terça-feira, 14 de outubro de 2014

NA CORDA BAMBA (Dilene Germano

Quando criança me encantavam os espetáculos dos  circos. Todos  mexiam com minha emoção. Uns me faziam chorar, outros rir. Havia ainda os que me fascinavam e os que me provocavam aquele suspense digno de Alfred Hitchcock.
“Booooa nooooite respeitável público! Boa noite meninada! É com muita alegria que apresentamos mais um espetáculo: o equilibrista na corda bamba!!!!
E meu coração entrava no compasso do rufar dos tambores. Cai, não cai... lá ia o equilibrista brincando com minha emoção. Eram minutos que pareciam horas e todos torcendo para que ele atingisse seu objetivo.E lá ia ele equilibrando-se diante das dificuldades e ainda entretendo o público com magias e truques.
E quando o número chegava ao fim, o aplauso era geral: bravo, bravíssimo!
Hoje , na trajetória de minha vida, o equilibrista sou eu, numa corda que balança diante das dificuldades. Mas ficou a lição que aprendi com os artistas circences: é preciso dar um passo de cada vez sem desanimar, sem se deixar abater.
 Aproveitar o espaço do equilibrista para pensar, refletir e atravessar a corda , que nunca termina, mas sempre se transforma.
E lá vou eu me equilibrando...sem esperar aplausos, nem torcida. Às vezes caio, às vezes não, mas eu chego lá, ao meu objetivo! Ah, se chego!!!
Mesmo porque minha rede de proteção é Deus!
Fique na Paz!
                        Dilene Germano


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