domingo, 12 de outubro de 2014

NA GARUPA ALEGRE DO MEU CAVALO BAIO ( Dilene Germano)

“Oh, tristeza me desculpe / Tô de malas prontas /Hoje, a poesia, veio ao meu encontro/Já raiou o dia, vamos viajar
(...) Mas pode ficar tranqüila/Minha poesia/Pois nós voltaremos numa estrela guia/Num clarão de lua quando serenar
Ou, talvez, até quem sabe/Nós só voltaremos/No cavalo baio, no alazão da noite/
Cujo nome é Raio... Raio de Luar.” (Paulo César Pinheiro e João de Aquino)

Em um texto, que fala sobre tristeza, Martha Medeiros disse que algumas são permitidas. Algumas...!!!
 E hoje, uma delas, sem permissão, bateu à minha porta, querendo entrar. Hoje não dá mesmo!Eis meus motivos:
Ah! Tristeza, me desculpe,vou pegar carona com Paulo César Pinheiro e sair  de viagem no tempo macio, nas asas da poesia, voando para novos horizontes, tentando me encontrar.
Sinto, mas não posso levá-la comigo, minhas malas já estão prontas, e nelas... vou levando uma cantiga... aves brancas...raios de sol... Ah...não me espere,  vou e demoro para voltar.
 No caminho, vou... espalhando música... colhendo flores... amores...aromas...cores...
Partindo pra frente, pra poesia, pra sonhar, fazendo paradas nas estações da alegria,  sem escala na estação tristeza.
E ao chegar aos jardins da vida vou cultivar os meus sonhos, vou semear e regar  as flores belas cujas pétalas refrescarão todos os meus sorrisos e acolherão as minhas lágrimas.
 E seguindo nas asas da poesia, posso ainda... “visitar a estrela/da manhã raiada/que pensei perdida pela madrugada/mas vai escondida querendo brincar”.
E quando eu voltar, será... numa estrela guia... num clarão de lua... ou talvez quem sabe?..Na garupa alegre do  meu cavalo baio ou  raio de luar...
 E então?  Vem comigo ou prefere a tristeza?

 Dilene Germano

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