sábado, 9 de março de 2013

A CIGARRA E A FORMIGA (Dilene Germano)


Gente, acho que estou tendo algumas recaídas! Volta e meia, me pego pensando nas historinhas de minha infância. E, diga-se de passagem, curto muito! Na época, a imaginação corria solta. A Cinderela podia ser loura, morena, negra, asiática, tanto fazia... a fascinação era a mesma! Já a Branca de Neve não tinha jeito, não fazia sentido imaginá-la diferente.
A Bela e a Fera era a minha preferida...Que romântico e que lindo!,  No meu imaginário ficava torcendo para não virar príncipe. Eu gostava é da fera mesmo!!!!.Não tinha beleza , mas tinha charme!!!!!
 Chapeuzinho Vermelho e D. Baratinha... me encantei com elas. Hoje são vistas, digamos assim: transformadas pelos novos tempos!
E a fábula da Cigarra e a Formiga? Eu tinha dó ( que dó!) da formiga, vivia no maior lê, re, lê, re, lê, re, lê, re... era trabalhadeira,  previdente e servia de exemplo para a meninada: trabalhar para depois ter o que comer no inverno.
E a cigarra? Esta não queria nada com nada, só cantar  e depois contar com o que a formiga havia juntado com seu trabalho.
E ensinavam a gente a ser formiga e não cigarra. Só que chegando o inverno, eu ficava com pena da cigarra. Pelo menos uma folhinha, as formigas poderiam dar para matar a sua fome! Afinal, enquanto trabalhavam, quem sabe não foram embaladas pelo seu canto?
Bem, mas o fim não era esse. Pobre das cigarras, morriam de fome e frio.
E se fosse hoje? As formigas trabalhadeiras e previdentes continuariam a trabalhar e juntar no verão para sobreviver no inverno? E as cigarras, continuariam cantantes e famintas? E se acontecesse o contrário?
Preste atenção nessa fábula moderna que vi na internet:
Todo dia quando a formiga ia dar duro no trabalho, encontrava a cigarra na maior vadiagem, cantando e dançando.
- Quando o inverno chegar, quero ver para onde vai essa alegria toda!Dizia a formiga.
-Ih, deixe do meu pé, vê se desgruda! respondia a cigarra.
Era sempre assim, a formiguinha sempre pegando no maior batente e a cigarra na maior balada funk ou sertaneja! Velocidade 1...2...3...4...5...6!!! Eu quero tchu...eu quero tcha...!!!!
Até que um dia o inverno chegou. A cigarra, ao volante de uma Ferrari vermelha, agasalhada por um tremendo casaco de pele ecológica, encontra a formiga na maior tristeza e penúria.
- O que foi formiga? Por que está tão triste?
- Minha empresa foi comprada por uma multinacional e meu emprego foi descontinuado. Mas e você, cigarra? Parece bem de vida!
- Ah, sim...!!!Me formei no sertanejo universitário no curso “AH, se eu te pego!” e vou estagiar fora do Brasil, e ainda meti um DNA num jogador de futebol e ganhei a maior fábula! Aí, oóóó! FUUUUI!
Com certeza não lembra a fábula de antigamente e nem deveria ser contada para                   crianças, mas  que é retratada no cotidiano da mídia na  atualidade... Ah!com certeza é...
Fique na paz...e vá trabalhar, que é mais digno!
Dilene Germano

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