segunda-feira, 21 de julho de 2014

CARTAS DE AMOR (Dilene Germano)

Estou cansada de saber : é o presente que importa, pois o passado já “foi”.  
Mas não tenho nenhum problema em voltar ao passado, até que é bem divertido!
E o melhor...não sou alérgica... Mofo e cheiro de naftalina não me afetam. 

O que passou passou, mas algumas coisas nunca saem do coração... e lembranças não são necessariamente ruins... não quando lembramos de pessoas, lugares, momentos em que fomos felizes...
Então, com licença...  

Quando adolescente, eu era fascinada por carteiros...talvez porque sempre gostei de escrever e escrevia para pessoas, principalmente rapazes, que publicavam os nomes em revistas...(era o protótipo dos sites de relacionamentos) e adorava receber cartas... aliás, tem coisa melhor do que receber cartas?!

 Cartas, gente bonita,  não contas, cobranças, propagandas,  como acontece atualmente. O e-mail, o sms, com sua rapidez, jamais substituiu o encanto de esperar o carteiro no portão...
Sempre gostei de cartas, embora, atualmente, não as escreva, utilizando os outros meios de comunicação. Mas elas têm seu lugar. E recebê-las nos dá algo de muito pessoal, que a internet e o telefone não conseguem passar.

Dizem que as cartas de amor são ridículas!! Não acho!!Graças a Deus passei pelos momentos que ainda se escrevia, pelo menos frequentemente. Tinha até aquele lance de colocar gotas de perfume, laços cor de rosa, flores dentro do envelope... Ah celebrar o  amor...!!!!!

Amo cartas "à antiga". Mas , também sei teclar modernamente, dedilhando cada letra, como se fosse um acorde, nas cordas de violão, ou som das teclas de um piano.
É prazer! É nostalgia! É vida que corre em cada linha ou espaço virtual, em branco.
Que importa? Quem rasgue ou delete?

Vou deixar essa mini carta, na lembrança de hoje ( à antiga )
“Escrevo-te essas mal traçadas linhas
Meu amor
Porque veio a saudade
Visitar meu coração
Espero que desculpes
Os meus erros por favor...
(...) E para terminar, amor assinarei do sempre sempre teu...” (Renato Russo- A Carta)
  
Sem mais... vou ficando por aqui, com o encanto  da belíssima música abaixo!!!

Dilene Germano

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