domingo, 15 de maio de 2011

MEU VESTIDO AZUL

“ Ah! Se o mundo inteiro me pudesse ouvir/ Tenho muito pra contar/ Dizer que aprendi...”
“Ver na vida algum motivo/ Pra sonhar/  Ter um sonho todo azul/  Azul da cor do mar...”  ( Tim Maia)

Hoje resolvi tocar na maçaneta para abrir a porta das boas lembranças, que podem não ter  a menor importância, mas que  tornaram-se inesquecíveis.
De repente, lembrei-me de um vestido azul com gregas brancas que minha mãe havia feito a meu pedido. Nada de especial aparentemente, mas aquele vestido azul... Ele abriu a porta do quarto onde guardo com carinho as minhas lembranças. E aí pude voltar mais de 40 anos de minha vida. Veio à tona meus sonhos, minhas dúvidas , meus medos, minhas esperanças, enfim , uma mistura de sentimentos.
Eu acreditava que aquele vestido azul me faria  encontrar um namorado.  Assim que eu o usasse, encontraria um grande amor, aquele príncipe que sonhamos quando adolescentes.
Isso, por causa  da música do Wilson Simonal, “ Vesti azul” , pois era exatamente assim que eu me sentia:
“ Estava na tristeza que dava dó
Vivia vagamente
E andava só
Mais eis que de repente
Me apareceu, um brotinho lindo
Que me convenceu, dizendo
Que eu devia vestir azul
Que azul é a cor do céu e seu olhar também
Então o seu pedido me incentivou
Vesti azul
Minha sorte então mudou”
E não é que mudou mesmo? È claro que não foi um príncipe, nem um “brotinho lindo”, mas preenchia minhas expectativas.A partir daí, o vestido se tornou meu  amuleto.Quantas expectativas, quantos sonhos, quantas fantasias!
Continuei com minhas lembranças... Como é importante guardar os pequenos momentos da vida, nem que seja o de um simples vestido!  Senti-me mais forte, mais certa do presente e  mais segura para  dar os próximos passos...
Sabe de uma coisa? É muito bom abrir o quarto das nossas boas lembranças, é uma visita que sempre nos revela uma parte de nossa vida.

É difícil acreditar em contos de fadas, mas é possível ter um vestido azul!

       Fique na Paz! Pense bem, viva melhor!
                                                                         Dilene Germano

Nenhum comentário:

Postar um comentário