sexta-feira, 29 de junho de 2018

MINHAS ENTRADAS, BANDEIRAS E SAÍDAS (Dilene Germano)


È engraçado quando relembramos o passado e os momentos constrangedores que vivemos e que hoje vemos com um outro olhar!
Como se diz: quem nunca pagou um mico?
Não esqueço desse  momento desconcertante que passei. Eu lecionava no município de Itaguaí. Para chegar à cidade ou voltar para Itaperuna, tinha que fazer escala na Rodoviária do Rio, que na época ficava na praça Mauá ( será que essa praça ainda existe?). Um verdadeiro formigueiro humano, onde se via de tudo o que minha imaginação não alcançava.
O que mais me encantava eram as lanchonetes- de uma só porta – mas que atendia uma multidão num verdadeiro malabarismo de lanches e bebidas. Minha predileção era por cachorro-quente, o favorito de todos os lanches. Se já existia hambúrguer, eu não sabia.
Bom, num dia em que voltava de férias para casa, no espaço de tempo para pegar o ônibus , resolvemos eu e minha colega comer um cachorro quente. Sempre que viajava para lá ou para cá, não deixava de passar na dita lanchonete para me deliciar com o tal lanche. 
Por ser    assídua, eu sabia de um lance do funcionário que não me agradava: na  pressa em atender a todos, ele cortava o pão só até a metade, daí que a salsicha , o molho  de tomate e a mostarda, ficavam  quase  para fora do pão. Era só dar uma mordida que a salsicha saltava . Aquilo me incomodava.
Nesse  dia, resolvi que iria alertar o displicente garçon sobre a salsicha saltitante.
E serve um, serve outro e mais outro e ...quando chegou minha vez, antes dele organizar o tão esperado e ao mesmo tempo temido cachorro-quente, soltei a seguinte pérola: “ Moço, para mim o senhor pode por a salsicha bem pra dentro, para ela não sair quando eu for morder e o caldo não escorrer pela minha boca.”
Aparentemente, nada de mais. Santa inocência! Foi uma risada só e eu sem entender nada! Minha ficha caiu quando minha amiga interpretou as minhas palavras de acordo com o que se passou nas cabeças ( pervertidas)de quem estava próximo. Foi uma vergonha ao cubo!
Os outros micos é melhor deixar no mar do esquecimento!
Gente bonita, temos que lembrar que essas coisas são imprevisíveis de acontecer, mas temos que levar na esportiva. Mesmo que seja muito impossível, é muito bom rir da gente mesmo!
Fique na paz!
Dilene Germano

quinta-feira, 28 de junho de 2018

"TODO DIA ELA (ELE) FAZ TUDO SEMPRE IGUAL..." (Dilene Germano)


Cotidiano” é o titulo da música de Chico Buarque que me peguei cantarolando: “ Todo dia ela (ele) faz tudo sempre igual/ Me acorda às seis horas da manhã/ me sorri um sorriso pontual/ E me beija com a boca de hortelã...”

Lindo se em nosso cotidiano encontrássemos ao acordar uma boca de hortelã,né? Mas não é bem assim... Você sabe do que estou falando...
Será mesmo que é possível repetir tudo ao pé da letra todos os dias? Na verdade é impossível viver dias iguais, isto é, colocar o pé na mesma água do rio, simplesmente porque a água corre.

Queremos coisas diferentes e por isso todo mundo reclama da rotina, da repetição.
Hora de acordar, hora de trabalhar, hora de alimentar-se, hora de dormir, hora de caminhar...Cansativo... Monótono...

É comum as pessoas dizerem que precisam de mudanças, de novidade. Mas ninguém se lembra do lado bom da rotina. Dentre tantos, vejam esses dois exemplos: acordar diariamente sabendo que a pessoa amada vai estar do seu lado, mesmo que não seja com a boca de hortelã. Ir para o trabalho sabendo que seu emprego está lá...na maioria das vezes. O pior é quando você recebe um aviso para passar no RH. Aí, sim , é sair da rotina.

Mudanças boas são bem-vindas, novidades também, mas não desvalorize tanto a rotina !
Fique na Paz!
                          Dilene Germano




quarta-feira, 27 de junho de 2018

COMPARTILHANDO ALEGRIAS (Dilene Germano)



“Pode-se ficar alegre consigo mesmo durante certo tempo, mas a longo prazo a alegria tem que ser compartilhada.”  (Henrik Ibsen- dramaturgo norueguês)

Você já reparou que nós sempre nos lembramos de compartilhar as tristezas, mas muitas vezes nos esquecemos de compartilhar as alegrias?
Pode ser o lado egoísta da personalidade do ser humano... Talvez o medo de ter a nossa felicidade diminuída ao compartilhá-la...
Mas a verdade é que, como disse Buda: “Milhares de velas podem ser acesas de uma única vela e a vida desta vela não será encurtada. Felicidade nunca diminui ao ser compartilhada.”
É como se disséssemos: “ esta alegria extrapola toda a minha capacidade de sensações. Você pode me emprestar um pouco de si?”
Parece que toda a alegria vem de compartilhar, ou será que o compartilhar é em si uma alegria imensa?
Mas, não há alegria real sem o doar. Tomemos como exemplo, a natureza. A chuva está sempre doando às árvores. A árvore doa suas sementes e as sementes doam a si mesmas em novas árvores, que se doam aos pássaros que carregam sementes nos seus bicos levando doações em tudo que é lugar.
Tente aplicar isso no seu dia-a-dia! Fazer os outros felizes - a partir da sua própria felicidade - só atrai coisas boas!
Divida as alegrias da vida, para no resultado final da soma, diminuir as tristezas!

Fique na paz e nunca esqueçamos que Deus, o Supremo Doador, nos deu a vida e Sua Vida na pessoa de Cristo!

    Dilene Germano





terça-feira, 26 de junho de 2018

DEBAIXO DOS EX-CARACÓIS DOS MEUS CABELOS....(Dilene Germano).


É... quanta história para contar! A começar, parafraseando Lamartine Babo: os meus cabelos não negam...  Apesar dos “ milagres” da escova, chapinha, alisamentos, tinturas, progressivas , etc, quando começam a crescer, não negam sua origem...

Ah!! cabelos! Volta e meia, ouço alguém ( inclusive eu) reclamando: é muito volumoso, esse “ frizz” deixa meu cabelo tal qual o Bozo (lembra?), o meu é tão seco que nem nordestino agüenta, o meu é tão oleoso que chega a atacar meu colesterol, o meu é cacheado , o meu é liso demais, o meu é isso, o meu é aquilo. Mas tem um porém..., cabelo é igual a filho, você pode falar de seu defeito, mas... os outros nem pensar!  

 E olhe que muita gente reclama de barriga cheia, pois têm cabelos maravilhosos e fáceis de serem tratados. Mas quer saber de uma coisa? Como o gênio da lâmpada ou as fadas madrinhas não puderam me dar um cabelo como eu gostaria, há anos traí o lado de minha descendência afro, após tornar-me adepta das escovas  e  da chapinha (a fada madrinha das mulheres infelizes de cabelos crespos). Não há chuva  ou insistência da natureza que me faz desistir de ter cabelos lisos! E nem me venham com o politicamente correto...

 Acho até que deve ser chato, alguém já ter, nascido com aquele cabelo perfeito, que basta lavar, dar uma sacudida e pronto: fica lindo sem esforço! Para ser sincera, eu gosto desse “ esforço”, para acabar com meus caracóis. Adoro os rituais capilares no salão, onde o “ mago” ou o “ feiticeiro” ou a “feiticeira” opera os milagres das escovas inteligente, indiana, londrina, de chocolate, de morango, definitiva, japonesa e mais o que inventarem, com suas “mágicas” varinhas de condão: escova e secador.

Mas qual o papel social do cabelo? Muito se investe nos cabelos, mas pouco se fala sobre eles, a não ser nos manuais e revistas de cabeleireiros.
Ao longo da história das civilizações, a cabeleira representou um elemento fundamental da personalidade humana. Sustentáculo da beleza, do fascínio e da sedução para as mulheres e até mesmo do poder e da força para o homem.

Todos os povos da Terra, em todas as épocas elaboraram penteados variados com a tarefa de exprimir cada etapa de suas vidas, bem como comunicar aos demais os seus respectivos papéis, seus status e suas dignidades culturais.Quer ver?

 Os romanos, por exemplo, pelavam a cabeça dos indivíduos hierarquicamente inferiores como os escravos, os prisioneiros, os traidores. Os franceses após a Segunda Guerra Mundial faziam a mesma prática com as colaboradoras e companheiras dos alemães. Os antigos egípcios tornaram-se famosos pelo uso da peruca como forma de distinção social. Sansão, do Antigo Testamento tinha sua invencibilidade ligada à sua vasta cabeleira. Foi confiar seu segredo à Dalila e deu no que deu... mas derrotou os filisteus quando recuperou seus fios preciosos.

Na Grécia Antiga, o cabelo era uma expressão de atitude. O cabelo cacheado não só estava na moda, como também representava atitude para com a vida. Os cachos eram uma metáfora para a inquietação, desejo de mudança, liberdade, alegria de viver ( pontos para as cacheadas).Como tudo se recria, com certeza os cabelos cacheados têm a sua vez, e podem até com grande “atitude”, acabar com a “ ditadura das chapinhas, progressivas e afins.
E então,  querem mais?
   O Rei-sol, Luís XIV, era notado por suas extravagâncias e longas perucas, as quais usava como símbolo de luxo e esplendor. Portanto, na França absolutista, o cabelo era sinal de nobreza, e olhe que muitas marquesas, duquesas e condessas não tinham um cabelo muito...digamos assim...ajeitável! Daí, que...   
Gente bonita, que cabelo era aquele do final do século XVI: um perucão alto, cacheado e empoado com pó-de-arroz branco? As que não usavam peruca, faziam seus penteados virarem obras de engenharia: altos com armação de arames, enfeitados de rendas e fitas, virando verdadeiros ninhos... de piolhos.

Na Idade Média, cabelo feio era sinal de bruxaria e muitas pessoas foram queimadas por isso. Naquela época,  beleza já era fundamental...cabelo então...era caso de vida ou morte!

Aqui na América, o cabelão foi utilizado como esconderijo de ouro, prata, diamantes , para enganar o fisco, ainda que a globalização estivesse engatinhando.

Mas que não fiquem tristes os carecas, a história os redime. Se por um lado, os cabelos estiveram associados á idéia de força e beleza, a calvície ficou ligada ao conceito de sabedoria. Sócrates orgulhava-se de sua falta de cabelos, dizendo: “ Mato não cresce em ruas ativas”. Grande Sócrates! Mesmo sendo idéia sua, tenho certeza que  isso não levantava a auto-estima das  mulheres pouco cabeludas!

Essa frase já foi muito usada, mas de vez em quando ainda é citada: “ é dos carecas que elas gostam mais...” . Será?... O que importa é o charme, a atitude e a inteligência, com certeza é o que deixa qualquer homem lindo, seja ele careca ou cabeludo. 

De qualquer forma, na civilização atual os cabelos perderam muito da função remota, mas ainda são marcas de beleza e sedução.

E, bendita seja a química: encaracolado, afro, ondulado, cacheado, liso (a preferência nacional), hoje ninguém mais sabe o que é natural e o que foi “fabricado” no salão.
Só sei que cabelos exigem muitos cuidados e muitos gastos para ficarem saudáveis e bonitos. Mas como isso não é um guia de beleza, então, não importa seu gosto, padrão ou preferência, procure seu cabeleireiro e seja feliz!
Fique na paz!
                       Dilene Germano   






domingo, 24 de junho de 2018

AQUI TEM FESTA, AQUI TEM TRADIÇÃO (Dilene Germano)


 “ ... fagulhas, pontas de agulhas/brilham estrelas de São João/  babados, xotes e xaxados/ segura as pontas meu coração/ bombas na guerra-magia / ninguém matava/ ninguém morria/ nas trincheiras da alegria/ o que explodia era o amor...” 
   A festa junina é assim mesmo como Moraes Moreira a descreve. Tudo acaba bem.
   Quando chega o mês de junho, todos já sabem: São João vem aí. È hora de preparar os chapéus de palha, as bandeirolas, os vestidos rodados, convidar  comadre e compadre para dançar quadrilha, acender fogueiras e se esbaldar de tanto comer pipoca, cocada, pé-de-moleque, caldinhos, etc.
   Graças às escolas principalmente, aqui em Itaperuna essa tradição tem se mantido, fazendo com que nessa época do ano, o Brasil rural contagie a nós todos, e as crianças coloquem o “ pé na roça” .
 Ainda que as festas juninas tenham ajudado a criar uma imagem estereotipada do homem do campo, questionada por muitos – um sujeito que fala errado, com dentes sujos e calça na altura das canelas,  cheias de remendos – uma coisa é certa,  a tradição ainda sobrevive. Ao contrário das grandes cidades, que vão deixando de lado o caráter folclórico destas festas.
   As festas juninas somam hoje, contribuições de vários povos que aqui se estabeleceram com o passar dos tempos, formando um verdadeiro “ coquetel de culturas” num arranjo perfeito para apreciarmos estas alegres e descontraídas festas: a tradição de soltar fogos de artifícios que veio da China ( região onde teria surgido a manipulação da pólvora para a fabricação de fogos ) , da península Ibérica teria vindo a dança de fitas, muito comum em Portugal e Espanha além do caráter religioso ( homenagens aos santos católicos São João, São Pedro e Santo Antonio) e  uma colher de chá da tradição francesa com a dança marcada, característica típica das danças nobres, influenciando muito as nossas quadrilhas. Todos esses elementos foram se misturando aos aspectos culturais dos brasileiros (  indígena ,  afro-brasileiros e imigrantes europeus ).
      Itaperuna, não vamos deixar essa tradição morrer. Passar o mês de junho sem  “ pipocar” nessas animadas festividades é deixar de viver momentos felizes de pura descontração. Parabéns aos que realizaram eventos juninos  e que  continuem todos os anos a reavivar velhas tradições, reforçar nossos laços de origem e recriar no presente, a caminhada de nossos antepassados.A população agradece o empenho, os momentos alegres, a organização cuidadosa e a oportunidade de participar de uma festa popular, pois, com a dinâmica da vida de hoje, que criou  um tempo novo, carecemos de mais espaço para o convívio, para a alegria, para o sonho...
   Portanto, unindo música, dança, casamento, teatro, leilões, bingos, quadrilhas, sanfoneiros e boas comidas típicas, as festas juninas expressam um imaginário rico em passagens da vida cotidiana de um povo simples. E é, antes de tudo, uma oportunidade onde se dança e canta os costumes herdados da sabedoria de nossos ancestrais. Sábios ensinamentos de um tempo que o próprio tempo se encarregou de deixar para trás, mas que nossa memória nega-se de esquecer.
       Termino no meu bom “ matutês” :  “ Anavantur” ( avant tour) , “ balancê”  ( balancer) ,  “ anarriê ( derrière) e “ cé fini” ( c´est fini).

   Dilene Germano



sábado, 23 de junho de 2018

A VERDADEIRA LIÇÃO DEIXADA POR ALEXANDRE, O GRANDE (Dilene Germano)


Certas pessoas passam a vida inteira vivendo pela metade, sofrendo ou errando feio porque não estão com os valores alinhados, uma pena... para essas pessoas eu  dedico esse texto.
"Quando à beira da morte, Alexandre, o Grande, convocou os seus generais e relatou seus 3 últimos desejos:
- que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época.
-que fosse espalhado no caminho até o seu túmulo os seus tesouros conquistados (ouro, prata, pedras preciosas...)
-que suas duas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.
Um dos generais, admirado com esses pedidos, perguntou a Alexandre quais as razões. Alexandre explicou: 
Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles não têm poder de cura perante a morte. Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem. Quero que minhas mãos balancem ao vento para que as pessoas possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias voltamos.”
É importante refletirmos no texto acima descrito, e pensarmos muito bem na forma como gerimos o tempo e quais são realmente os nossos valores e tudo aquilo porque lutamos.
Então...é bom realizar sonhos, usufruir de tudo que a vida tem de bom, tudo que ela nos proporciona. E entender que por mais importante que sejam os bens materiais que adquirimos, eles ficam. A verdadeira propriedade é o que fazemos de bom e é o que levaremos quando daqui partimos.
Pense nisso!
Fique na paz!
       Dilene Germano


sexta-feira, 22 de junho de 2018

SER ELEGANTE OU SER CHIC: QUESTÃO DE ESCOLHA! (Dilene Germano


Na sabedoria popular, “ a variedade é o tempero da vida” e em se tratando do universo feminino, Martinho da Vila  retrata muito bem os estilos, atitudes e idéias nos seguintes versos  : “ Já tive mulheres do tipo atrevida, do tipo acanhada, do tipo vivida, casada carente, solteira feliz (...) Mulheres cabeça e desequilibradas, mulheres confusas de guerra e de paz” .
    Reportando para o mundo da moda, existem vários estereótipos femininos, onde tudo pode acontecer, até as diferenças: mulher que anda na moda, mulher que tem estilo, mulher chic, mulher elegante, etc.
    O  andar na moda é aquilo que se quer mostrar, é o sonho que se compra na loja, mas ter estilo é o que nós somos
.   Eis uma questão: é melhor ser elegante ou ser chic ? Veja a diferença.
    Mulher elegante é aquela que sabe usar com categoria uma roupa de marca ou  de griffe de uma butique antenada com a moda atual, como usar uma peça de uma loja popular. É exteriormente ser brega, perua, fashion, mas antes de tudo ter uma luz interior brilhando sempre. É ser humilde, generosa, solidária e não fazer de sua casa um museu, guardando peças que não servem mais ou que não usa mais. É elegante doá-las para quem precisa.
    Ser elegante também não é ser escrava da moda. Nem tudo o que se usa pode ficar bem em determinadas pessoas, é preciso ter um pouco de discernimento. É preciso antes de tudo que esteja bem aos seus olhos “ críticos”.
    Um dos maiores exemplos de elegância de todos os tempos foi a atriz Audrey Hepburn, que protagonizou filmes como “ My fair lady”, “ Bonequinha de luxo” , “ A princesa e o plebeu” , etc, além de ser inspiração de famosos estilistas . Quando pediram a ela que contasse os segredos de sua beleza e elegância, veja só as “ dicas” que ela passou: “ Para ter lábios atraentes, diga palavras doces. Para ter belos olhos, procure ver o lado bom das pessoas. Para ter um corpo esguio, divida sua comida com os famintos. Para ter cabelos bonitos, deixe uma criança passar seus dedos por eles pelo menos uma vez por dia. Para ter boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinha.    Pessoas muito mais que coisas, precisam ser restauradas, revividas, resgatadas e redimidas, jamais jogue alguém fora.Lembre-se que, se alguma vez precisar de uma mão amiga, você a encontrará no final do seu braço. Ao ficarmos velhos, descobrimos porque temos duas mãos: uma para nos ajudar, a outra para ajudar o próximo. A beleza de uma mulher não está nas roupas que ela carrega ou na forma como ela penteia o cabelo. A beleza de uma mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta é a porta do seu coração, o lugar onde reside o amor.”  Dicas que poderiam ser seguidas!
   Agora, mulher chic é muito mais , é ter fibra, atitude, personalidade.Ser chic é a mulher que trabalha o dia inteiro, volta para casa e ainda cuida da família. E com tudo isso, está sempre de bom humor e consegue ser feliz. Ser chic é fazer compras e pagar o carnê em dia... é fazer churrasco de lingüiça e frango e convidar os amigos... é achar uma roupinha básica numa loja dez e se sentir a Gisele Bündchen... é poder comer o que quiser sem preconceito de classes e andar  de carona em tempos de lei seca.     Ser chic é ser bem vinda em todos os lugares, estar bem em qualquer meio social, é apreciar e se permitir gostar de todos os que estão á sua volta, é ser receptivo aos encantos populares, que por muitos são considerados bregas.Ser chic é saber respeitar a diversidade e especificidade de cada indivíduo, seja ele quem for.


Ser chic é aquela mulher que se sente especial e homenageada quando alguém que ela ama,  lhe diz, mesmo com outras palavras ou gestos, o significado da frase de Martinho da Vila: “Já tive mulheres de muitos amores... Mas nenhuma delas me fez tão feliz como você me faz.”
 
E viva o caviar, os canapés, o pastel de carne com azeitona e o “escondidinho”  de carne-seca!

 Dilene Germano.
      

sexta-feira, 15 de junho de 2018

SOMOS MUITOS EM UM SÓ (Dilene Germano)




Gente bonita, hoje, mais do que necessário, é exigida uma fragmentação de nosso eu , como se fôssemos um...Frankenstein pós-moderno. De vez em quando, vestimos nossas outras peles.
 Assim, tem hora que sou criança, me pego brincando ou até mesmo brigando por bobagens.
Tem hora que sou muito velha e rabugenta, certos barulhos me incomodam, de repente, viro filha carente, louca por um colo...
Sou estrela, quero todas as atenções para mim, sou platéia, viro fã das coisas simples, que acontecem todos os dias e  vejo nelas algo fantástico.
Mulher, criança, mãe, avó, velha, jovem, esposa, tia, profissional, vizinha, irmã, patroa, empregada.
Dentro de mim existe uma multidão e tenho que agir de forma diferente a cada instante.
Tenho que ser psicóloga, amiga, ouvinte, nutricionista, médica, conselheira, da limpeza, bióloga, decifradora de sintomas, cozinheira, professora, pai, mãe, avó, irmã, prima, tia, parente próximo e distante...
Tenho que tratar, curar, resolver, calar...Tenho que sorrir sempre, responder nunca, concordar a todo momento...Tenho que resolver, encontrar, procurar, apressar ...Tenho que ligar, chamar, ensinar, aprender, adivinhar, fingir, contar...
Vou de um lado para o outro no palco da vida, segurando todas essas sensações contraditórias, representando vários papéis ao mesmo tempo. Personagens que querem viver intensamente.
É ruim? Acho até que não! Essa multidão dentro de mim pede movimento, ação. E por isso devo lutar para que cada um desses tipos, desses personagens que vive em mim, tenha seu momento de alegria, de sucesso. E é preciso muita luta para comemorar o sucesso de cada um. Lembra-se do “ unidos venceremos”? Nada mais certo: a força da união é definitiva. Com certeza, posso tornar o mundo mais leve e otimista, e estamos precisando muuuuito disso!
Eu, plural, forte, sei que sozinha, tenho que ser um exército preparado para vencer, porque...somos muito em um só!

  Como disse Adélia Prado entrando no fundinho da alma feminina e nos enxergou assim : Mulheres desdobráveis!!!!!! E eu sou...

Fique na Paz!                      
            
                    Dilene Germano

quinta-feira, 14 de junho de 2018

EU TÔ PODENDO... ( Dilene Germano)



Gente bonita....
Hoje  tenho muitas coisas pra contar....
Vou deixá-las roxas de inveja...modo de dizer é claro porque adooorooo vocês....por curtirem essas coisas rabiscadas que escrevo (tudo bem, só algumas coisinhas...)
Virei milionária.......
Sabe aquela história de herança ?
Então....uma tia antiga....me deixou milhões.....assim de repente....Boazinha ela, não? Pra começar “ pé na estrada”, ou melhor, de corpo todo no ar. Viagens agora, gente bonita, só de avião! Os meus enjoos? Não tenho mais, aposentei  o Dramim, não pertence mais a minha bolsa. Afinal, quem vai enjoar com uma fortuna nas mãos, não é?  Pra onde vou? Por enquanto não penso ir à Argentina, Chile, Cancun, etc. Vou fazer um tour na base de euros...países europeus são sempre mais chiques!
Em função disso,...estou como se fosse uma agenda cultural, sabe ?
Relax é minha palavra chave. Estou só na massagem... de todo tipo, nacionalidade e apetrechos. Nada como um up grade no visual...estou só na griffe, cheia de estilo... transformação...
Minha pele esta uma seda...tenho tomado banho de água de côco....todos os dias...
O maridão então...anda um doce, bem humorado, compreensivo, atencioso...nem lembra de crises......economia...problemas.
E meu trabalho...notas fiscais, serviço de Office girl...filas de banco, supermercado... ? Com esta história terceirizei tudo...!
Só crio, decido, mando fazer e assino.....não é demais ?
E com tudo isso de bom acontecendo...vocês sabem né...fiquei mais bonita.....com auto-estima lá em cima mais poderosa, mais tudo....
Minhas rugas sumiram...tudo no lugar exatamente onde deveria ficar...estou sempre zen...
Minhas empregadas não faltam... tenho várias, com todos os direitos trabalhistas e muito mais.
Agora tenho um personal training todos os dias, que me ajuda a
“ malhar “ ..........ele é um arraso..... ! Um sorriso lindo....... olhos verdes, uns braços fortes.....
Aff! Eu emagreço só de olhar...
E uma fisioterapeuta para o Pilates que é um show de bola!Postura é chic amiga!E flexibilidade agora é estilo de vida!
Mas o melhor investimento mesmo, foi a contratação do meu mordomo James Bond...É isso mesmo,fiz questão do nome! Adoro chamar Jaaaaames....Jaaaaaames Bond!!!!!Só para vê-lo, com aquele porte, entrando por uma porta, que se não é igual, é muito parecida com a do palácio da rainha Elizabeth. 
Sempre tive vontade de ter um. É o que dá ficar assistindo novelas e filmes!
Ele é um luxo !
Ele jura que é gay...mas as vezes eu duvido....ele é ...um “monumento” masculino....como pode ?
Mas prefiro acreditar....é melhor...já pensou ter que ficar sem ele ?
Nem morta !!
Ele faz de tudo pra mim, é meu sonho de consumo realizado....
É meu guarda-costas com protocolo  e tal . É meu motorista, abre porta...fecha porta....me tira o casaco.....tira o quepe quando passo...cheio dos rituais...puxa a cadeira, sabe de cor todas as minhas musicas prediletas e coloca durante o tempo que gastamos para achar uma vaga no estacionamento, eu nem sinto o tempo passar.....
Babem gente bonita !...porque é assim mesmo.....
Dedicadíssimo....

E tem mais........
Trouxe uma chef de cozinha que é ma-ra-vi-lho-sa, faz todas aquelas coisas gostosas que eu amo, é só alegria....
Bem mudei pra cobertura né.....maridão quer me ver super segura, então....só nas alturas......nem vou dizer a metragem pra vocês não surtarem...mas é tríplex .....enchente nunca mais
Pé direito duplo, com vista panorâmica, elevador privativo e a minha suíte gente bonita...é de mil e uma noites...... ,e juro que não é o do Lula!!!
 Eu vou para Grécia em julho, aluguei uma propriedade em Mikonos....um paraíso....quase que consegui os  deuses do Olimpo...
E com toda essa glória.....e essa exuberância energética......aquele meu livrinho preto aumentou...chovem convites para fotos, entrevistas, sair em capas de revistas... O disco mudou, agora eu sou “ the best “ ! Fazer o que ?

Bem gente bonita......esta na hora do meu spa....antes da balada com o maridão, é claro...gosto de curtir a noite revigorada....

Mas eu ligo...a gente marca um jantar logo, logo...prometo.......
Vai ser cool !
E amanhã tem mais....

Mentirinhaaaaaa......!!!!! Gente bonita, se você achar algum pedaço de nariz por aí, não se assuste, faz parte do meu, que cresceu tanto que não coube em minha mansão e saiu por aí!  Rsrsrsrsr
Fique na paz!
Dilene Germano


quarta-feira, 13 de junho de 2018

A POMBINHA DISTRAÍDA (Dilene Germano)



Foi hoje a tarde. Arrastando as sandálias pela Avenida Cardoso Moreira, eis que me deparo com  uma pombinha procurando alimento nas ruas. Estranho, não? Atualmente, até que não! São várias que encontramos pelas ruas de nossa cidade.

Mas uma, me chamou a atenção, porque parecia uma top model caminhando fora da calçada, um pezinho,  outro pezinho a  uma distância considerável, dos carros que passavam! Fiquei preocupada com o perigo que corria. E se fosse atropelada?

De repente vem um carro e lá estava ela bem na frente do mesmo. Cheguei a fechar os olhos. E quando abri...olha só a surpresa: a bichinha foi muito esperta e se safou tranquilamente. Quando o carro praticamente  ia encostar nela, ela olhou  e  voou!

Ufa! Ainda bem que ela tem asas... pensei, que sustinho deve ter tomado.
Sabe, as vezes, eu sou meio parecida com ela, o mundo tá se acabando, coisas acontecendo, gente falando e eu lá.. sossegada, distraídaaa!

Voltando à pombinha,  sem perceber  toda minha preocupação, tranquila, elegante, voltou ao seu desfile a procura de restos de comida!


Pombinha...Seja sempre livre e... VOE…

Fique na paz!
Dilene Germano



terça-feira, 12 de junho de 2018

FELIZ DIA DOS NAMORADOS ! (Dilene



 “És fascinação, amor... A palavra fascinação significa ação de fascinar, atrair, cativar...é encantamento, enlevo, feitiço, deslumbramento. Enfim..., é algo que não é para ser compreendido , apenas é para ouvir e quem sabe..sentir...Naturalmente...
Agora, imagine uma Lua, um amor, a poesia de Fascinação e a voz de Elis Regina! Perfeito!!!!!
“Os sonhos mais lindos sonhei.
De quimeras mil um castelo ergui
E no seu olhar, tonto de emoção,
Com sofreguidão mil venturas previ
O teu corpo é luz, sedução
Poema divino cheio de esplendor.
Teu sorriso prende, enebria, entontece
És fascinação.amor.”
Estar apaixonado é sentir falta de alguém: I need you, te quiero,  J´ taime... É não sentir falta de nada...
Feliz dia dos namorados!!!!!!!

Fique na Paz!
Dilene Germano

segunda-feira, 11 de junho de 2018

MOMENTOS EM QUE A VIDA SE FAZ DOCE, DOCE COMO ALGODÃO DOCE (Dilene Germano)




 Se há um doce que realmente marcou a minha infância foi o tal do Algodão Doce.
Lembro-me muito bem de ouvir o senhorzinho puxando o carrinho na rua e gritando "Olha o Algodão Doce! Olha o Algodão Doce!" e logo eu e minhas amigas saíamos feito um bando de doidas atrás de garrafas e panelas velhas para trocar por um saquinho daquelas fofuras. Até porque era um doce que a gente não encontrava em qualquer lugar e ele era tão bonito e divertido que a gente não conseguia ouvir o grito do senhorzinho sem pirar.
São lembranças tão vivas, que parece que a infância fica mais legal por conta desses momentos. E além do mais o Algodão Doce é aquele doce lindo, fofo, diferente e que sempre nos traz uma felicidade e nostalgia, não acham?
Por isso minha inspiração de hoje é todo dele... Degustar algodão doce é deitar numa nuvem macia e saborear a vida. Tranquilamente, de forma leve, macia... doce.
 Trazem gosto de quero mais, mais doçura da vida. Pelo menos naqueles minutos a vida se faz doce, doce como algodão doce. Doce como beijo de namorado. Doce como os sonhos de felicidade. Doce como  alma do poeta.
Algodão doce é mágica, é açúcar que vira nuvem. É adulto que vira criança.(foto com algodão doce)
Fique na paz!
Dilene Germano



domingo, 10 de junho de 2018

MEU JEITO DE ACHAR QUE A VIDA PODE SER MARAVILHOSA (Dilene Germano)




A velhice é algo que assusta , é quase feio tornar-se velho. Se não fosse feio , porque usar o adjetivo para qualificar ( desqualificar, melhor dizendo)  como já aconteceu comigo e com tantos outros.
 Na avenida Cardoso Moreira, sempre dirijo mais  devagar à procura de uma vaga para estacionar e de vez em quando, os  mais jovens ágeis , querendo abrir caminho a todo custo, e os menos educados soltam o que consideram palavrão: “ Só podia ser uma VELHA (em maiúsculo e grifado mesmo)!”
 Devagar com o andor, gente bonita ...porque já li que começamos a envelhecer pelos vinte anos.  Velhice impacienta os jovens , pois a velocidade dos velhos é outra, . Para eles, envelhecer é chato porque há de se pisar no freio, o corpo assim o exige.  Sabedoria? De quem? Se não se sabe algo, vamos ao Google e lá está tudo.
A  beleza está na juventude. Principalmente para as mulheres, já nos diziam as pinturas renascentistas .
Então ... só que os padrões de beleza mudam . Ok, a Monalisa não é de fato bonita ( talvez sorrisse com discrição por não ter dentes).  E as mulheres de Rubens , do período barroco?  Para os padrões de hoje, teriam de passar por regimes severos para se encaixarem nas roupas tamanho 36. E mais , a média das modelos fotografadas talvez não chegue aos vinte. Então, você não é mais ligeira, não veste 36
A vida passou voando para mim, como passa para todos. Fui envelhecendo da melhor maneira que consegui. Hoje , depois de tantos anos, de luta contra meu próprio corpo , sinto-me um pouco mais confortável comigo mesma. Eu encontrei aquela pessoa que sempre quis ser. Acho um ganho incrível.
Hoje, tenho a confiança de acreditar ter feito a melhor escolha. Pode haver quem não goste. Tudo bem, eu entendo. O importante mesmo é saber escolher. E eu escolhi . Esta aí sou eu. Com minhas rugas , meus cabelos pintados.Minha franjinha Sou eu. Com minhas fotos.Minhas brincadeiras.

 E estou sorrindo...vitoriosa sim..."porque a vida pode ser maravilhosa!!!!!"

Fique na paz!
Dilene Germano



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sábado, 9 de junho de 2018

ONDE VOCÊ ESTÁ, NO PALCO OU NA PLATÉIA? (Dilene Germano)



Tenho plena consciência de que não posso salvar a pátria amada ao meu redor. Mas é difícil viver com situações de miséria do egoísmo. Não tenho e nem quero  ter a capacidade humana de ser ilha.

Nasci continente. Perdi a paciência com pessoas que só olham para seu próprio umbigo. Tenho dificuldade de conviver com pessoas que não conseguem estar na plateia por não ter a capacidade de juntar as mãos e produzir o aplauso no momento do sucesso do outro. Pessoas que no espetáculo da vida só querem estar no palco.

Que Deus me liberte de vaiar por não poder aplaudir representações teatrais de pessoas tão egoístas .

E que me conserve  momentos assim, de procurar na plateia  mãos que estão ao meu lado para nelas me  enlaçar em oração.
Fique na paz!
Dilene Germano

sexta-feira, 8 de junho de 2018

SER FELIZ NÃO É RARO. RARO MESMO É NÃO SABER VIVER (Dilene Germano)


“Um dia feliz, às vezes é muito raro”, já dizia a canção  na voz de Rogério Flausino e companhia (ainda estou curtindo o maravilhoso show no Infinity Hall rsrsrs).
Mas será que é assim tão raro ter um dia feliz? Mais ou menos, concordo em partes. A vida não é o mar de rosas, nem na teoria, muito menos na prática.
Sou sobrevivente de rasteiras da vida, e sei que é nessa dinâmica de cair e levantar que aprendemos. Não tem outro jeito. Pode-se ler mil literaturas sobre a felicidade. Nenhuma será cem por cento aplicável. O negócio é ralar a alma, tomar um tapa da vida, esfolar o coração, pra entender que a felicidade é simples demais.
Acho que um dia feliz é a coisa mais fácil do mundo. Outros nem tanto. A felicidade está nas pequenas coisas. Naqueles momentos inesperados, singelos e espontâneos.
Tem dias que um whatsapp me deixa feliz, esmalte novo, um gesto de carinho, pão fresco, uma lembrança gostosa. Um passarinho abusado tentando entrar no meu quarto, me faz rir. Receber um elogio sincero me faz sorrir.  
Nunca precisei sair da minha rotina pra me sentir bem. Minha felicidade namora com detalhes, sutilezas e pequenices. Meus pais me ensinaram a ignorar a casca das coisas e apreciar a polpa. E com isso, aprendi a estar sempre de bem com a vida.
Só que hoje em dia, ser feliz é quase uma ofensa. Quem ri o tempo inteiro e fala de “vibrações positivas”, em um discurso riponga é falso.  E ai de você se ficar o tempo todo agradecendo suas bênçãos. Principalmente nas redes sociais. Vão dizer que você está apelando e que ninguém pode ser assim, tão assertivo. Mas acontece. A vida é um fenômeno extremamente fugaz pra desperdiçar reclamando ora do frio, ora do calor.
Então... Ser feliz não é raro. Raro é não saber viver.
Sim, Jota Quest:  Falar é complicado/Quero uma canção’.
De preferencia “Fácil, extremamente fácil”.
Fique na paz!
Dilene Germano