sexta-feira, 29 de abril de 2011

AMIGA INSEPARÁVEL


Se perguntarem às mulheres qual é sua amiga da qual  não conseguem ficar separadas de jeito nenhum, a resposta é única: a bolsa.Pode ser uma, duas ou dúzias, mas todas são imprescindíveis. Pelo menos uma grande maioria assim o acha.
Nesse quesito, não faço parte da minoria. Mesmo assim, já fui mais comedida em matéria de bolsas. Comprava uma por ano, usava até acabar, de tamanho médio para pequeno geralmente nas cores preta ou marrom que combinava com tudo.
Uma das vantagens de se ter uma só bolsa é ganhar tempo por não ter que “ mudar” constantemente seus apetrechos a cada troca de bolsas e não ter que esquecer documentos, o batom preferido, o chicletinho, etc.
Bem, isso são outros tempos, pois acabei sucumbindo às réplicas, tréplicas, clonagens e não sei mais o que se pode fazer para ter as marcas da moda dentro do  orçamento de uma assalariada “fashionista” de terceiro mundo. E tenho penduradas Vitor Hugo, Marc Jacobs, Louis Vuitton....E eu que resisti durante anos...Só pode ser coisa da idade!
E chegaram vitoriosas , nas mais variadas cores, preços, materiais e componentes , nos aprisionando com seus toques dourados, prateados, correntes, pedras, tachas, apliques, etc.
Oh, céus! E para melhorar ou complicar, não sei, ditaram que não precisa mais combinar bolsas, sapatos e roupas. Novas tendências, novos estilos. Personalidade. Atitude. A coleção aumenta!
Outro dia vi num programa de televisão os preços estratosféricos das famosas bolsas de griffe, “ aquelas” já citadas! A cotação variava entre 5 mil dólares a 60 mil dólares. Juro que pensei que estavam falando de Bolsa de Valores!!!
Seja no mundo das deusas  ou dos simples  mortais, a bolsa entre todos os acessórios que usamos, ocupa um papel destacado: já faz parte do corpo humano ...das mulheres. Experimente sair sem ela e sinta aquela sensação de insegurança !
É a única companhia que uma mulher moderna não consegue dispensar . Além disso, sem dúvida nenhuma, inovam nosso look.
Apesar do status, a bolsa tem sua função: carregar tudo o que você imagina que vai precisar. Antes, carregava-se a carteira de dinheiro, alguns documentos, talão de cheques , um lencinho ( vai que aparecia um velório de última hora!) , um batom e uma caneta. Era o que bastava.
Hoje o que se carrega dentro de uma bolsa, daria para repor produtos num bazar. Carrega-se até o “ mundo” dentro dela! Quem não tem celular com internet? Acredito que até já tentaram levar cachorrinho de estimação! Será que conseguiram? Tudo é possível!
Ás vezes preciso fazer uma faxina para retirar papéis de propaganda ( para não joga-los na rua por falta de lixeiras), tickets de compras com cartão, boletos pagos e a pagar. È tanta coisa dentro da coitada, que muitas coisas somem lá dentro, inclusive chave de carro. Que dificuldade!
Estou me livrando desse fetiche e suas consequências, que felizmente não chegou a ser anormal. Para isso, reduzi bastante o número de bolsas, doando-as .
Afinal, sou simplesmente um ser humano comum,  e não tenho a pretensão de parecer a deusa indiana Shiva, de muitos braços. Portanto, quero voltar a ter uma só , aquela amiga inseparável, íntima e inviolável ... Se me permitirem os seguranças dos bancos, os únicos que  desvendam os mistérios contidos no fundo do meu jeito de ser...que é a minha bolsa!
Fique na paz!
                      Dilene Germano

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