sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

SAUDADES...(Dilene Germano)


Ontem foi o dia da saudade, mas hoje ela se fez mais forte, ao som de algumas músicas que me marcaram de alguma forma. Esta abaixo é uma delas... uma das preferidas de minha mãe, tema da novela Bandeira 2. Não perdia um capítulo e embora não soubesse nada da letra em inglês (e nem eu), a melodia a tocava  de alguma maneira.
E bateu uma saudade dupla: de você e do meu pai.
Puxa vida,  ouvindo novamente essa música ( traduzida), embora triste, de certa forma me fez perceber que passe o tempo que passar, as pessoas especiais de nossa vida, serão sempre lembradas por algo que fizeram, falaram, mostraram ou nos fizeram sentir. Pessoas que por mais distantes que estejam, ainda continuam perto!
É isso.
Fiquem  na paz de Deus!

     Dilene Germano

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

IGUAL AO VINHO...SOU VINTAGE! (Dilene Germano)


“Sei que tenho muitos anos. Sei que venho do século passado, e que trago todas as idades, mas não sei se sou velha, não. VOCÊ ACHA QUE EU SOU?” (Cora Coralina)

È claro que não acho Cora Coralina. E eu... chegando aos 70 sou velha?  Como assim?  Eu me sinto tão cheia de ânimo, de disposição, de vontade de viver !  Quero cantar mesmo desafinada, dançar, rir.  Para muita gente eu pago mico. Não pode. Não pode? Quem é velha? Eu ou eles?  Qual a proposta? Morrer em vida?

A vida tem o tamanho que a gente dá. Ela pode ser pp ou GG.  Se, por medo do olhar alheio, restringimos nossa área de lazer, o que será de nós?
O que é ser velha?  O que uma velha pode ou não fazer?  Poucas questões são tão subjetivas quanto esta.

 Comecei, lá pelos 50, a ter dificuldade de “enxergar bem de perto”.  Agora, de longe, a coisa não funciona desde criança. Dizem que é vista cansada. Está cansada de que, gente bonita? Só se for de gente pela metade. Eu aqui toda animada, tanta coisa para ver ainda, não cansa não. Vamos lá.
Reconheço que o corpo não é mais o mesmo.  A visão deu defeito.  O cabelo mudou de cor.  Nem vou falar do resto. Mas, só passa por isso quem não morre cedo.  Então é lucro. A gente vai fazendo umas gambiarras... e segue.

O tempo que passa, dá uma desgastada básica aqui e ali. Mas, traz a paz do ensinamento. ! Envelhecer   para certas   pessoas é um saco!   Mas, por outro lado, quando se está mais velha, têm coisas que a gente tira de letra. E isso vale as ruguinhas do mundo.


 Estou  numa  leveza de quem aprendeu que tudo acaba tendo um jeito. A satisfação com a felicidade, não perfeita, mas possível.
Uma falta de cor no cabelo, uns defeitos aqui, uma enrugada ali.  Se eu fosse móvel, iam dizer que era pátina e me amar!
E gente, não vale nada?  São minhas marcas, desgaste natural da quilometragem percorrida. Estão ali para mostrar que eu vivi.

Graças a Deus, não tenho síndrome de Gabriela: “eu nasci assim, eu cresci assim, e sou sempre assim, vou morrer assim...! Prefiro ser a metamorfose ambulante de Raul Seixas.
A medida que o tempo passa, vou pouco a pouco rompendo o casulo e percebo que vou ficando mais espontânea. Parece que já obedeci a todos os protocolos e agora me permito à quebra de todos!

Permitir...estou nessa vibe...coisas da idade!

Como o vinho, agora mais velha, apurei o sabor.  A garrafa, está meio desgastada, o tempo deixa suas digitais.  Mas, lapida o conteúdo. Que no total, agora desce mais suave.
Quer saber de uma coisa? Eu não sou velha coisa nenhuma. Estou até curtindo e tentando aprender inglês! Então...I´M NOT OLD, I´M VINTAGE.

Fique na paz!
          Dilene Germano

                

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

SERÁ IMPRESSÃO MINHA? (Dilene Germano)

  “ No teu jardim , Monet, há uma aquarela infinita de cores e um pincel...um só pincel, o da tua alma. No teu jardim , Monet, há vida, a minha, a tua e a de todas as flores...”
De dia de sol no meu jardim, também há vida...cores...flores... que estou cuidando com muito, mas muito amor,  e acredito que está valendo a pena,  pois estão todas florescendo.

Tem essa flor simples, mas linda, que me surpreendeu,  e me pôs um baita sorriso no rosto! Nesse tronco  tem umas mudas de orquídeas e apareceram umas florzinhas amarelas nele.  Então, aos poucos vai ganhando vida!!


 Tem essa flor também, que nunca lembro o nome...


Essas aqui estão espalhadas pelo sítio!! As plantinhas e as flores seguem seu curso...Embelezando...Encantando pela delicadeza...Com suas cores vibrantes... Ou sua beleza alva...    Mais um mimo da natureza para nós... 
 E por fim, uma flor! Amarela, cor que amo, que me deixa alegre, color me happy
 Será que estão querendo causar impressão?


 Tenho  algumas plantas espalhadas, vejam como está...  imagens que parecem pinturas. .
 Não foram retratadas em quadros de Monet.  Ou será impressão minha?


Fique na paz!

       Dilene Germano

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

VER COM OS OLHOS DO CORAÇÃO (Dilene Germano)

A sociedade dá cada vez mais importância ao exterior. No entanto, esquecemo-nos de que este com o tempo se desvanece, enquanto que o interior permanece intacto.
Como diz Saint-Exupéry: "Eis o meu segredo: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos. Os homens esqueceram essa verdade, mas tu não a deves esquecer. Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas."
Foi aí que me lembrei dos contos de fada. Gosto muito. E não é coisa da idade não, gente bonita. Eles me fascinam, me encantam , me fazem pensar. E nesse caso, entre todos os contos,  o que mais parece coerente para mim é A Bela e a Fera, aonde eles se apaixonam depois que se conhecem e descobrem o que o outro é por dentro.
Nenhum outro conto aborda senão a paixão fulminante devido a beleza externa, já este mostra como as pessoas são lindas por dentro ainda que seu exterior não demonstre.
E para mim, o final feliz é desfeito quando ele volta a forma humana, literalmente se desfaz o encanto.
E como sou fã dos filmes da Disney, aqui fica um trecho do filme que nos mostra como ver com o coração...
Fique na paz!

    Dilene Germano

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

SOL...UM CARINHO DE DEUS! (Dilene Germano)


 Hoje está fazendo um sol lindo e eu me deixei banhar por ele olhando aquela amplidão que tenho o privilégio de ver do meu cantinho. Eu fico pensando em quantos milagres temos durante o dia e o sol é um milagre que “percorre” o planeta dando vida, a nossa vida. Todos nos temos uma espécie de “sol interior” e que deve estar sempre em contato com o Sol exterior que é a força capaz de integrar todos os homens por meio de sua luz, poder e grandeza.

 Resolvi dar o ar da graça com fotos que me fazem muito bem. São pontinhas de sol, que  trago para o nosso deleite junto a imagens que nos acarinha a alma. 

Simplesmente relaxe e desfrute... Que a nossas vidas sejam abençoadas com muita paz, saúde, encantamento e muitas pontinhas de sol na alma e em nossos corações!
Sol um dos carinhos de Deus em nossas vidas.
Fique na paz!

     Dilene Germano

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

EU NUNCA VOU ME ABANDONAR. (Dilene Germano)

Quanto mais envelheço, mais fico viva.  Lembro de fatos, atos e contatos, de muitos outros esqueço. Tenho histórias. A cada dia que passa percebo de maneira mais clara aquilo que me faz bem.  Sou uma pessoa comum, que se comunica, que é mais uma, que ama, sorri e chora, que vive o agora, e não tenho nenhuma pressa de ir embora.
Adoro dançar com meus sonhos, ouvir música e sons da natureza, ler e  aprender, ficar descalça e praticar o tal do desapego. Ô troço difícil sô, mas é a única forma  de aprender a ser feliz com o que se tem e a todo tempo. Não é preciso quase nada, de verdade. Ninguém é responsável pela minha felicidade além de mim mesmo. Eu sou a minha melhor amiga, eu posso contar comigo, nos momentos de tristeza, de  choro, de risos, de alegria. Vou escutar meus problemas e guardar  meus segredos. Porque haja o que houver, venha o que vier, não estou sozinha...” eu não me abandono”.  
  Sou adulta e responsável quando tenho que o ser, mas também tenho ainda alma e coração de criança!! Graças a Deus!
Minha pele já não é mais a mesma, nada é tão firme... mas, em contrapartida, acho que fiquei mais macia, menos rígida, meu lado de fora mais parecido com meu lado de dentro. Tenho texturas mais delicadas, embora eu seja hoje tão mais consistente.
Os anos me tornaram mais tolerante, menos pretensiosa, mais feminina...
E... sem aquela velha “sensação de poder” tenho me percebido tão mais a vontade !
Claro que não ando na rua de barriga á mostra nem de short curtinho, mas também não me visto somente em tons de cinza , preto ou bege, nem destapo o abdómen, por mera questão de bom senso e também   porque não são seguramente, as melhores zonas para evidenciar...Uso vestidos pelo joelho ou um pouco acima porque acho que ainda tenho boas pernocas para o fazer.  Não se trata de moral, mas sim de sentido estético. Deixei de estar assim...para ser assim...simplesmente eu.
 E é essa pessoa que vai estar ao meu lado até o ultimo suspiro , por isso faço dela uma boa companhia  porque ela  nunca...nunca vai me me abandonar! Então...aproveito...
Fique na paz!

    Dilene Germano

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

“HÁ PALAVRAS QUE NOS BEIJAM COMO SE TIVESSEM BOCA” (Dilene Germano)

“Há palavras que nos beijam como se tivessem boca.” ( Alexandre O´Neil)
Mas há palavras que quando saem do coração, nos tocam profundamente vão além do beijo. Atingem a alma.
Gente bonita, sinta-se beijada com essas palavras de Mário Quintana:
“Eu queria trazer-te uns versos muito lindos colhidos no mais íntimo de mim...
Suas palavras seriam as mais simples do mundo, porém não sei que luz as iluminaria que terias de fechar os olhos para as ouvir...Sim! Uma luz que viria de dentro delas, como essa que acende inesperadas cores nas lanternas chinesas de papel!
Trago-te palavras, apenas...e que estão escritas do lado de fora do papel...Não sei, eu nunca soube o que dizer-te e esse poema vai morrendo, ardente e puro, ao vento da Poesia...como uma pobre lanterna que incendiou!”
Um beijo do meu coração tagarela!!!
Fique na paz!

Dilene Germano

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

E A PEDRA VIROU CAMINHO...(Dilene Germano)


No meio do caminho do sítio do Paraíso, tinha uma pedra, sempre que passava por ali, eu a ignorava. Desta vez, parei e resolvi observá-la, perder alguns minutos não faria diferença. Percebi que existia um mundo nela, uma textura rugosa, uma cor indefinida, mas estranhamente reconfortante, e assim sendo, fiz uma pequena escalada...afinal não era tão grande...e sobre ela senti uma nova maneira de encarar meus desafios, e extrair coisas boas de onde só parecia ser obstáculo.
Tudo é uma questão de olhar, não é mesmo? E até nas pedreiras existe beleza, elas constroem alicerces para algo novo, outra visão, encaram as mudanças de estação, ervas daninhas, a ignorância de quem não a percebe, mas sempre está ali.
E uma lição da qual a gente deve aprender, encarar tudo de cabeça erguida, valorizar-se, moldar-se, insistir no que acredita ser o certo. A consequência é uma mente sã de quem fez o caminho da verdade e da alma serena, mesmo nas turbulências diárias.
E foi aí que a pedra que havia no meu caminho começou a virar caminho ela mesma.
Fique na paz!

       Dilene Germano

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

UM CARINHO DE DEUS! ( Dilene Germano)

——“Naquela tarde quebrada, contra o meu ouvido atento, eu soube que a missão das folhas é definir o vento.”
Estava  parada no quintal, sem prestar muita atenção em nada, de repente o vento traz uma folha, bate bem no meu rosto. Em geral a gente pega e devolve ao vento, sem nem olhar pra ela. Joga fora, simplesmente. Mas não fiz isso. Achei a folha especial e resolvi  que o melhor seria guardá-la dentro de um livro. É questão de olhar, parar por uns segundos pra observar aquilo que o acaso trouxe. Pode não ser nada demais, mas também pode ser. Pra mim foi como um carinho de Deus!!
Fique na paz!

         Dilene Germano

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

QUEM TEM SÍNDROME DE GABRIELA? ( Dilene Germano)

“Hoje eu vou mudar
Por na balança a coragem
Me entregar no que acredito
Pra ser o que sou sem medo.” (Vanusa)
Que tenhamos coragem, pelo menos de começar a mudar e nos libertar da Síndrome de Gabriela: “Eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim. Vou ser sempre assim...”
Se você nasceu assim, a culpa não é sua, afinal você nasceu assim. Quem sabe a culpa seja do destino. Se você cresceu assim, talvez a culpa seja dos seus pais e educadores que não te deram condições suficientes para exercitar sua mente e ampliar sua visão. Mas se você afirmar que ai ser sempre assim, a culpa é sua que prefere ser m retrocesso na evolução da espécie.
Deixe o encanto da Gabriela apenas na novela e na obra do brilhante Jorge Amado. Quem quer ser “sempre assim” só vai encontrar estagnação, retrocesso, sofrimento.
 A gente chega num momento em que é necessário e saudável fazer mudanças. De uns tempos para cá, estou em  eterna mutação, planejando e executando esse processo com muito carinho, sem pressa.
Que tal, fazer uma faxina? Deixando para trás as coisas desnecessárias (pessoas, objetos, situações). Soltar...Desapegar...Desprender...No começo o corpo fica todo doído, mas a alma fica leve. Novas escolhas, novos resultados.
Faça uma reflexão sobre as mudanças que você precisa fazer para que sua vida não passe despercebida por você mesmo e transforme positivamente a vida de uem convive com você.
Ah...e pode deixar que eu vou fazer o mesmo, aliás, já estou fazendo, está bom?
Ah...e nem vou postar a música da novela. Achei melhor essa música da Vanusa “Hoje vou mudar”, cuja letra dá para refletir e ver se vale a pena ser “Gabriela...sempre Gabriela” ou recuar um pouco e traçar novos planos, refazer o caminho, quem sabe mudar de direção.
Fique na paz!!!
       Dilene Germano

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

DE BRAÇOS ABERTOS (Dilene Germano)

DE BRAÇOS ABERTOS (POSTADO—BLOG)
“ Fui abrindo a porta devagar
Mas deixei a luz entrar primeiro
Todo meu passado iluminei
E entrei...” (Roberto Carlos)
Quantas vezes tive que sair de mim mesma. E nessas saídas tive o cuidado de não fechar a porta com os pés, e sim com um toque suave de mãos, bem devagarinho. Procurei sair com o dever cumprido, com a dignidade intacta, com amor pelas coisas que fiz, para não me perder na volta.
E é por isso que sempre voltei...pra mim! Porque a cada volta me recebi sorrindo e de braços e coração abertos!
Fique na paz!
Dilene Germano



terça-feira, 7 de janeiro de 2014

MEUS INQUILINOS ESPECIAIS (Dilene germano)


Oi, gente bonita,  quero mostrar umas coisinhas daqui do sítio. Meus inquilinos especiais. Os  bichinhos andam soltos por aqui...... Fim de tarde, ouço canarinhos cantando pra lá e pra cá......vou em busca dos bichinhos!Já que fico inspirada, vou tirar fotos, pois amo fins de tarde ensolarados... . o sol refletindo no açude... . me faz feliz e agradecida por tudo que tenho pra amar... E são esses momentos aqui no sítio... ...que me enchem o coração de alegria.

Olha aí o  lagarto no muro... parece um dinossauro em miniatura.Gosto dele, porque dizem que ele vive sorrindo,  de bem com a vida. Quem nunca ouviu falar no sorriso do lagarto?!!


 E a dona aranha, no seu pretinho básico! Querida aranha, a sua teia é linda, e você sabe que admiro as aranhas por isso, pelo seu belo trabalho e pelo que ele simboliza: a "teia da vida" e de nossas relações... mas por favor, fique aí, não pule em mim, e me perdoe porque eu vou precisar tirar você. 


Esse é meu sonho: esse coelhinho  usaria um casaco, teria um relógio, moraria em um “buraco”, carregaria consigo um pedaço de “bolo” e uma “bebida” estranha; me chamaria de Alice e me levaria ao País das Maravilhas !.

E esse tatuzinho... Uma pena as pessoas ainda caçarem esse bichinho pra comer... dizem que a carne dele se parece com a do frango, então vão comer frango né, cambada de sem noção! 


Tem esses pássaros que não sei o nome, mas me acordam todos os dias com seus piados.


Pausa pra observar as formigas - não somos muito amigas - seguindo seu caminho... 


Aqui o tempo passa devagar. Há muito mais tempo para curtir as coisas da roça.  Por exemplo , as maritacas ditam o som. São festeiras, alegres e fazem o maior fuzuê!São primas dos  papagaios, araras, periquitos. Está explicado a algazarra: são coisas de família! Fazem a maior algazarra e se deliciam com os frutos das árvores. Posam para as fotos pois o banquete está garantido. Pressa pra quê?

Meus bichos de pelúcia: “Carneirinho, carneirão, neirão, neirão
Olhai pro céu...Olhai pro chão , pro chão, pro chão...”

A mãe e seu “Baby”! Hora do lanche e depois muitas trapalhadas!!Não falam com os outros animais, mas me fazem ter uma visão de vida sobre a humildade. 
Bom, é isso minha gente bonita, mais um dia aqui no Sítio!
“Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seu semelhante.'” (Albert Schwweitzer)
Fica na paz!

                           Dilene Germano

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

"VIAJAR É MUDAR A ROUPA DA ALMA "(Mário Quintana)---Dilene Germano

 Mesmo para mim que estou aposentada, tempo de viajar é no período de férias. É onde aproveito para fazer minhas viagens ora em pacotes turísticos, ora através dos famosos   Cruzeiros...muito comuns no  fim de ano, mas também é bem aproveitado em qualquer época. Viajar  é um grande sonho de consumo e podemos fazê-lo de inúmeras formas. Eu mesma...quantas viagens...quanto aprendizado!!! Visitei lugares distantes, conheci os museus da Europa e dos Estados Unidos, aprendi sobre culturas, decifrei enigmas, sonhei…fui a lugares e conheci pessoas maravilhosas! Não falo apenas de lugares físicos, mas falo de lugares espirituais! Vou contar algumas das tantas que fiz e das coisas que aprendi.
 Estive com uma família chilena, participando de suas aventuras, desventuras, festas, confissões, perdas de entes queridos, nascimentos. Conheci todos juntos nas alegrias e tristezas. Coisas que só um clã sabe fazer. Aprendi com eles a rir, chorar, me emocionar e refletir bastante não só sobre  vida familiar, mas sobre História com H maiúsculo. E ainda falam comigo, implicam ou me ajudam a constatar o obvio em algumas situações particulares. Loucura ?!?! Pois é!
Viajei para uma Cabana, onde tinha um encontro marcado com o divino. Fortaleci minha fé, restaurei buracos, abri meu coração, compreendi as muitas amarguras que assolam nossas vidas e saí de lá mais humana e ao mesmo tempo fazendo parte do universo.
Vivenciei um drama pessoal de outra pessoa em Nova York para depois conhecer o prazer na Itália. Acreditava que aprender a falar italiano pelo simples prazer de fazê-lo seria um sonho só meu, mas descobri que estava equivocada.
Passear pelas ruas de Roma, Bologna, Nápoles, Veneza, Sicília, Florença, Sardenha, Calábria encheu-me de energia  por eu amar História e a Itália ser um paraíso de memórias - e construções maravilhosas.
 O paladar é um sentido muito aguçado em mim, satisfazê-lo na Itália é tudo que um estômago glutão deseja. E o país com forma de bota sabe enaltecer sabores com suas massas, gelatos, pratos de sabores impensáveis.
 E a Índia? Essa minha quase adoração por rituais, símbolos, contato direto e simples com Deus. Estive na Índia pela segunda vez. Na primeira,  vi mais o povo indiano, na segunda me limitei a permanecer no “ashram”, buscando o equilíbrio que só a meditação sabe oferecer.
Estudar com um xamã na Indonésia fez com que entendesse a simplicidade. Bali tem o poder de devolver seu amor por você mesmo. Lembrei mais uma vez que faço parte do universo.
No meio disso tudo procurei a Felicidade Clandestina sob o ponto de vista feminino de  Clarice, que realmente me torna feliz com suas linhas exuberantes  de questionamentos e lembranças sobre o cotidianos das mulheres em geral.
Adoraria ter tirado fotos, as mais variadas para colocar no facebook e de ter tirado visto para  essa viagem, de ter meu passaporte mais carimbado, e até de gastar muitos dólares, euros, rúpias, mas aconteceu em meio a páginas, coisas que só um livro é capaz de fazer.
Ah, e só para te animar mais um pouco, quero te lembrar algo: nem precisei pagar passagem…
Então... até meu próximo “cruzeiro”!!!!
Fique na paz!!

     Dilene Germano