segunda-feira, 17 de setembro de 2012

VINGANÇA: QUE GOSTO ELA TEM?


 

Desculpe-me, mas lembrei de uma música antígona do Vicente Celestino ( sou um tanto jurássica em termos de música), que diz em seus versos: “ Você há de rolar como as pedras que rolam na estrada. Sem ter nunca um cantinho de seu pra poder descansar.Só vingança, vingança, vingança, aos santos clamar”

 

OK! Não é da sua época. Então,vamos para o presente. Nunca esse assunto esteve tão em alta seja no noticiário da última semana, seja na novela das nove: o que é isso entre a Nina e a Carminha, na novela global?

 

Muito pesado, não? Ai que arrepio!

 

E então, vamos falar sobre vingança! Sentimento feio esse, hein?! Mas, cá entre nós, quem, pelo menos por uma vez, não teve uma boa idéia para vingar-se de alguém? Tudo bem, da idéia à prática há o que chamamos de consciência e nem sempre fazemos. Ufa! Ainda bem essa coisa de consciência!

Embora seja um sentimento pequeno, convivemos com ele de várias formas – os irmãos, por exemplo, vivem se vingando um do outro, seja contando pra mãe a arte do irmão, seja uma brincadeira de mau gosto.

Certas ‘brincadeiras’ podem ser uma espécie disfarçada de vingança? Eu acredito que a linha entre a brincadeira sem graça e a vingança é tênue, quase imperceptível, só difere porque pesa menos dizer que é uma brincadeira ao invés de assumir que é uma vingança.

Mas tem aquelas pesadas, coisa de adulto doído, sofrido. Uau! Uma traição pode
muito bem ter como conseqüência o enfrentamento de uma vingança.

E se ex-companheiro ou companheira é coisa complicada de se conviver, imagine ex-amigo, aquele que sabe todos os seus segredos? Está com a faca e o queijo na mão.

Mas quando chega nesse nível de vingança a coisa complica, pesa e pode causar grandes, não, enormes problemas

 

É quando não conseguimos sublimar uma agressão, uma ofensa ou sentimento de perda e fazemos com que o ódio transforme o sangue em nossas veias em formol.

E  ficamos arquitetando maneiras ofensivas de ferir o adversário com a mesma moeda.É aí que entra em cena, nesse teatro da vida, essa tal de vingança.

 

E o pior é que isso nos tira a alegria da vida. Baixa nossa imunidade e pode nos tornar clientes em potencial de um indesejável úlcera – na melhor das hipóteses.

 

Ser vingativa só é bonito e legal nas histórias de Sidney Sheldon. E só.

 

É por isso que não entro nessa de “ purificação da dor” através da vingança.Tô fora! Minha “ praia” é o humor,  a alegria e o perdão!Dizem que a melhor vingança é o esquecimento.

E é mesmo!!!!

 

Aqui ó...é melhor deixar as mágoas, soltar o cabelão e  viver. Essa coisa vingativa é muito tragédia grega pro meu gosto!

 

Fique na Paz!

                            Dilene Germano

 

 

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