domingo, 17 de março de 2013

A SENHA (Dilene Germano)



Parece nome de filme, mas não é. Pelo menos eu nunca ouvi falar. È uma situação que eu e tantas outras pessoas passamos, enquanto esperamos para sermos atendidos num banco ou outro local qualquer. 
Tem que se pegar uma senha. Lá vou eu: em frente á maquininha peço uma senha para caixa preferencial ou prioridade, que já batizei por CP .
Às vezes espero muito, outras vezes sou chamada rapidinho, dependendo do número de minha senha.
Entre um sinal sonoro de chamada e uma olhada no painel, tento filosofar sobre a vida.
E não é que a vida  é como essa sala de senhas? Não se tem sossego. Sempre é  preciso ficar alerta, nunca se pode relaxar. O toque constante para avisar a nova senha perturba meu sossego. Mesmo sabendo que ainda pode demorar para chegar a minha vez, nunca deixo de olhar o número mostrado no luminoso. É o medo de passar o meu número, e isso se repete a cada vez que uma senha é mostrada.
Essa é a vida: sua senha já foi distribuída. Aguarde sua vez...
Fique na paz!
    Dilene Germano

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