dançamos e dançamos animadamente! Sem nenhuma vergonha “abrimos nossas asas e soltamos nossas feras”!
Como diria a Aparecida Jorge: não se fazem “velhinhas” como antigamente ! Comentário que continuo rebatendo: “velhinha é aquela minha sandália que arrebentou a corda, furou a sola e não dá mais para o uso”. E claro que ela concorda comigo!!!!
Emoção forte de derrubar quarteirão foi quando eu e Altiva vestimos o uniforme do curso normal e fomos entregar os botões de rosa às colegas ao som da música normalista, cantada pelo Duda.
Parecíamos as adolescentes de saia azul-marinho, blusa branca e gravata bordada com uma estrela e as letras CB (Colégio Bittencourt). Meias brancas e sapatos pretos!Usávamos rabo de cavalo e éramos, pensando nos dias de hoje... muito inocentes.
Juro, não deu para segurar!!!
Parecia que eu estava participando de um milagre! Há muito não me sentia tão jovem, tão alegre!
Minhas colegas normalistas estão ótimas!
E eu? Eu ...estou sentindo uma saudade danada da aurora de minha vida!
Dilene Germano
CONFIRA AS FOTOS...


sexta-feira, 23 de novembro de 2012

UM SHOW DA NATUREZA NO MEU QUINTAL


 Hoje, terminada a sessão de fisioterapia, a prof. Érika Pontes me disse: “venha ver que coisa mais linda!” E mostrou da janela um lindo pé de jambo florido. E ficamos admirando a perfeição da natureza: criativa, colorida, perfumada...e saborosa!
E  me emocionei, com a sensibilidade de uma moça tão jovem com as coisas naturais, simples e belas que Deus nos oferece.
 Realmente é muito bonito um pé de jambo com suas flores agarradinhas aos galhos escondidas embaixo das folhas. E acho até que  por isso, elas se jogam no chão numa tentativa de chamar a atenção.  
Em minha casa também há um pé de jambo vivendo seu momento mais belo, carregado de flores. E embaixo dele o chão está coberto de pétalas finas que mais parece um tapete pink,  numa prova singela da perfeição.
E para homenagear o meu pé de jambo, vai uma poesia que  gostaria de ter escrito, mas infelizmente não fui eu. A autoria é de Luciane Moraes..
“Muitas flores
Caídas ao chão
Uma poesia do solo
Uma pintura na terra
Uma foto”
È minha querida Érika, Deus tem preparado um verdadeiro show de renovação e porque não dizer de reflexão para nós.
 Que os pés de jambo e a vida nos tragam bons frutos!
Obrigada meu Deus!
    Dilene Germano

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

SALA DA JUSTIÇA




“ Todos somos iguais perante a lei, mas não perante os encarregados de fazê-las cumprir.” S. Jerzylec

STAR WARS - Vou assistir...quem sabe aflora novamente minha ânsia  por justiça!

A dos homens e a divina...Não necessariamente nesta ordem...

 É...de repente, os guardiães Jedi possam fazer alguma coisa...quem sabe, dá certo... Vai saber. ..

Fique na paz!
    
              Dilene Germano

terça-feira, 20 de novembro de 2012

TODA MENINA QUER SER BAILARINA


Até pouco tempo, a maioria das meninas pensava em ser bailarina. Com essa menininha da foto não foi diferente. E é para ela que dedico essa poesia de Cecília Meireles:
“Esta menina tão pequenina quer ser bailarina.
Não conhece nem dó nem ré, mas sabe ficar na ponta dos pé.
Não conhece nem mi nem fá
Mas inclina o corpo para cá e para lá
Não conhece nem lá nem si, mas fecha os olhos e sorri.
Roda, roda, roda, com os bracinhos no ar e não fica tonta nem sai do lugar.
Põe no cabelo uma estrela e um véu e diz que caiu do céu.
Esta menina tão pequenina quer ser bailarina.
Mas depois esquece todas as danças,
e também quer dormir como as outras crianças.”
O tempo se passou, ela não se tornou bailarina, mas a essência da dança ficou na sua alma de menina e na sua memória de mulher.
E  continua bailando no balé da vida: discreta, mas com muita exuberância; alegre, mas com alguma tristeza e além de tudo, sonhadora e com muitas realizações.
Meu carinho a todas as meninas bailarinas, alunas da professora Valéria Bino, que giraram, rodopiaram e bailaram no mesmo sonho! Saudades!!!!!
Fique na paz!
     Dilene Germano




segunda-feira, 19 de novembro de 2012

ANJINHOS NEGROS

Dois filmes marcaram a minha infância: Marcelino Pão e Vinho e Angelitos Negros. Ambos de produção mexicana que faziam muito sucesso...na época!.
No cinema formava-se um verdadeiro tsunami provocado pelas lágrimas da platéia.  Lembrei-me disso quando ouvi, depois de muito tempo ( sou jurássica assumida em matéria de música), a canção Angelitos Negros, tema do filme.
É um poema do escritor venezuelano Andrés Eloy Blanco, que protesta contra os artistas que representam os anjos brancos em suas pinturas, mas excluem os anjos negros.
Apesar de antiga e um tanto dramática (snif, snif, snif), nesse momento de lembranças, representa para mim um hino contra a discriminação racial.
Segue a letra:
“ (...)Pintor de santos y alcovas/ si tienes algo em el cuerpo/ por que al pintar em tus quadros/ te olvidaste de los negros/ Siempre que pintas Iglesias/ pinta angelitos bellos/ Pero nunca te acordaste / de pintar um Angel negro.”
 Esse tema andou mexendo comigo: a etnia dos anjos. Não sei qual ponto de vista pesou mais, se foi o religioso, o artístico ou o social. Porém todos caíram num lugar comum: a exclusão.
 Religiosamente, não tenho muita argumentação. Só sei que Deus é universal, assim como Sua Graça e Salvação, a qual não pertence a nenhuma etnia . Deus não tem propósito em assumir uma preferência étnica ao se revelar aos homens, logo não faz sentido que Seus anjos se manifestem assumindo traços de determinadas etnias ( loiros, ruivos,negros).
Na verdade, quase ou nunca vi imagens, pinturas, filmes, revistas e poesias, com representações de anjos  negros.
Talvez por ter sido um dos primeiros ensinamentos religiosos recebidos de minha mãe, minha imagem de anjo é a figura do anjo da guarda e desde cedo aprendi a abrir meu coração para ele.
 Mas não entendia quando durante o mês de maio, após às ladainhas,  as meninas pobres e  negras  não  se vestiam de anjos para coroar a imagem da Virgem Maria.
E porque não os meninos? Afinal, dizem que anjos não tem sexo!
 Algo que me chama a atenção é o modelo clássico e repetitivo de transformar o que poderia ser diferente , numa mesmice que contagia a muitos. Por que temos que pensar somente em anjos brancos, de olhos azuis e cabelos louros? Por que não pensar em anjos de pele negra, amarela, asiática? Por que temos que associar a cor escura a algo ruim? Quando estamos numa fase ruim, não é assim que dizemos: “ a coisa está preta?” Onde será que aprendemos  e ensinamos isso?
Passou-se o tempo e comecei a entender o lado cruel do preconceito e da exclusão. E a curiosidade infantil a me perseguir: Faltava para mim, um anjinho negro ou uma “ anjinha”, pintados em algum lugar.
E consegui achar! Foi durante uma excursão com alunos, às cidades históricas de Minas Gerais. E o que vi, foi um cenário colonial maravilhosos e emocionante, ligado á história, `a arte e à religiosidade do povo brasileiro.
Pela primeira vez, na Igreja de São Francisco, vi representados uns exemplos de anjos negros, cercando a Virgem Maria também retratada como uma mulher mulata, nas pinturas de Manuel da Costa Ataíde, fugindo assim, da pintura européia.
De certa forma me pareceu que a arte  de Mestre Ataíde falava  diante dos abusos, dos desmandos dos poderes, da violência , da discriminação, do preconceito , da intolerância e da exclusão dos diferentes.
Satisfeita minha curiosidade infantil, aprendi a lição! O que importa é o que simbolizam!
Ainda em relação aos anjos, tem gente que não acredita neles. Eu acredito. E muitas vezes não têm asas- a eles chamamos de amigos. Mas eu acredito que anjos existam mesmo.
Como seria a forma física  desses anjos?
Pouco importa. Na verdade, para mim, isso já não é relevante. Acho até que os próprios anjos não estão preocupados com cor, sexo, rótulos e nomes . Eles só querem ajudar.
 Então..., acredito na força dos anjos brancos, negros, indígenas, asiáticos com ou sem asas, como amigos a quem podemos recorrer a qualquer momento. Anjos disfarçados de gente que abrilhantam nossa vida, sejam voando, andando, correndo ou navegando...
Fique na Paz!
Dilene Germano

sábado, 17 de novembro de 2012

ENCOMENDA

Meu retrato falado:
“Desejo uma fotografia
como esta – o senhor vê? – como esta:
em que para sempre me ria
como um vestido de eterna festa.

Como tenho a testa sombria,
derrame luz na minha testa.
Deixe esta ruga, que me empresta
um certo ar de sabedoria.

Não meta fundos de floresta
nem de arbitrária fantasia…
Não… Neste espaço que ainda resta,
ponha uma cadeira vazia.” ( Cecília Meireles)
Fique na paz!
                       Dilene Germano

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

NUNCA SEJA UM PESCOÇO!

NUNCA SEJA UM PESCOÇO

O lendário conde Drácula ganhou vida na literatura e no cinema e sempre povoou o nosso imaginário. O casal do filme ou do livro Crepúsculo – conforme a preferência – voltou a por em moda o universo dos vampiros.

E se lhe dissesse que os vampiros, afinal, existem? Pode acreditar! Só que esses vampiros não dormem em caixão e nem sugam nossas carótidas: pior, sugam nossa vitalidade, sugam nossa energia emocional, hipnotizam-nos anestesiando nossas consciências deixam-nos para baixo. Estamos rodeados de vampiros energéticos. Eles podem estar em sua casa, no seu trabalho, no shopping, no bar, numa sala de bate-papo virtual. E até, podemos , sem saber, ser um deles...

 Há aqueles que só se sentem bem quando ferram o canino em nosso ego, não largam, e conscientemente nos fazem mal. Nós os convidamos a entrar em nossas vidas e só percebemos o erro quando eles desaparecem na noite, deixando-nos exaustos, frustrados, doentes, de coração partido.
Com certeza, você já teve contato com algum desses vampiros! Lembra-se de um parente que não para de falar? De outros, que quando estão passeando, ou numa festa com outras pessoas, estão alegres, estão bem, fazem de tudo e quando voltam só sabem se queixar de problemas, doenças, não sorriem, não fazem nada para você e nem ao menos se interessam em lhe proporcionar algo de bom, de agradável? De pessoas que á primeira vista eram maravilhosas e depois mostraram ser o contrário? Da sua amiga que só sabe lamentar e não quer ouvir conselhos? De alguém que lhe cobra constantemente, como se fosse um “Serasa Emocional”? Do colega que arrasa com comentários negativos, tipo, falaram mal de você, têm inveja de você, só para vê-la por baixo? De um chefe tirano?
Então, alguém já o sugou completamente? Todos nós já estivemos de uma maneira ou de outra em contato com um vampiro. Quem nunca encontrou um, que atire o primeiro alho...

De dia ou de noite sempre existem pessoas mesquinhas, egoístas, opressoras, invejosas, inescrupulosas, na família, no bar, no clube, ou no ambiente de trabalho.
Aliás, todo mundo tem um pouco de vampiro, mas o problema começa quando várias características comprometedoras se concentram numa só pessoa.

Fique atenta aos vampiros de energia: suas dentadas começam com fofocas, competição desleal, intriga, omissão de informação, tirania, chantagem emocional. E fique atenta em si mesmo: observe qual a brecha que eles utilizam para dar uma mordidinha básica.

Veja os tipos de vampiros do psicólogo americano Albert Bernstein, Ph.D:
1 – O cobrador: vigia e cobra sempre, de tudo e de todos, seja por telefone, por e-mail ou ao vivo. Não abra a porta para ele entrar: não vista a carapuça e nem se sinta culpada. Use a sua própria arma: cobre de volta e pergunte por que ele não liga ou aparece. Deixe-o confuso, não o deixe retrucar e se retire rapidamente. E se a cobrança for do tipo: “ faça isso, senão... , você pode se sair bem melhor se escolher o senão.
2 – O crítico : Todas as observações são negativas e destrutivas. Vê a vida pelo mundo das trevas. A maledicência tenta criar um estado de alma escuro e pesado na vítima, abrindo o canal para sua energia ser sugada. Diga não às críticas. Nunca concorde com ele. Não entre nessa vibração.
3 – O adulador: adula o ego da vítima com falsos elogios.É mentiroso e contador de vantagens. Se você permitir entrará cantando e dançando no seu coração. Esse tipo de vampiro  inventou a conversa fiada e a fofoca  Não dê ouvidos ao “ puxa-saco” e “ canino grande” , pois ele simplesmente espera que seu orgulho abra as portas da sua aura para lhe sugar a energia.
4 – O reclamador: reclama de tudo, de todos, da vida, do governo, do tempo... É contra tudo, exige, reivindica, protesta sem parar. E nem tem argumentos sólidos e válidos para justificar seus protestos. Não quer solução, quer é queixar-se. Livre-se dele, deixe-o falando ...  sozinho!
5 – O inquiridor: dispara perguntas para todos os lados sem esperar respostas -  uma verdadeira metralhadora! Na verdade o que ele quer é desestabilizar seu equilíbrio mental. A política da corda-bamba é o seu jogo favorito. Reaja fazendo-lhe uma pergunta bem pessoal e contundente e afaste-se assim que possível.
6 – O lamentador: Ah! Esse, é profissional do choro. Para sugar a energia ataca pelo lado emocional e afetivo. Chora suas desgraças, lamenta e faz de tudo para despertar pena. Ah! Coitadinho! Corte suas asas: diga que não gosta de ouvir queixas, mesmo porque elas não vão resolver a situação. Água benta neles!
7 – O pegajoso: tenta entrar pelas portas da sensualidade e da sexualidade. Aquele que parece querer “ lambê-la” com  os olhos, com as mãos, com a língua .Escape rápido, senão sua energia será sugada,  seja seduzindo-a com seu jogo pegajoso ou provocando náusea ou repulsa. Nos dois casos, você estará desestabilizada e, portanto, vulnerável.
8 – O  “grilo-falante” : já sabe qual é sua porta de entrada: o ouvido.  Fala, fala e fala, prendendo sua atenção para mantê-la ocupada.Não o convide para entrar, invente uma desculpa ou saia de fininho.
9 – O hipocondríaco: tem uma doença para cada dia. Um colecionador de bulas de remédio. Adora despertar preocupação e cuidados. Atenção! Sua energia está sendo sugada, enquanto ele descreve seus males e sofrimentos.
10 – O encrenqueiro – Tem batalha, então está bom. O melhor lugar do mundo para ele no momento é na Síria ( zona de conflitos). Quer resolver tudo no tapa. Faz de tudo para a vítima comprar sua briga, provocando-lhe um estado raivoso e agressivo. Corte os laços com esse vampiro. Não dê espaço para a agressividade. Mantenha a calma e o raciocínio. Desconfie de suas histórias e... use uma réstia de alho pendurada no pescoço.

Há ainda, o vampiro inconstante, aquele que não assume compromisso com nada e com ninguém. O vampiro narcisista se acha o máximo, adora pisar em tapetes vermelhos onde quer que vá e também...nas pessoas.O vampiro rock n´roll adora farras, são entusiasmado e divertidos. As pessoas se afeiçoam a eles rapidamente. Quem não gosta de um bom parceiro de festas? Aí é que vem o perigo: fora a diversão passageira, eles não têm nada a dar, mas vão tomar o que puderem para manter a euforia( prepare-se para a ressaca e a dor no corpo no dia seguinte). Outros tipos são o teatral, o obsessivo, o paranóico, o puritano, o perfeccionista, o ciumento. Outros são híbridos, misturam atributos de duas ou mais espécies.
Nesses casos, só estaca mesmo. Comece com pequenas alfinetadas. Chame-os à razão gradualmente até sentir-se segura pra cavar definitivamente a estaca de sua independência no centro do ego desses sanguessugas.

Uma característica comum entre os vampiros é o poder de sedução. Nos primeiros contatos sempre parecem mais interessantes que as pessoas comuns. São gentis e bons de papo, mas quando resolvem saciar sua sede, são capazes de avançar no pescoço de quem estiver por perto, não importa quem.

O pior é que crucifixo, alho, água benta, a luz do sol não mudam o jeito de ser dos dráculas. O máximo que se consegue é domesticá-los. E ainda assim, convém ficar com um olho bem aberto durante a noite!

Onde há vampiro , tem que ter um pescoço. Os “ pescoços” típicos são aquelas pessoas que dão conversa , colo, isto é, formam platéias de submissos.

Todos nós já fomos vampiros em algum momento e todos nós já fomos “ sugados” . Um amigo pode dizer qualquer coisa inconveniente e tudo bem. Mas quando o faz sistematicamente, sem respeito pelos sentimentos dos outros, já não é amigo, é um vampiro. Portanto, uma coisa é dar uma “ sugadela” tipo meiga, e outra é tirar do outro um litro de sangue!

Essas criaturas das trevas são todas tóxicas: aprenda a conhecê-las, a defender-se. Suas melhores defesas para quando for alvo de ataque são:  conhecimento, maturidade e discernimento.

E não se esqueça: nunca ofereça um “ pescoço”! Corte o mal pela raiz: antes que  enterrem seus caninos pontudos em sua jugular... alho neles!!!!!

Fique na paz e “sai da minha aba, sai pra lá...”!
Dilene Germano



quinta-feira, 15 de novembro de 2012

DON´T CRY



Tudo nessa vida passa... Essa música já me trouxe tristeza. Hoje ela me traz saudades... lembranças...esperança.
“Há um céu sobre você... Não chore esta noite.”
De qualquer forma, esta música mexe muito comigo. Só não me pergunte porque...
Fique na paz!
Dilene Germano

terça-feira, 13 de novembro de 2012

GENTILEZA


Outro dia, encontrei em uma determinada loja um casal de jovens, lindos e me parece, bem sucedidos ( um foi ex-aluno), por volta de seus 30 anos. Quando fui cumprimentá-los, fiquei um tanto desconcertada com a frieza e falta de gentileza diante do meu cumprimento.
Notei também um pouco de tristeza nos olhos do jovem. Imaginei mil coisas, mas não cheguei a nenhuma conclusão: será que fiz alguma coisa, não gostavam de mim, estavam, quem sabe, passando por problemas, estavam de mal com a vida e com as pessoas, ou estariam cansados após um dia extenuante de trabalho ou simplesmente falta de educação?
 O que quer que fosse, queria tirar essa coisa sem graça e doida que ficou em meu peito. Depois percebi que o problema não era só comigo, pois saíram sem se despedir dos  funcionário da loja aos quais, mal dirigiram  palavras.
Não quero pré julgá-los e nem entrar no mérito da questão. Só que esse episódio me fez refletir e lembrar de uma canção interpretada por Fagner ( não sei o autor) que é o retrato de um tempo em que o respeito e a educação era lugar comum nas relações humanas e que diz assim: “ Era uma vez um tempo dos pardais, há muito tempo atrás, quando havia fadas...No ônibus havia um anjo para guiar, outro para dar lugar  para quem chegar sentar...” .
 Éramos cordiais e educados... Respeitávamos os mais velhos, os professores, os mais humildes... admirávamos médicos que salvavam vidas...etc.
Num mundo onde muita gente vive de aparências, de condição social, é preciso ter cuidado com a imagem que se passa para as pessoas.
Nem todos os jovens ou jovens adultos, graças a Deus, acham a gentileza fora de moda.
Quer ver? Ainda existem pessoas que no ambiente de trabalho, ou mesmo em casa deixam um bilhete para aqueles que lhes deram alguma atenção quando precisou de um conselho, uma resposta, uma dica...
É tão bom encontrar  almas iluminadas de  educação e gentileza  que saibam dizer: “ por favor”, “ muito obrigado”, “ sinto muito” , como vai você?”  , “ bom dia” , “boa tarde”, “ boa noite” , “ fique com Deus”, “ foi um prazer vê-la.”  
Essas pessoas nem imaginam o retorno positivo que pode ter com esses pequenos gestos! Com certeza, também ganhará a boa vontade de todos, principalmente da próxima vez que precisar de alguém...
E a vida está sempre nos mostrando : nos precisamos dos outros!

Fique na Paz e com Deus!  Dilene Germano

domingo, 11 de novembro de 2012

ME DEIXA EM PAZ



Momento MPB... Trio perfeito: a canção com seus mistérios, a suavidade da diva Alaíde Costa e a voz emocionante do mestre Milton Nascimento.
Fantástico!
Fique na paz!
                           Dilene Germano

sábado, 10 de novembro de 2012

ENTRE E SINTA-SE Á VONTADE!

Bem vindo: “Já aviso: aqui a casa é ventilada. O coração é quente e as vontades têm a temperatura exata para os sonhos.” (Vanessa Leonardi)
Dizem que o sapo pula não porque ele gosta, mas por necessidade... E por necessidade, também fazemos coisas  que não estavam  em nossos planos, mas que fazem parte de um sonho.  Cansada de lidar com as enchentes e suas conseqüências, por necessidade resolvemos construir  um segundo  andar.
Daí passamos para o terceiro e o terraço.  Começamos a obra e haja histórias engraçadas, algumas  boas e outras nem tanto, concordâncias e discordâncias. É fogo construir!
Durante a obra, é preciso  muita dose de  coragem, tolerância,paciência , negociação e dinheiro no bolso! Além de ser atacada de vez em quando pela famosa TPM. Com certeza não é a hormonal, mas a Tendência Para Matar, que sentimos quando algo não dá certo.
 As idas e vindas às casas de construção, falta isso, falta aquilo, os conflitos de gostos diferentes,  os preços de materiais , o dinheiro curto e... quando alguns  profissionais deixam umas coisinhas para resolver, uns ganchinhos para instalar...  e desaparecem,...
É muito comum, durante a obra, acharmos que o mundo vai acabar. Que nossa pressão está subindo. Mas os prejuízos, os imprevistos fazem parte do processo. A gente pode até tentar minimizá-los, mas querer chegar ao nível da perfeição  vai nos enlouquecer. E no final, ninguém percebe aquilo que achamos que ficou mau feito.
Tirando essas “ coisinhas” , normais de qualquer obra, chegamos à fase final !E  ficou muito lindo, do jeito que eu queria.Com certeza, Deus colocou nessa obra as pessoas certas.
E olhando para as paredes brancas  dos cômodos , já pensando na decoração, ia desenhando sonhos ...Aqui um carinho, ali um aconchego, mais para o centro, a alegria e lá no fundo os meus desejos, os meus ais...
E ia visualizando em cada cômodo , “coisas do meu coração...”
De tudo isso, tirei a seguinte lição: o que faz um lar, não é o granito, o porcelanato, a cuba de mil reais, os móveis  dos sonhos , a decoração.  O que faz um lar é a capacidade da família saber lidar com as diferenças, receber e tratar os outros com muita humanidade.
 E é isso, o que mais importa. De que adianta o material perfeito, se o alicerce não for construído com amor, harmonia, atenção, tolerância...?
Sonho batalhado, merecido e realizado...
E concluo esta experiência com o maior de todos os desejos: que eu,  meu marido,meus filhos, a arquiteta, e todos os profissionais que contribuíram desde a base até o acabamento , dos móveis à decoração... tenhamos construído um lar!
Grandes coisas fez o Senhor  por nós, e por isso estamos alegres!!!! Salmo 126:3
Obrigada,Meu Deus!!!!
              Que a paz esteja sempre em  meu lar!
                                Dilene Germano


quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O PRÍNCIPE DESENCANTADO

O PRÍNCIPE DESENCANTADO
  
Tão bom se nossa vida fosse como um conto de fada... Será?

“Era uma vez, num reino encantado, mas pequeno, de poucas ruas, poucas festas, que ficava muito longe, onde moravam um príncipe e uma princesa...
Em algum momento eles iriam se encontrar, gostariam um do outro e viveriam felizes para sempre!”

Só que não é assim que acontece. Num mundo vasto, de tantas baladas, festas, não é simples encontrar um príncipe ou uma princesa.

Quando conseguem se encontrar, às vezes têm o final feliz no dia do casamento, que fecham com o famoso juramento de “ viverem felizes até que a morte nos separe”. Espere aí: a morte de quem? De um ou de outro? E desde quando a morte separa duas pessoas que se amam? Afinal, o que Deus uniu, ninguém separa... Mas morte de quê?  Só pode ser do amor ou então...  da paciência!

E a gente sabe muito bem disso: o homem que antes era um príncipe , vira um sapo, ou que é pior, até mesmo uma rã.

 A mulher muitas vezes torna-se mais bruxa do que princesa. Portanto, os contos de fada nem sempre terminam com o tão esperado...” felizes para sempre” .

Se você anda procurando príncipes e beijando sapos ou beijando príncipes que viram sapos, preste atenção nesse texto um tanto engraçado , mas muito real de um “ conto de fadas moderno” , onde o “ era uma vez”... do século 21, passa a ser contado de outro  modo por Luis  Fernando Veríssimo.

Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima.
Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...

Então, a rã pulou para o seu colo e disse:

- Linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito. Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa. Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo. A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...

Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
- Eu, hein?...Nem morta!!!!!”


.
Se você já encontrou o seu príncipe ou sua princesa, fique feliz!  Se ainda está em busca da felicidade, continue firme! Mas lembre-se, a felicidade não está só no amor... Nascemos sozinhos e a independência é necessária para ficarmos bem. Aproveite para conversar com você mesmo, refletir sobre sua vida, passear, “ se namorar” e... cuidado com os sapos ou rãs que existem por aí! 
Se o seu príncipe desencantou, tire ele da história. De qualquer forma, a felicidade existe!
Fique na paz!
                          Dilene Germano

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

AH! FALA SÉRIO!


Recebi um e-mail intitulado Atualização do Português Nos Dias de Hoje, com gírias mais antigas e atualizadas. Essa linguagem é quase um dialeto que determinados grupos de pessoas buscam se destacar através de características e palavras que funcionam como um mecanismo de integração ou exclusão.
Acontece muito entre grupos jovens. Mas, nós adultos de outras gerações também tivemos nossas gírias, que foram substituídas, ou assumiram outro significado. Por exemplo: Pão, Broto, Chuchu já elogiaram a beleza de um rapaz ou de uma moça.
Hoje, os jovens usam Gato, Gatinho, Gatinha. O significado da palavra “ balada” foi invertido. Antes significava uma música lenta, hoje é uma festa moderna ou uma festa noturna dos jovens atuais. O mesmo acontece com a palavra “ babado” que era utilizada para indicar um problema e hoje passou a ter o sentido de fofoca, notícia.
Queria  escrever um pequeno texto usando gírias antigas. Será que a juventude de hoje entenderia ? Se não entenderem, não fico chateada, pois eu também precisaria de um tradutor ou intérprete para entender algumas expressões usadas atualmente.
Tudo tem seu tempo, a sua época!
Outro dia, conversando com minha diarista ( faxineira) , ela percebeu meu estresse e minha deprê ( cansaço) . Ela é jovem, uns 18 anos, tem o ensino fundamental ( primário e ginásio), pretende fazer o supletivo ( madureza), é muito antenada ( sabe das novidades), adora um babado ( fofoca) e não lança mão ( não larga) de um ipod ( radinho de pilha). É apaixonada por um personal ( professor de ginástica) com quem vive na maior pegação ( namoro) .
Ela me deu a dica ( conselho) de dar um rolé ( passeio)  e ir a uma balada ( festa noturna).). É muito irado ( legal) ! Cheguei a questionar minha idade e meu estilo, sugeri um baile mais comportado, com casais, músicas românticas, etc, mas ela não arredou pé ( irredutível). Baile com casal dançando com passos marcados é brega( cafona), além de ser foda ( complicado).
E começou a preparação. Ela viu num talk-show ( entrevista na televisão), uma estilista (costureira) dizendo que  o must ( atualíssimo) era a roupa customizada ( reformada) , tipo assim, calça jeans de qualquer modelo , menos a calça de cintura baixa ( calça cocota) que era mais apropriada para as paradas ( bailes) funks. Uma camiseta com  retalhos e tachas fazia toda a diferença,  não correria o risco de encontrar um genérico ( cópia, imitação).Além disso,  modelos e atrizes ( manequins ) já estavam desfilando esse look ( moda) na telinha ( TV).
Caraca ( caramba) ! Já estava imaginando a cena e o meu constrangimento, quando ela partiu para a maquiagem . Teria que ser do tipo cheguei ( chamativa): batom rosa lilás e gloss ( brilho labial) transparente para dar o efeito brilhante. Se alguém perguntar se você comeu coxinha de galinha ou se por acaso você está babando, não ligue, abafa o caso (finge que não ouviu). Na verdade a pessoa está parada (admirando) no seu  bocão ( lábios carnudos) de Angelina Jolie. Invista no blush ( rouge) para dar um ar surfista ( bronzeado).
Ela discursando seus conhecimentos e eu quieta, afinal não queria pagar mico ( cometer gafe).
Ta ligada? ( está prestando atenção?) E não se esqueça da chapinha ( alisamento), cabelo liso está com tudo. Sapato de salto altíssimo é fundamental!
Depois disso é só se jogar ( ir) para a night ( noite) e causar ( curtir).
Copiou?  ( Entendeu?)
 Só me restou dizer: Ah! Fala sério! ( você tem certeza?)
  Valeu ( obrigada)! Só com suas dicas minha deprê vazou ( foi embora)!

  Na verdade, eu precisei de uma tradução tipo legenda enquanto ela falava.

   Fique na paz!   
                      Dilene Germano