sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

O TRISTE FIM DA ELEGANTE E SOFISTICADA CHARLOTTE (Dilene Germano)

 Esta é a aranha Charlote.  É, dei nome a ela, achei que Charlote é um nome bem apropriado para uma aranha tão sofisticada, vestida de veludo negro. O medo foi substituído por admiração, respeito e cuidado. Passando o impacto dos primeiros encontros, passamos a ter um relacionamento de mútuo respeito.

Atrevida, Charlote não se contentava em ficar só no seu cantinho, subia pelas paredes da casa para se alimentar a noite. Pessoas não costumam ser muito simpáticas com as aranhas, era melhor pra ela, ficar escondida. Sempre que a via, pacientemente eu a empurrava de volta para o seu esconderijo...Outro dia recebi uma visita  que ficou em casa enquanto eu tinha ido dar uma voltinha pelos arredores. Quando voltei fui recepcionada com um grande sorriso, e a pessoa se achando o maior herói, contando que havia encontrado no canto da parede uma aranha terrível, venenosíssima!




 A surpresa: Lá estava Charlote! Carbonizada no chão... Seu lindo vestido aveludado  todo queimado e algumas de suas “pernas” elegantes retorcidas. Fiquei tão triste! Peguei aquele corpinho em migalhas e coloquei no canteiro de flores! Adeus Charlote!

Não preciso dizer que atrás de mim haviam pares de olhos esbugalhados que pareciam dizer: Maluca!

Fique na paz!

Dilene Germano

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