sábado, 30 de maio de 2015

ENVELHECENDO MACIAMENTE (Dilene Germano)

Uma amiga me enviou esse texto, mas não destacou a autoria do mesmo. Achei maravilhoso e passo para vocês:
“  Envelhecer  deveria ser maciamente. Nunca aos solavancos. Nunca aos trancos e barrancos. Nunca como alguém caindo num abismo e se agarrando nos galhos e pedras, olhando enquanto despenca. Jamais também, como quem está se afogando, se asfixiando ou morrendo numa câmara de gás.Envelhecer deveria ser como plainar.

Como quem não sofre mais (tanto), com os inevitáveis atritos.  Os vinhos envelhecem melhor ainda. Ficam ali nos limites de sua garrafa, na espessura de seu sabor, na adega do prazer. E vão envelhecendo e ganhando vida, envelhecendo e sendo amados, e, porque velhos, desejados. Os vinhos envelhecem densamente. E dão prazer.

O problema da velhice também se dá com certos instrumentos. Não me refiro aos que enferrujam pelos cantos, mas a um envelhecimento atuante como o da faca.

Nela o corte diário dos dias a vai consumindo. E no entanto, ela continua afiadíssima, encaixando-se nas mãos da cozinheira como nenhuma outra faca nova.Vai ver, a natureza deveria ter feito os homens envelhecerem diferente. Como as facas, digamos, por desgaste, sim, mas nunca desgastante. Seria uma suave solução: a gente devia ir se gastando, se gastando, se gastando até se evaporar. E aí iam perguntar: cadê fulano? E alguém diria: gastou-se foi vivendo, vivendo, e acabou. Acabou, é claro, sem nenhum gemido ou resmungo.        

  Ainda agora tirei os olhos do papel e olhei a natureza em torno. Nunca vi o sol se queixar no entardecer. Nem a lua chorar quando amanhece.”
F
ique na paz!
Dilene Germano


quarta-feira, 27 de maio de 2015

SORRISO: ÚNICO E TRANSMISSÍVEL (Dilene Germano)


 " A vida é como um espelho, quando sorrimos para ela, ela sorri para nós." (Ditado Popular)

Ah! Então vamos dando risada que a vida nos chama, não dá pra chorar. Ria até doer a barriga e chore de tanto rir. Pois eu não tenho tempo para bobagens... Aprendi que, por pior que seja um problema ou situação, sempre existe uma saída.

A vida é muito melhor quando estamos rindo à toa. Solte seu riso!!!! Ah...e sorria mesmo que não esteja diante do espelho, tá?

Aquele sorriso largo, que começa no coração, reflete nos olhos e ilumina o rosto. Único e totalmente transmissível!!

Meu sorriso não me pertence, porque ele pertence ao outro. Na verdade , ninguém vê a própria face. Quando olhamos no espelho, vemos somente a nossa imagem. Portanto eu não sou dona do meu rosto e do meu sorriso, porque só outro pode me ver.

Sorrie com os olhos. Gargalhe com a boca. E não se esqueça, jogue o corpo junto.
Você vai ver como faz bem provocar um sorriso, e saber que foi você quem fez ele desabrochar!

Fique na Paz!

  Dilene Germano

segunda-feira, 25 de maio de 2015

AND I LOVE HER...DANÇANDO COM O PASSADO (Dilene Germano)

Meu corpo vibra com os sons do mundo, minha alma se encanta com os acordes da vida.

Ontem ouvi essa música na voz de Roberto Carlos...”And I love her” dos Beatles que animaram  algumas das tardes da minha  juventude e que, mais tarde também foram servindo para encher os meus ouvidos.

Foi tão bonito sentir que ela foi tirando algumas partes do meu passado para dançar!

Fique na paz!
Dilene Germano



quarta-feira, 13 de maio de 2015

CARRO DE BOI (Dilene Germano)

 “O carro de boi lá vai gemendo no estradão, suas grandes rodas fazendo profundas marcas no chão vai levantando poeira,  poeira vermelha. poeira do meu sertão.” (Inezita Barroso) 

Lembro do sitio de meu tio Joanico, o carro de boi seguindo caminho e meus primos  candeeiros gritando: Eh,boi lá... Eh-ê-ê-ê , boi!... Tou! Tou! Tou...

Tchou!... Tchou!... Eh... booôi!... Vai Malhado, vai, que o sol está escondendo, temos que descarregar o milho, arrasta Branquinho...!!!!!Tchou!...Tchou! ...Oôôôôôaa!!!...



E lá ia o carro de boi...Canto triste ,..Canto Saudoso... E canta carro de boi…Cantava a vida, o sol, as sementeiras... as colheitas...as chuvas...os ventos… Hoje mora no passado, aquele que um dia foi o velho carro de boi, herói do campo e da história.

Recordações de uma época, onde a vida ainda corria num ritmo mais sereno, sem a pressa habitual das cidades. Linda tradição que infelizmente vem morrendo, em nome  do progresso.

Os carros de boi hoje em dia são peças raras, quase não se vêm por aí, uns jazem abandonados, outros somente para enfeite... mesmo assim evocam imagens que, por sua simplicidade e beleza, encantam e passeiam em minha memória, me fazendo lembrar o meu tempo de menina que já lá vão uns bons anos, porque já sou velhota eh eh eh... e  foi por isso que eu tirei esta foto.

A memória é danada! Nesse exato momento minha alma está ouvindo o canto-gemido nostálgico do carro de boi! Tchou!...Tchou!...Eh-ê-ê-ê, boi!...

Fique na paz!

Dilene Germano

terça-feira, 12 de maio de 2015

SEMPRE VIVA (Dilene Germano)

Um pouquinho de mim... Sou uma pessoa simples. Pequenas coisas me deixam feliz, um bom dia , o sorriso de uma criança ou assistir o pôr-do-sol.
Sou delicada, pequenina, e nem faço questão de possuir personalidade forte. A que tenho me basta. Ás vezes tenho que desistir do que quero, porque a vida é feita de escolhas. Às vezes também me  machuco, pois caio em espinhos, mas logo me recupero. Já tive vontade de salvar o mundo, mas descobri que hoje só posso melhorar algumas coisas da vida. É que os dias passam rápido demais.
Procuro estar sempre sorrindo, porque acho que a vida é mais fácil assim.  Não sou muito boa de palavras, mas gosto da energia que me transmitem, por isso, adoro rabiscar e me perder entre elas.
 Ah, gente bonita,  gosto mesmo é de perfume... espalhar perfume...Adoro. Pareço até um cão: tenho faro para cheiros. Só por curiosidade: se eu fosse um perfume, que cheiro eu teria? Seria eu floral ou amadeirada, cítrica, frutal ? Não sei, gosto de todos.
Se eu pudesse me comparar a uma flor, eu me chamaria  de  Sempre Viva, suas flores são pequenas, mas bastante coloridas, formadas na primavera, e são extremamente duráveis...e tem perfume sutil.
Sempre viva sou e  serei.
Fique na paz!

  Dilene Germano

quarta-feira, 6 de maio de 2015

PRETINHO BÁSICO (Dilene Germano)


Você naturalmente tem um pretinho básico, não é? É quase senso comum que todo mundo deve ter um pretinho básico. E como toda e qualquer mortal que se preze, tenho o vestido de festa, o modelito do dia a dia, o sapato montado, o confortável, o mais chique, a sapatilha, uma lista que não acaba mais. Coringas que nunca me abandonam e que eventualmente renovo.
Mas hoje não vim falar deste pretinho, mas de outro que povoa o cotidiano brasileiro fazendo parte da nossa cultura. Um sinônimo de hospitalidade, de simplicidade, de acolhimento que ora nos remete as mais tenras tardes com cheiro de bolo recentemente assado, ora se reinventa como protagonista com direito a especialistas, boutiques e os mais diversos apetrechos para a sua preparação.
Gente bonita, apesar de poucos não gostarem, mas a grande maioria apreciar, o tema de hoje é uma  paixão  nacional...porque não dizer...internacionial! Então tá...vai dai aí minha declaração de amor, a da Dilu Carvalho e de milhões de pessoas...
 Aaaaah! Mas que moreno de cheiro gostoso! Fico nervosa quando vens todo quentinho me tirando o sono e também adoro quando me animas logo pela manhã, sem você o dia não passa meu nego, fico toda lenta e sem ânimo.
Esse seu gosto forte me pega de jeito e me queima por dentro, sabe provocar a minha vontade por você o dia todo, seu danado.
Ah! Moreno! Esse seu calor  é o que me aquece, e já não sei mais viver sem você, meu CAFÉ delicioso.
Fique na paz!
Dilene Grmano

terça-feira, 5 de maio de 2015

PLANTA FALA...(Dilene Germano)

 Estava eu fazendo pose para minha “Sonynha” no banco do quintal  quando virei para trás, procurando quem estava me chamando. Eu realmente ouvi me chamarem. Não pelo nome: "Dileeeeeneeee"!! Não assim, Poltergeist.
Me voltei e encontrei apenas um vaso. Meio seco, é verdade. Mas era, apenas, um vaso com uma planta nele bem maltratada, coitadinha.



Não liguei muito, dando tempo para concluir outras fotos e logo depois saí dali.. Alguns minutos depois, meu marido sentando no mesmo banco disse:
"Nossa, vou colocar água nesta planta, que ela esta chamando, pedindo água".
Já estava caminhando em direção á varanda e virei imediatamente a cabeça: gesto inútil, mas era só para ver se eu estava ouvindo certo, e se era a mesma planta, atrás do banco.
Eu havia ouvido seu pedido. E não dei ouvidos.
Entendeu??
EU OUVI A PLANTINHA!!
Desde então, sei que as plantas se comunicam com os seres humanos.
Sei também que seu sistema é sofisticado, envolvendo energias que eu não compreendo, ainda.
Gente bonita....Planta fala.
Fique na paz!
Dilene Germano