segunda-feira, 27 de agosto de 2018

AH...CHICO BUARQUE...O QUE SERIA DESTE MEU POST SEM VOCÊ? (Dilene Germano)




Desde que o mundo é mundo, dentre tantas inquietações da alma humana, uma é, sem sombra de dúvida, peculiar a qualquer pessoa: o desejo de vingança. Em maior ou menor grau, concretizando ou não, acho que não existe cristão que já não tenha sido remoído por isso. Pelos motivos mais diversos possíveis, acho que em algum momento da vida todo mundo já se sentiu impregnado de fúria diante de algo que considerou injusto, principalmente pela rejeição. Ah, essa é doída!... Haja sangue de barata para aceitar passivamente a humilhação do abandono.

Sei bem como é. A gente nem dorme direito, a raiva atormenta, o sangue ferve. Na mente, só a repetição frenética de mil coisas misturadas... Momentos de intenso prazer mesclados por decepções, sinais de traição e pela mortal certeza do fim. Passa-se a adorar o outro pelo avesso.

Mas veja gente bonita,  vingança só é bonita nos contos de Sidney Sheldon e nós não somos nenhuma Medeia das tragédias gregas, né?  É pura perda de tempo e energia. Melhor gastar o tempo com coisas mais proveitosas. Mas... e sempre tem um mas...  de tudo o que o mundo faz, a melhor coisa é que gira. E vez ou outra, temos a oportunidade de assistir de camarote a própria vida se vingando por nós. Ou então, a oportunidade bate a sua porta, e você nem precisa fazer nada. Aliás, é justamente isso, somente não fazer nada... nem para atrapalhar e nem para ajudar. Aí minha amiga, não vou negar que me dá prazer, sim.

Pois é... vingar é bater a porta, trancar e engolir a chave (sem direito a Lactopurga para conseguir recuperá-la mais tarde).

Não existe no mundo vingança mais eficiente do que botar a fila para andar e ser feliz novamente. Não é nada fácil, eu sei, mas é único caminho possível para quem gosta de si mesmo (de verdade), se respeita e quer andar para frente.

Nunca deseje vingança, deixe o ajuste de contas a cargo de Deus, cuja contabilidade é perfeita. Eu costumo - e isso é uma característica minha - deletar a pessoa da minha vida . Esqueço-a. Não sofro um pingo por causa dela. Nem desejo o mal. Que viva o que tem que viver e me deixe na santa paz.

Ah, Chico!... O que seria deste meu post sem você?...
Fique na paz!!
Dilene Germano



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