quinta-feira, 31 de julho de 2014

A IGREJINHA (Dilene Germano)

Toda vez que passo por aqui, me chama a atenção essa igrejinha desconhecida, abandonada. Parece vazia.
Fica no alto de um morrinho, assentada sobre o pasto seco, amarelo e quebradiço com folhagens em volta.
O vento  espalha a poeira vermelha da estrada de tempos em tempos.
Sol forte, ar seco. E esse ar que entra na capela faz uma prece, sem saber. Sem palavras, sem pedidos, sem intenções, sem religiões, imagens, fé ou precedentes. A prece mais pura acontece silenciosamente. Involuntariamente. Ela escapa sem se dar conta.
E a mais simples capelinha que existe, abandonada e esquecida, é o lugar mais elevado de todo o universo. Sem saber, brinda a fé e a visão! Talvez o vazio do espaço nos enche de uma fé que só podemos encontrar em nós mesmos! No silêncio!

Fique na paz!

    Dilene Germano

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