sábado, 25 de maio de 2013

QUE SITUAÇÃO!!!!!!! (Dilene Germano)


Existem situações em que a gente literalmente escorrega numa casca de banana e entramos numa “saia justa”. Quem  nunca passou por uma situação desfavorável e/ou embaraçosa? Quando conseguimos sair da” saia justa” é um alívio. Pior é quando nos vemos sem possibilidade de reação e ficamos de mãos atadas.
 Minha carteira de motorista havia vencido e sem saber fui parada numa blitz. Não sei o motivo, mas vou confessar uma coisa que nunca falei pra ninguém: eu morro de medo de policial. Deve ser coisa de criança. Quando fazia alguma arte, ouvia: a polícia vem ai!
Anos e anos mais tarde, o grande trauma: fui parada numa blitz. Carteira vencida. O guarda olhou daqui, olhou dali, e resolveu chamar o comandante. Quase tive um desmaio, tal o meu medo.
 Não sei se minha ansiedade e angústia estavam estampadas no rosto, porque o comandante muito gentilmente só me aconselhou a tirar outra carteira para evitar multas e etc.
 Ainda bem, e aí, pensei com meus botões: “ Viu, policial não é tão bravo assim”. Mas foi com dificuldade que consegui engatar a marcha e sair.
Acatando o conselho, fui levar os documentos para fazer o pedido de nova carteira. O DETRAN ficava situado no Mercado do Agricultor, Cidade Nova. Para chegar até lá, tinha que passar pelo Batalhão da Polícia Militar.
 E  lá vou eu...com documentos na bolsa e  a carteira ainda vencida! Ao me aproximar do Batalhão, vi policiais fortemente armados, fazendo uns sinais que  não estava entendendo.
Santo Deus, agora estão armados! Diminuí a velocidade, estava quase parando. Volta minha angústia: o que será que está acontecendo? Só pode ser uma blitz novamente. E atrás de mim uma carreta gigantesca, que mais parecia um tiranossauro rex  querendo me engolir junto com meu carrinho. Juro que cheguei a ver seus gigantescos dentes... 
Um guarda fazendo sinal e meu nervosismo aumentando em ordem geométrica.. .
E  a angústia da dúvida: seriam guardas, policiais ou soldados? Estou trocando tudo! Pra que saber a diferença, justo naquela hora, se o objetivo deles era o mesmo?  
Quando olhei para dentro do batalhão, vi muitos carros estacionados. Pronto!  Estão  prendendo os carros com documentos atrasados! E minha carteira... e minha carteira!?! Eu já me imaginava presa!E o meu carrinho, o que seria dele?
 E a jamanta, quero dizer... a carreta...acho mesmo que era o tiranossauro, quase me engolindo...  Era isso:  os sinais dos guardas só podiam ser para eu entrar no batalhão para vistoriar meu carrinho.No meio dessa angústia toda, eu entrei. Não havia celulares, como  pedir socorro?
 Lá dentro, não sabia o caminho  até os carros e dois policiais estavam vindo em minha direção. Oh! Céus!
Livra-me dessa, Santa História: eu juro que não risquei o fósforo que acendeu a fogueira de Joana D´Arc, não joguei sal nas terras de Tiradentes, não coloquei veneno na comida de Napoleão Bonaparte, não comi os brioches de Maria Antonieta e nem levei a serpente que picou a Cleópatra. Eu juro!Eu juroooo!
Quando os policiais se aproximaram,, olhei para o outro lado, vi um palanque com vários militares e  no gramado um grande número de soldados.  Alguma coisa estava fora da ordem que eu colocara em minha cabeça.
Logo a seguir, ouvi o Hino Nacional tocado e cantado pelos presentes.  Foi então que percebi... não era blitz coisa nenhuma. Meu alívio foi tão grande que quando os policiais  perguntaram  se podiam me ajudar em alguma coisa, eu disse a seguinte pérola: “ Não obrigada, eu entrei aqui por causa  do Hino Nacional, eu adoooooro cantar o hino brasileiro! Coloquei a mão na direção do coração e cantei o hino  até o final.
 E os policiais??? Não olhei mais para eles, a única ação do momento foi a da lei da gravidade: grudei  no chão e não conseguia  nem levantar um pé.
Em tempo: depois descobri que era uma solenidade de aniversário do Batalhão da Polícia Militar . Havia muitos militares de alta patente e autoridades. Por isso, o número de soldados no asfalto e os sinais eram para diminuir a velocidade!
VAI SABER...
Fique na paz!

                        Dilene Germano

Um comentário:

  1. sensacional!!! Adorei...Orgulho de ter tido alguém assim como professora! Bjs, querida Dilene!

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