sexta-feira, 14 de novembro de 2014

REFLEXÕES DENTRO DO CARRO (Dilene Germano)


Gente bonita,  você já teve aquela sensação de felicidade, dirigindo seu carro? Sei que é difícil, com esse trânsito caótico, com a falta de respeito, com a tensão, mas é possível sim. Fiquei pensando nisso ainda  hoje no carro, enquanto ia de lá para cá ou vice versa, procurando vaga para estacionar. E percebi que já tive várias  vezes. Pequenos "curtas" que movimentaram meu pensamento,  o que faz eu me considerar uma pessoa de sorte. Não que eu seja especial apenas porque me sinto feliz, mas porque vejo as pessoas ao meu redor sempre resmungando, sorrindo menos do que deveria, desejando mais do que precisa , se isolando num mundo virtual ou dependente de um celular.
Apesar da felicidade absoluta parecer distante, ela está mais próxima do que imaginamos. Ser feliz não quer dizer necessariamente que não temos pLEXÕES DENTRO DO CARROroblemas, afinal eles fazem parte da nossa vida e, de alguma forma, nos movem para a frente. Ou seja, é enxergar problemas como desafios. Parece simplista, mas funciona.
Durante essas minhas 7 décadas de vida, eu fui pouquíssimas vezes abatida por problemas, mesmo eles surgindo em vários instantes, algumas vezes quase me derrubando, outras me trazendo mais energia para supera-los. E eles continuam acontecendo e eu continuo lidando com eles da melhor maneira possível. Isso não quer dizer que eu não tenha meus momentos instáveis em que caio no chão, mas felizmente eles são bem raros.
Desde esse último episódio no meu carro, eu voltei a prestar mais atenção nas pequenas coisas à minha volta. Sei que isso é um clichê, mas ainda assim não o fazemos. Aos poucos as coisas voltam a se encaixar e eu começo a me desligar de coisas que não importam tanto (como o maldito celular que nos deixa entorpecido e desligado do mundo). É uma reeducação: reaprender a conversar com as pessoas olhando nos olhos dela; assistir a um show prestando atenção somente nele; olhar as pessoas em volta, a rua, o céu quando o sinal fecha, contemplar uma viagem pela janelinha, reparar nas pessoas, ouvir conversas alheias, olhar para frente, para os lados, para cima e não apenas para baixo como a maioria de nós temos vivido, olhando sempre pro celular.
Tem algo mais deprimente do que ver uma mesa cheia de pessoas, copos na mesa e todos entretidos com seus celulares? Eu me recuso a fazer parte desse grupo.Afinal alguém disse e eu concordo: “Somos maiores que esse celular“, mas esquecemos disso.
Fique na paz!

 Dilene Germano

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