segunda-feira, 9 de março de 2015

INCERTEZAS DE FIM DE TARDE (Dilene Germano)

“A vida ensina... os poetas também! “ A beleza não está nem na luz da manhã nem na sombra da noite, está no crepúsculo, nesse meio tom, nessa incerteza”  Lygia Fagundes Telles  
Acho bonito o entardecer, o por do sol...Mas  todo entardecer me dá melancolia, uma espécie de alegria misturada com saudade. O crepúsculo é um momento sagrado onde acontece um ritual duplo: a morte do dia e o nascimento da noite. E revela com exatidão essa sensação que tenho quando o dia vai morrendo....
Desde criança eu me sentia assim... olhava o crepúsculo e me sentia estranhamente melancólica...
É um momento lindo, mas que traz uma tristeza indefinida... talvez porque, como as estações, o dia também tenha o seu simbolismo e a nossa alma capta isto. .
 Rubem Alves tem razão quando diz que tudo que é belo tem de morrer. Que beleza e morte andam sempre de mãos dadas e que a eternidade não é o tempo sem fim. Tempo sem fim é insuportável. Se durasse para sempre não seria belo, nem mágico. Perderia todo seu encanto.
 O crepúsculo é tão bonito porque é efêmero, e porque é efêmero deixa saudade na alma. Talvez seja um aviso dos céus dizendo que a vida é bela, mas também é curta. É preciso aproveitá-la com sabedoria. E todos os dias ele dá o seu silencioso aviso. Anoiteceu... fim de segunda-feira... mas sabemos que, depois da escuridão, logo virá um novo dia,  trazendo esperanças renovadas!
Fique na paz!
Dilene Germano

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